𝗘𝗻𝗰𝘂𝗿𝗿𝗮𝗹𝗮𝗱𝗼𝘀 ⁷

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Tris Rhee:

Três meses haviam se passado desde o ocorrido com Daryl. Naquele dia, eu tinha chegado em Alexandria com muito mais ferimento do que pensava ter. Daryl também não ficou muito bem depois disso. Lembro de no dia seguinte Glenn ter brigado tanto comigo e me dizendo o quanto ficou preocupado quando me viu daquele jeito assim que cheguei. Glenn não tinha me deixado sair, assim como tinha dito para mim naquele mesmo dia. Ficou assim por dois meses, até eu finalmente conseguir sair de Alexandria, com muita persistência, já que até Rick não me deixava sair.

Nesse meio tempo eu pude me aproximar de todos que viviam em Alexandria. Principalmente, Daryl e Maggie. Daryl era meio casca dura, mas com o tempo foi ficando mais legal. Maggie virou minha segunda maior companhia daquele lugar. A maioria do tempo eu passava com a mesma, que me ensinava algumas coisas sobre o lugar.

Agora a mesma estava a minha frente, com mais um grupo de pessoas. Estávamos em 10 pessoas ao todo, éramos eu, Maggie, Carl, Siddiq, Tyreese, Sasha, Bob, Rosita, Abraham e Eugene. Estávamos todos num antigo museu. Rick havia combinado conosco para virmos até aqui buscar ferramentas ou coisas que poderia ajudar Alexandria a levantar novamente.

A princípio eu não iria vir, já que Glenn ainda não achava uma boa ideia me deixar sair assim tão longe, mas mudou de ideia assim que Maggie se propôs a ir também.

Estávamos todos separados pelo mesmo andar. Buscando e procurando coisas importantes. Até agora, tínhamos achado coisas maiores, como uma ferramenta para arar a terra a qual Eugene se prontificou a ajudar a montar um novo.

Onde eu estava era escuro. Tinha muita poeira e algumas teias de aranhas. De longe, eu conseguia ouvir os passos de cada um de cada canto daquele andar. Eu estava com a lanterna acessa numa das mãos, enquanto na outra, segurava uma faca. Cada sala que passava estava completamente destruída, sem nada importante para pegar.

- Aí, pessoal. - Me assusto assim que Rosita começa a falar pelo rádio. - Eu e Abraham vamos sair. Não achamos nada pra esse lado. Vamos ficar lá fora, cuidando da carroça e os cavalos.

Ela desliga, e então ouço Maggie a respondendo e concordando com a situação. Dizendo também que não iriamos ficar ali por muito tempo. Eu ignorei, ouvindo bem distantemente mais passos saindo do lugar.

Continuei a andar, com calma. Olhando a cada sala e logo parei quando vi que estava entrando numa nova área do museu.

- Administração de Horticultura... - Repito alto as mesmas palavras que havia escritas na placa a minha frente.

A porta era de vidro e metade da mesma estava quebrada e estraçalhada pelo chão. Pisei com cuidado em todos os lugares para não chamar a atenção. Havia apenas uma porta naquele lugar. Era de ferro e estava meio entreaberta. Fui até a mesma. Tentei espiar pelo pouco espaço que tinha, mas só pude ver uma parede branca. Tentei empurrar a porta, mas algo atrás dela estava impedindo a passagem. Olhei para trás, e pude ver apenas um pouco de luz bem ao longe. Já não conseguia mais ouvir os outros.

Voltei minha atenção para a porta.

"Quem quer que tinha emperrado essa porta, estava escondendo alguma coisa." - Pensei comigo.

Logo me posicionei corretamente e empurrei a porta com o ombro. Um barulho de algo sendo arrastado pode ser percebido por mim.

Empurrei outra vez. Agora, a passagem estava mais acessível, mas ainda não conseguia passar.

Empurrei mais uma vez, e então um barulho alto de algo caindo fez eco por todo o corredor e finalmente eu pude passar. Eu tossi, colocando o braço com a lanterna em frente a minha boca e olhando ao redor. Tinha muita poeira e a escuridão era quase que absoluta se não fosse pela luz que eu causava.

𝗦𝗲𝘂𝘀 𝗢𝘀𝘀𝗼𝘀 𝗲 𝗖𝗶𝗰𝗮𝘁𝗿𝗶𝘇𝗲𝘀, daryl dixon ¹Onde as histórias ganham vida. Descobre agora