Capítulo 8

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vim mais cedo dessa vez kkkkk, meu tempo tá maior agr, as atts vão ser mais frequentes

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POV Sana

A queimação em meu peito era quase suficiente para me distrair da bagunça em minha mente. Quase. Aumentei a inclinação da esteira e intensifiquei meus movimentos. Pés batendo com força no chão, músculos pegando fogo, isso sempre funcionou. Era assim que eu vivia minha vida. Não havia nada que não pudesse conquistar se eu me esforçasse ao máximo: escola, carreira, família, mulheres.

Merda. Mulheres.

Irritada, balancei a cabeça e aumentei o volume no iPod, esperando que isso me distraísse por tempo suficiente até conseguir alguma paz.

Eu deveria saber que não daria certo. Não importava o quanto eu me dedicasse, Jihyo estaria sempre lá. Fechei os olhos e lembrei de tudo.

Meu corpo por cima dela, sentindo suas pernas me envolvendo, suada, ansiosa, querendo parar, mas sem conseguir. Foder com ela era a mais perfeita tortura. Saciava a fome que eu sentia no momento, mas, quando acabava, eu, como uma viciada, era imediatamente consumida pela necessidade de ter mais. Era amedrontador, pois, naqueles momentos com ela, eu faria tudo que ela pedisse. E esse sentimento estava começando a aparecer em horas como agora, quando eu nem estava perto dela, mas desejava ser tudo o que ela precisava. Eu sei, é ridículo.

Alguém puxou meu fone de ouvido e eu virei em direção à fonte do aborrecimento.

— O que foi? — Eu disse, encarando minha irmã.

— Se continuar correndo desse jeito você vai acabar jogada no chão, Sana. — Ela respondeu. — O que foi que ela fez dessa vez para te irritar tanto?

— Quem?

Mayumi revirou os olhos.

A Jihyo.

Senti meu estômago embrulhar com o som daquele nome e voltei minha atenção para a esteira.

— Por que você acha com ela?

— Porque eu não sou uma maldita idiota.

— Nada está me incomodando. E mesmo se alguma coisa estivesse, por que diabos teria qualquer coisa a ver com ela?

Ela riu e balançou a cabeça.

— Nunca conheci alguém que provocasse esse tipo de reação em você. E sabe por que, não é? — Ela desligou sua esteira e voltou toda a atenção para mim.

Eu estaria mentindo se dissesse que aquilo não era um pouco irritante. Minha irmã era muito observadora. Às vezes, observadora demais. E, se tinha alguma coisa que eu não queria que ela observasse, era isso.

Mantive os olhos fixos à frente enquanto corria, tentando não encontrar seu olhar.

— Não, não sei, mas estou sentindo que você vai querer me explicar.

— Porque vocês duas são parecidas demais. — Ela disse, toda presunçosa.

— O quê?

Várias pessoas olharam para nós ao ouvirem meu grito no meio da academia lotada. Bati no botão que parava a esteira e me virei para ela.

— Como você pode pensar isso? Nós não somos nada parecidas. — Eu estava suada, sem fôlego e exausta por correr mais de quinze quilômetros. Mas, naquela hora, o aumento na minha pressão sanguínea não tinha nada a ver com o exercício.

Mayumi tomou um longo gole de sua garrafa de água e continuou sorrindo.

— Quem você acha que está enganando? Nunca encontrei duas pessoas mais parecidas. Em primeiro lugar... — Ela parou, limpando a garganta e levantando uma das mãos para contar dramaticamente seus argumentos. — Vocês duas são inteligentes, determinadas, trabalham duro e são leais. E... — Ela continuou, apontando para mim. — Jihyo é uma pessoa ousada e atrevida. Na verdade, ela é a primeira mulher em sua vida que consegue te encarar de frente e não fica te seguindo como uma cachorrinha perdida. Você odeia saber que precisa disso.

Opposites - SaHyoOpowieści tętniące życiem. Odkryj je teraz