seven - i'm locked

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Estou trancada

Pelo resto da semana não vi Rhys, ou Mor

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Pelo resto da semana não vi Rhys, ou Mor.

As únicas pessoas que encontrei foram Nuala e Cerridwen, que traziam as refeições para mim e Feyre, arrumavam nossas camas e, ocasionalmente, perguntava-me como eu estava quando nos encontrávamos na cozinha.

Rhys constantemente provocava Feyre com as frases – essa era a única evidência que Rhys ainda estava na propriedade –. E depois de tanto tempo levantando e abaixando escudos, concentrando para todo o barulho não voltar, a ação se tornou algo automático. 

Rhys havia deixado um bilhete para mim dois dias atrás contando que o feitiço que protegia a mansão – por mais que eu pensasse que estava mais para um castelo – não fora colocado desde a hora que eu acordara. Então os créditos de eu não escutar nada eram inteiros meus. 

Os pesadelos ainda aconteciam e eu sentia todas minhas proteções caindo, apesar deles não serem tão constantes. Não sentia a necessidade de acordar e correr para outro lugar, o quarto era todo aberto e a luz das estrelas me confortava sempre que acordava assustada. Meu apetite voltou a aparecer, e disse para mim mesma que voltaria ao normal algum dia. A comida também começara a parar no meu estômago e aos poucos deixava de sentir tão fraca. 

Se uma semana havia sido o suficiente para lembrar que eu ainda estava viva e que eu poderia viver sem me ressentir disso, pegava-me pensando como seria viver por mais tempo ali. 

Era a última noite que passaria nessa semana ali. Estava acordada de um pesadelo, observando o céu pelas janelas abertas – as estrelas brilhando sobre toda a neve – quando lembrei do mapa detalhado de cada corte. Como a Invernal e a Estival pareciam muito mais

Afastei as cobertas e procurei pelos sapatos de seda. Calcei-os enquanto seguia para a porta, tentando abri-la sem fazer barulho. Andei pelos corredores tentando lembrar do caminho que havia feito aquele dia com Rhys. Todos eram iguais, nem mesmo um quadro para diferenciar, e, quando achei que estava na escadaria certa, comecei a subir; torcendo para ser ela mesmo porque não suportaria ter que descer tudo novamente e subir outra. 

Por estar dormindo melhor, meu corpo parecia relaxar, e quando cheguei no último degrau não estava cansada igual no outro dia. 

Os mapas ainda estavam abertos, tanto em cima da mesa quanto na parede. Me aproximei do que delimitava Prythian e Hybern. Olhei para o território no continente e pensei como Rhys havia conseguido tantas informações sobre um lugar que ele nem morava. 

Observei cada corte de Prythian, cada detalhe até chegar na Noturna e dar de cara com o nada. Aquele mapa ali era como uma estratégia, Rhys tinha detalhado cada corte, mas obviamente não deixaria exposto sua própria corte. Se a guerra chegasse e a atacassem sua propriedade – o que por si só era uma realidade impossível –, ele não gostaria que o mapa de seu território inteiro estivessem na mão do inimigo. 

Corte de Mudanças e Sonhos - Versão AntigaWhere stories live. Discover now