Capítulo 36

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"Não há grande genialidade sem algum toque de loucura."
—Aristotle


POV Anastasia


Eu não sabia como eu sabia, mas eu sabia.

Uma intuição pulsou no fundo da minha mente, enviando uma onda de incerteza através de mim. O pressentimento coçava, exigindo ser tornar real, e antes que eu pudesse me impedir, peguei meu telefone na mesa de café e enviei um texto para Black.

Eu: Você sabia que Jack Hyde adorava cortar as mulheres?

Ele respondeu um minuto depois.

Black: Mas que porra, Anastasia. Não.

Desde que ele sabia que era eu, eu assumi que Christian deve ter passado meu novo número para ele. Eu não sabia o que pensar sobre eles serem todos amiguinhos agora. Na verdade, eu não tinha certeza se gostava disso.

Eu: Tem certeza? Acho que é de conhecimento comum.

Black: Por que eu mentiria sobre algo assim?

Hora de colocar a isca no anzol...

Eu: Talvez porque você soubesse que papai me prometeu a ele.

Meu telefone tocou na minha mão, e eu respondi com um simples.

__Olá.

__Qual é o problema com você? - A voz de Black se infiltrou com aborrecimento e preocupação. __Você realmente acha que Papà teria concordado com o noivado se ele soubesse que Jack gostava desse tipo de merda?

A palavra caiu sobre minha cabeça com uma consciência não surpreendente, e eu disse.

__Obrigado, Black. Isso é tudo que eu precisava saber, - antes de desligar.

Meu celular soou um segundo depois.

Black: Não seja uma estranha.

Minha resposta foi juvenil, mas impossível para qualquer irmão reprimir.

Eu: Você é o estranho.

Meu estômago mergulhou quando um magnetismo familiar entrou no escritório pelas minhas costas. Hipnótico e volátil, sua presença roçou minha pele, afundando em meus poros como se ela me possuísse. No entanto, evocou algo profundo e incerto, como ser fascinado pelo céu de uma tempestade que se aproxima, mas sabendo que, assim que o atingisse, não restaria nada.

Ele tinha algo que eu queria.

Jack me teve... e então ele estava morto.

Eu queria rejeitar a ideia de que Christian tinha feito o que eu estava começando a pensar que ele fez, ou melhor, por que ele fez isso, porque apenas o pensamento começou um chama no meu peito que parecia suspeitosamente como esperança.

Sem esperança, não há nada a perder.

Com isso, não somos nada além de dominós esperando para cair.

Ainda assim, enquanto sua presença preenchia este escritório, a chama alimentou-se do caloroso desafio e cresceu e cresceu.

__Você deu uma boa olhada no clube?

Meu aperto apertou meu telefone como se pudesse me aterrar na terra.

__Bastante. - Eu me virei para vê-lo encostado no canto de sua mesa, um olhar penetrante colado a mim.

__Eu não acho que eu sou um fã de encontrar você conversando com algum Escobar sozinho.

Por seu tom aquilo era um eufemismo grosseiro.

Louca Obsessão Where stories live. Discover now