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NIKOVA BANKS
Fazia 26 horas 56 minutos e 19 segundos desde que Kai saiu pela aquela porta, fazia 1 dia que não o via. Sim, eu contei cada segundo que se passou.
1 dia que ainda me perguntava se realmente valia a pena deixá-lo ir, mentir para mim mesmo sobre esse sentimento. Será que as coisas seriam melhores se ele estivesse ao meu lado? Me ajudando a enfrentar todos os meus problemas? Será que era isso que o amor significava? Ajudar a outra pessoa não importa o que acontece, basta apenas estar do lado dela a guiando para o caminho certo. Sim, isso era o amor, companheirismo e a amizade.
Me sentia culpada por tudo e não estou falando apenas de Kai, me refiro a minha vida toda. Penso em como as coisas seriam diferentes se eu fosse um pouco mais eficiente... melhor do que... isso. Uma dúvida rondava minha cabeça sem parar.
O que fez ele se apaixonar?
Bom, com certeza não foi minha aparência, já que o mesmo costumava ficar rodeado por garotas muito mais gostosas que eu, peitos, bundas, coxas, pernas, barriga chapada, tudo isso. Elas eram perfeitas. O que resta é a personalidade. Mas como ele ia saber sobre mim? nunca trocamos nenhuma palavra (...)
O Meu Deus.
Ele me observava — Me perseguia para ser mais direta —.
Será que a sua vida estava tão bagunçada ao ponto dele ter que fazer isso? O que tinha acontecido na sua casa, com seus pais?
Não tinha respostas para essa pergunta, não conseguia achar nenhum plausível, apenas ele poderia responder.
"— Quando eu voltar quero saber o que você decidiu e dependendo da sua resposta as coisa mudaram de rumo."
Essa frase... era o seu ultimato.
Merda, por que as coisas tinham que ser tão difíceis?
***
Eram exatamente 18:30 quando escutei o carro estacionar na garagem, meu coração começou a bater mais rápido, minha respiração se desregulou, minha mãos começaram a suar. A hora tinha chegado, e eu ainda não havia me decidido.
Eu estava no meio de uma ponte, onde havia apenas 2 direções, ou eu seguia em frente que era confessar o que sentia e aceitar ficar ao seu lado, e a outra direção era andar para trás, onde eu negaria tudo, diria mais mentiras e seguiria minha vida infeliz para sempre. É claro que eu queria ir em frente, declarar meu amor, tê-lo para mim como sempre desejei, mas o medo não me permitia. O medo dele se ferir quando tenta me salvar, dos meus problemas... eu só queria salvá-lo de mim...
A porta foi aberta e não ousei dizer nada, muito mesmo ele. Kai passou direto por mim e entrou no banheiro sem produzir nenhum som, ele nem mesmo me olhou, senti meu peito doer com aquilo. Ele sempre me olhava.
