Música, risada e dança
Rhys me encontrou no jardim atrás da casa mais tarde. Estava sentada em uma das cadeiras de ferros com um livro no colo; a brisa era fria, mas não o suficiente para me deixar com frio. O Grão-Senhor se sentou na cadeira ao lado da minha e ficou em silêncio apenas me observando com o canto do olho, parecia até que estivesse com medo – ou o que quer que seu silêncio realmente significasse.
— Sabe que não precisa ter medo de me interromper enquanto estou lendo, certo? — perguntou de uma vez, ainda assim muito focado no livro em minhas mãos.
— Quem disse que estou com medo? — Rhys retruca sem olhar para mim.
Arqueio uma sobrancelha agora virando para encará-lo.
Rhys suspira baixinho e se vira para me encarar também.
— Não sabia se gostaria de conversar depois do que aconteceu lá com Amren. E — ele aponta para o livro — sobre o livro, sua incrível irmã quase jogou o que ela estava lendo em mim. Melhor se resguardar do querer levar outra livrada.
— Ela acertou? — grito e pela cara de Rhys começo a gargalhar. De dentro da casa é possível escutar a risada de Feyre também.
Levanto da cadeira e vou até a porta, vendo Feyre parada no meio da caminho em direção a escada.
— Obrigada por isso — comento e ela sorri para mim.
— De nada.
Ela começa a subir as escadas e eu volto para a cadeira onde estava. Rhys me encara como se não acreditasse.
— Achei que ficaria do meu lado — resmunga. Nego com a cabeça e sorrio para ele. — De qualquer jeito, vim te chamar para irmos jantar. Você e Feyre devem conhecer Velaris de noite, exatamente como prometi.
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Mor, Cass, Az e, surpreendentemente, Fey subiam a rua íngreme até o Rita's. Os quatros dançariam e beberiam até que algum deles voltasse subitamente a consciência para levar os outros para casa; e fiz Mor me prometer que não deixaria minha irmã beber algo que poderia afetá-la de maneira negativa por não ser feérica, de todos a loira parecia a que continuaria responsável mesmo bêbada – pelo menos o suficiente para não deixar Feyre morrer.
Eles perguntaram se eu não queria ir também, mas apenas de pensar em passar mais alguma hora acordada meu corpo já procurava a cama.
Rhys continuou do meu lado enquanto observava seus amigos, algumas pessoas paravam a fim de cumprimentá-los; nada exagerado, nada de euforia. Percebi que ver o Grão-Senhor e seu Círculo Íntimo pelas ruas de Velaris era como ver um amigo, a hierarquia funcionava de maneira diferente – Rhys ao mesmo tempo que era um morador normal como todos ainda mantinha a ordem na cidade, mas não deixava que o poder subisse a cabeça. Era bem provável que os moradores tivessem mais medo de Amren do que do Grão-Senhor.
CZYTASZ
Corte de Mudanças e Sonhos - Versão Antiga
FantasyA maldição foi quebrada e Amarantha está morta. De volta a Corte Primaveril, Layla tenta viver com seus novos pesadelos e seu novo corpo. Ela só se sente segura em um lugar, mas ela pode ir para lá apenas uma semana em cada mês. Mesmo morta, a Grã-R...