𝗔 𝗖𝗮𝗹𝗺𝗮𝗿𝗶𝗮 𝗔𝗻𝘁𝗲𝘀¹⁹

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Estava quente. Não calor, quente. Aconchegante! Sentia braços rodearem meu corpo nu, enquanto mantinha meu rosto sobre a curvatura de seu pescoço. Descansei minha mão em seu peito, então podia sentir seu coração rapidamente bater sobre minha mão, como um punhado de borboletas tentando escapar. Deixei minhas mãos traçarem sua pele levemente, enquanto acordava aos poucos. Sinto seu cabelo fazer cócegas em minha bochecha.

Então, ele acariciou minhas costas nuas enquanto estávamos deitados juntos. Seus movimentos pareciam confiantes, como se aquilo fosse habituável entre nós dois há muito tempo. Suas palmas eram ásperas, enquanto permaneciam sobre minha pele exposta, mas seu toque era delicado, suave. As cobertas escorregaram de mim por um momento, mas eu estava longe de sentir frio. Estremeci ocasionalmente, mas isso foi apenas quando o mesmo parou sua mão em minha cintura.

Sorri calorosamente em seu pescoço, pressionando meu nariz nele. Enquanto segurava uma risadinha.

- Faz cócegas. - Falo ao pé de seu ouvido. Me referindo a seu contato.

Ele ri, retirando sua mão de meu corpo e indo até meu rosto desta vez. Puxando-o delicadamente para encarar o mesmo.

Era Daryl.

- Você está tão linda quanto antigamente. - Ele diz, acariciando minha bochecha com seu polegar. Fazendo questão de olhar para cada detalhe em meu rosto.

Ele avança até mim lentamente, nos beijando. Era calmo, apaixonante. Sem segundas intenções. Embora nosso beijo pudesse suprir cada desejo que poderíamos conter um sobre o outro.

Então, nos reparo. Olhando confusa para o mesmo, que parecia não ligar. Apenas acariciava meus cabelos como se meu olhar não fosse nada.

- Não entendo. - Falo baixo, encarando o mesmo.

Ele põe meu cabelo atrás da orelha.

- O que você não entende, meu amor? - Ele finalmente me olha nos olhos.

- Você está agindo tão estranho ultimamente. - Falo, franzindo o cenho, enquanto busco algo em seus olhos.

Ele ri.

- Do que você está falando, amor? Hm? - Ele pergunta, agora colocando suas duas mãos em cada lado de meu rosto carinhosamente.

- Estou falando sério. Até mesmo Carol percebeu isso ontem. - Digo, sentindo meu peito apertar fortemente agora. Como se as borboletas tivessem trocado de lugar comigo e agora se transformado em mariposas.

- Não sei o que falar agora, porque você não sabe como continuar isso. - Ele fala, sem perder a feição de antes. Ainda parecia intacto, parecia vidro. Um vidro moldado.

- Como assim? O que está dizendo? - Pergunto, já sentindo o desespero apertar mais.

- Tris. - Ele começa a se despedaçar, como vários cacos voando sobre o espaço. - Isso não é real.

Eu acordo. Sentindo o mesmo aperto sobre meu peito, agora ainda mais forte. Aperto fortemente minha camisa entre meus dois seios, enquanto ofego. Espanto-me quando ouço batidas fortes sobre a porta de meu quarto.

- Tris? Você não vai acordar não? - A voz abafada de Ezekiel se faz presente.

Olho para a janela, vendo o dia caloroso que se fazia lá fora.

Mais batidas.

- Eu já tô indo, Ezekiel. - Me sento sobre a cama, afundando meu rosto nas paredes de minha mão.

- Tudo bem. Preciso que se arrume logo, ou vamos nos atrasar.

- Me dá alguns minutos. Eu já desço. - O respondo.

𝗦𝗲𝘂𝘀 𝗢𝘀𝘀𝗼𝘀 𝗲 𝗖𝗶𝗰𝗮𝘁𝗿𝗶𝘇𝗲𝘀, daryl dixon ¹Where stories live. Discover now