Epílogo - Um.

2.4K 344 55
                                    

Kyle

Respirei fundo, segurando o buquê de girassóis e bati na porta, percebendo que estava mais nervoso do que quando falei em um microfone, pra todas as pessoas dentro do aeroporto ouvirem. Naquele dia consegui ignorar tudo ao redor. Mas agora eu estava com um frio na barriga, um pouco ansioso demais.

—Kyle! —A mãe de Florence abriu a porta, curvando os lábios em um sorriso muito bonito ao me ver de terno e segurando as flores. —Entre, querido, ela já está descendo. —Passei pela porta, murmurando um agradecimento, enquanto alisando o terno, sentindo minhas mãos soarem de nervosismo. —Quer comer alguma coisa enquanto espera?

—Ah, não, obrigada. —Agradeci, vendo ela erguer as sobrancelhas, surpresa. Afinal eu nunca recusava comida. Mas eu ia levar Florence pra jantar e estava tão nervoso que até a fome tinha ido embora.

Olhei para escada, ouvindo os passos de Florence no andar de cima, até ela aparecer e começar a descer os degraus, com um belo vestido preto. Abri um sorriso muito grande, sem conseguir desviar os olhos dela.

—Kyle. —Ela parou na minha frente, olhando para as flores que eu ainda segurava, já que estava ocupado demais babando por ela. —São pra mim?

—Ãn? Ah... sim, sim! —Estendi pra ela, vendo ela soltar uma risada, sabendo exatamente o que tinha feito comigo. —Você está linda.

—Obrigada. —As bochechas dela coraram. —Você também está lindo. E obrigada, eu amei as flores. —Ela se aproximou e deixou um beijo nos meus lábios. —Vou pedir pra minha mãe colocar em um vaso. Já volto.

—Tudo bem. —Observei ela se afastar, com o salto fazendo um pequeno barulho pelo chão. Os cabelos loiros estavam soltos e pareciam mais ondulados do que naturalmente já eram.

Florence voltou segundos depois, estendendo a mão para segurar a minha, enquanto tinha um sorriso muito grande no rosto.

—Se cuidem, crianças. —Dona Chiara apareceu ao lado da bancada. —E usem camisinha.

—Mãe! —Florence arregalou os olhos, se virando pra mãe com o rosto muito vermelho, enquanto eu soltava uma gargalhada. —Isso é coisa de se dizer assim?

—E você quer que eu diga como? —Ela deu com a mão, parecendo ignorar a vergonha de Florence. —Já fui adolescente. Sei como é.

—Nós vamos sair pra jantar! —Florence rebateu, me fazendo rir mais ainda quando a mãe dela revirou os olhos e murmurou um "Sei bem que jantar é esse". —Kyle!

—Eu não fiz nada! —Soltei, mordendo o lábio para parar de rir, vendo a mãe dela se afastando, também rindo. —Vem, KitKat. Nós vamos sair para jantar.

Puxei ela pra fora, vendo que ela ainda estava morrendo de vergonha. Mas eu conhecia a mãe dela a bastante tempo pra saber que ela não tinha filtro algum.

—Não acredito que você está me levando pra um jantar em um restaurante tão chique. —Murmurou, entrelaçando os dedos nos meus, enquanto caminhávamos até o carro. —Podíamos ir no restaurante do meu tio.

—Não quero jantar com você, com seu tio e Collin de olho em nós. —Afirmei, abrindo a porta do carro pra ela. —Percebi que nunca levei você pra um encontro, KitKat. Quero que hoje seja um.

—Nos já saímos juntos várias vezes. —Retrucou, entrando no carro. Me abaixei, olhando pra ela, enquanto a mesma colocava o cinto.

—Mas como amigos. Você é minha namorada agora. Quero te levar em todos os encontros que pudermos ter. —Afirmei, dando um beijo nela e me afastando para dar a volta e entrar no carro. Entrei e passei o cinto, vendo ela me observar com um sorriso feliz, que iluminava todo seu rosto.

—Você não existe. —Afirmou, enquanto eu ligava o carro e tombava a cabeça de lado, ainda olhando pra ela.

—Existo sim. E agora vou levar a minha garota para jantar. —Afirmei, piscando pra ela.



Continua...

10 Maneiras de se Apaixonar por Florence Miller  / Vol. 3Where stories live. Discover now