Não é porque te amo.

HEHEHE OLHA QUEM VOLTOOU

BOM DIAAA GAYSSSSSS

VOLTEIIIII

BORA BORA

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POV Narrador ON:

-Pra onde aquele moleque foi?-Amity se perguntava andando de um lado para o outro na sala.

-Ele disse que ia voltar pra Hexside, não?-Luz responde levemente confusa.

-Sim, mas... Sei lá né? Eu fico preocupada com ele...

-Eu também fico... Mas... Ele vai ficar bem, ok?-Luz segura as mãos de Amity tentando acalma-la.

-Certo... Você tem razão.

Marcos corria o mais rápido que podia, Félix havia saído na frente de Marcos no quesito ''velocidade''.

"Pq diabos eu deixei de fazer as malditas aulas de educação física?"-Marcos se indignava condigo mesmo enquanto continuava correndo, até avistar um tumulto de pessoas com celulares nas mãos e olhares apavorados.

-O que diabos...-Marcos para de correr, ele estava bem próximo do tumulto.-Não... Não pode ser...

-Meu santo deus! Pobre garoto!-Uma mulher observava horrorizada um corpo de um garoto no asfalto.

-Saiam da frente!-Marcos empurra os que estavam em sua frente, e logo vê o corpo de seu amado no chão. Sem vida, e com um olhar vazio, Félix estava imóvel.-NÃO!-Marcos se abaixa e tenta checar a pulsação do garoto, tentou verificar se ainda respirava, se tudo estava no lugar. Mas nada adiantou, Félix estava com ossos quebrados e sangue por todo lado.-NÃO NÃO NÃO!-Marcos gritava desesperado enquanto sentia lágrimas escorrerem pelo seu rosto, ele abraçava o corpo de Félix, chamando seu nome, o sacudindo e fazendo de tudo que podia, mesmo sabendo que seria em vão.

"Como o ser humano pode se levar propositalmente a tal nível de humilhação? Já não está claro que o maldito do seu namorado morreu? Seu pirralho insolente, apenas o deixe aí, pare de perder seu tempo, não é como se ele tivesse te amado de verdade um dia. Você sabe muito bem que ele morreu. Desista, seu fracassado insensível de merda."-Marcos pensou. Se é que ele podia chamar esse "outro cara" de Marcos ou até mesmo achar que era ele próprio o humilhando mentalmente. Essa voz o perseguia a anos. Marcos apena tolerava.

-Com licença.-Os paramédicos que haviam acabado de chegar, se aproximaram do tumulto.-Com licença rapaz.. Precisamos...

-CALA A PORRA DA BOCA E ME DEIXA! NÃO TA VENDO QUE ELE MORREU?-Marcos grita com o médico, ele fica assustado e hesita em recuar.

-Garoto, precisamos cuidar deste jovem! Se é seu familiar, deixe que nós cuidaremos dele!

-NÃO ENCHE O SACO! ELE MORREU!-Marcos chora desesperadamente, soluçando, tossindo e segurando o corpo de Félix, como se isso fosse amenizar a sua incurável dor.

-Sinto muito garoto...-O homem de barba mal feita e que tinha por volta dos 40 anos, puxa Marcos para longe do corpo de Félix, outros médicos pegam o rapaz e o levam para a ambulância.

-ME SOLTA! ME DEIXA FICAR COM ELE POR FAVOR! POR FAVOR EU PRECISO FICAR COM ELE!-Marcos esperneava nos braços do médico, as pessoas ao redor se preocupavam em filmar e fotografar a cena, as poucas que tinham coração, foram as que chamaram por socorro.

-GAROTO!-O homem grita com Marcos o segurando mais forte.-Se acalme! Por favor se acalme! 

-VOCÊ NÃO ENTENDE! EU AMAVA ELE! AMAVA MUITO!

-Eu sei como é sentir isso! Só por favor, tente respirar!-Ele vira Marcos de frente para si, os dois se encaravam, o médico respira fundo.-Vem aqui...-Ele abraça Marcos que retribui fortemente e continua chorando compulsivamente pela perda do garoto que ele tanto amou.

[...]

-Vou ligar pro Marcos só mais uma vez...-Amity pega seu celular.-Espero que ele me atenda agora.

-Meu amor... Eu já disse, ele voltou pra Hexside...-Luz insiste calmamente.

-Eu sei, Luz! Mas eu quero ter certeza!

[...]

O celular de Marcos vibra, ele nem percebera que ele havia tocado mais vezes antes.

-Acho que tão te procurando garoto...-O médico fala soltando Marcos gentilmente do abraço.

-É a minha mãe...-Marcos atende.-Oi.

-Marcos! Ufa! Que bom que me atendeu! Tá tudo bem, filho?-Amity pode ouvir o som do tumulto de pessoas conversando.-Onde você tá?

Marcos só deu ouvidos a primeira pergunta, "tá tudo bem?'' seria burrice perguntar isso a ele, mas Marcos sabia que sua mãe não tinha o conhecimento de que Félix havia sofrido um acidente gravíssimo. Ele sentiu como se sua garganta estivesse sendo estrangulada por arames farpados, ele poderia chorar por mais 10 horas seguidas tranquilamente. Mas ele apenas respirou fundo e respondeu sua mãe calmamente.

-Tudo sim, mãe.-Ele diz sem mais nenhum rodeio.-Eu... Tô voltando praí.

-Mas. Você não tinha que voltar pra escola?

-Sim, mas eu vejo isso depois..-Ele desliga o celular.

-O garoto está completamente sem vida, Karlos.-Outro paramédico fala para o homem que tentou acalmar Marcos.

-Eu sinto muito, rapaz...-Karlos abraça Marcos que não retribui dessa vez, ele continua sério como sempre esteve depois que entrou na escola de magia.

-Eu já sabia disso desde que o vi morto nesse asfalto. Obrigado por tentarem salva-lo.

As pessoas ao redor estranharam o fato de que Marcos havia simplesmente parado de chorar de uma hora para a outra.

-Está tudo bem garoto?-Karlos pergunta.

-Não. Nunca esteve. E nem vai ficar bem.-Marcos puxa um bloquinho de notas de seu bolso e anota um número de telefone.-Tome, esse é o número da mãe dele, o nome do garoto é Félix.

-Que insensível!-Um homem grita do meio do tumulto.

-E o que o senhor fez a respeito da morte daquele jovem? Pegou o seu maldito celular e gravou tudo?-Marcos responde e o homem fica em silêncio.-Não que eu seja alguém melhor do que você no sentido de ser uma boa pessoa.-Marcos ri um pouco. Mas com a gargalhada, uma outra lágrima escorre pela sua bochecha.

-Não pode só ir embora do nada..-Karlos tenta falar novamente com Marcos, que dá de costas.

-Da última vez que demonstrei sequer um pouco de fraqueza, me derrubaram e me humilharam, cansei dessa palhaçada. Se virem.-Marcos vai embora.

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E QUE CAPÍTULO MEUS AMORES

TO ESCREVENDO O PRÓXIMOOOO