Isso não pode ser real (parte 2).

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notas da autora: eiiiiii, voltei. como cês tão? 

eu AMEI os comentários e teorias de vocês no último capítulo e, sobre esse, eu só tenho duas coisas a dizer: primeiro, boa leitura e, segundo, preparem os lencinhos, viu?  

Autora.  

- Sério? - A italiana perguntou, arqueando uma sobrancelha quando viu a arma apontada em sua direção.

- O que está fazendo aqui? São quase duas da manhã.

- Eu trouxe vinho. - Mostrou a garrafa, entrando no apartamento e fechando a porta atrás de si. - O que houve com os seguranças? Não vi nenhum lá fora. - Caminhou até a cozinha, pegando duas taças no armário e as colocando sobre a mesa enquanto Maya apenas observava.

- Os mandei embora quando cheguei. - Deu de ombros, recebendo um olhar incrédulo.

- Sei incredibile. - Proferiu, indignada, mas foi ignorada. Algo na forma como a mulher abria a garrafa de vinho, na forma como seus dedos se moviam com tamanha maestria, foi capaz de deixar Bishop completamente distraída por alguns segundos.

- O que você disse? - Perguntou, aproveitando-se do fato de que Carina tinha utilizado sua língua materna para disfarçar a falta de atenção.

- Você é inacreditável! - Resmungou, ainda brava. - Não deveria ter feito isso. - Caminhou até o sofá, entregando para Maya uma das taças de vinho e dando o primeiro gole na outra.

- Por quê? As janelas e as portas estão trancadas, eu estou armada.

- Oh, claro, porque você não acabou de abrir a porta sem saber quem era. - Debochou.

- Sim, eu fiz, e você poderia ter levado um tiro. - Devolveu. - Você não deveria estar aqui, Deluca. - Disse, a preocupação evidente em seu tom de voz.

- Eu não consegui parar de pensar em você aqui sozinha com tudo isso acontecendo. - Confessou. - Eu sei que não é como se minha presença aqui fizesse diferença, mas...

- Faz diferença. - A interrompeu. - É claro que faz diferença. Obrigada por estar aqui. - Agradeceu com sinceridade, colocando a mão sobre o joelho da italiana e fazendo um carinho de leve.

As duas trocaram um olhar conhecedor, sabendo da gravidade de tudo que estava acontecendo, mas um pouco mais aliviadas por estarem juntas. Azul e castanho se perdendo um no outro por breves segundos antes de voltar à realidade.

- Eu estava pensando... - Maya começou. - Esse cara matou as outras vítimas onde elas foram encontradas. Mas por que não essa garota? Por que não a deixou lá para que a encontrássemos?

- Talvez ele esteja mudando. Talvez ela seja especial. - Opinou. - Por que você não está bebendo?

- Eu preciso conseguir pensar corretamente.

- Não, não. Agente Robbins disse que nós precisamos relaxar. Você, principalmente. - Insistiu. - E nada relaxa mais que um Châteauneuf-du-Pape 2000.

- Oh, claro, se a gente especial Robbins disse... - Finalmente pegou a taça.

- O que isso quer dizer? - Perguntou, verdadeiramente confusa.

- Nada. Eu só vejo a maneira como você a escuta, como se conectam, como você olha para ela e para os equipamentos legais dela. - Disse, um leve tom de acidez em sua voz. - Meu quadro de evidências não é mais o suficiente para você? Precisa de um quadro tecnológico?

- Oh... Você está com ciúmes? - Tentou entender.

- Não, é claro que não estou com ciúmes, é apenas vergonhoso como você parece uma criança com um brinquedo. "Oh, ela cruza informações tão rápido, isso é tão legal, me conte tudo sobre isso, agente Robbins, blá blá blá." - Fez uma careta.

I JUST WANT YOU | MARINAWhere stories live. Discover now