Pequena como um pardal, feroz como uma águia, Tainá é uma brasileira capaz de controlar um centro que potencializa seus poderes, com um passado enigmático e personalidade metódica que nunca dá um passo sem pesar as consequências.
Ela vaga por paíse...
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|Boston - Massachusetts|2023
Pietro sentou pesadamente diante da mesa de jantar na cozinha ao lado da janela que dava para a rua, Luna e Aurora logo iriam chegar da escola, tamborilou com os dedos distraidamente, enquanto contemplava pela janela as pessoas que passavam nas redondezas. Ele passou a mão pelo bolso da calça onde guardava uma caixinha que revelava que seus planos futuros não se concretizaram. Sentia tanta falta da Tainá.
Ele se lembrava de cada detalhe dela, sentia falta de cada um, daqueles olhos, daquele sorriso, daquela risada.Daria tudo para poder lhe observar dormir. Daria tudo pra poder sussurrar um "eu te amo" no seu ouvido e dar um beijo de leve na testa dela enquanto dormia. Daria tudo pra poder tê-la agora e pra sempre. Mas nem tudo na vida saia como planejado, conferiu mais uma vez o celular dado por Mônica mas não havia nenhuma mensagem nova, fazia duas semanas que não era atualizado com noticias dela.
Não era só Pietro que sentia falta da bruxinha a cada manhã, Aurora e Luna, se levantavam com a esperança de que o universo tinha se endireitado: Quem sabe pela manhã entrariam na cozinha e encontrariam a mãe fazendo o café da manhã, esperando por elas com amor e beijos. Nenhuma das duas mencionava aquela doce esperança ao pai, mas a cada manhã, quando se levantavam, iam para a cozinha e só viam o pai ali, de pijama amarrotado, elas se entreolhavam e sabiam que sua mãe ainda não havia voltado para casa.
De repente o velocista, percebeu sons que pareciam vir da porta dos fundos. Ficou imóvel e escutou, ouviu a porta se abrindo e fechando. Se fosse Wanda entraria pela porta da frente, então aquilo era um assalto ou talvez algum fã que invadiu na expectativa de conseguir uma foto e um autógrafo? Acelerou parando de mansinho no batente da porta da cozinha, mas não enxergou ninguém. Fez um esforço para se manter calmo.
- Ora essa. Achei que você era dessas pessoas que nunca se levantam antes das oito.
Não sabia exatamente o que esperava, mas o choque não poderia ter sido maior quando ele se virou em direção a voz. Pietro quedou-se absolutamente imóvel, boquiaberto e fitou a mulher.
- Você parece assustado pensei que tínhamos passado da parte de conhecer e cumprimentar nosso relacionamento - Ela disse com um sorriso nos lábios pousando o cetro em um aparador próximo a porta.
