Cap. 39

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¸.*☆*Nanda's point of view¸.*☆*

— Mãe, eu não sei se estou pronta para te ver — sou sincera — Não por agora.

A mulher que estava do outro lado da linha permaneceu em silêncio. Ainda não conseguia acreditar que estava falando com ela.

Se fosse a "eu" de alguns meses atrás, estaria eufórica e muito feliz, mas eu não estava sentindo isso...

— Filha, por favor, me dê mais uma chance — minha mãe fala com a voz trêmula — Eu entendo que está magoada, entendo que fui horrível e imatura, eu sei. Mas eu ainda sinto falta da minha Nandinha...

Ao ouvir aquilo, sinto meu coração apertar, fazia tanto tempo que eu não escutava alguém me chamando assim.

Apesar de tudo que ela já fez, continuava sendo minha mãe e eu também sentia sua falta, mais do que eu gostaria.

— Olha, posso tentar ver se é possível passar alguns dias aí em Chicago — falo e podia jurar que minha mãe sorria do outro lado da linha — Mas não depende só de mim, tenho que ver com papai e se consigo folga no trabalho.

— Você agora trabalha? Uau, algo que eu não sabia sobre você.

— Tem muita coisa que você não sabe sobre mim... — murmurei — Bom, tenho que desligar agora.

[...]

A noite tinha chegado junto com o meu pai. Estávamos jantando juntos e eu procurava uma boa maneira de contar com quem eu tinha falado mais cedo.

Por outro lado, ele parecia encantado falando sobre o passeio romântico no parque que ele teve com Julie. Seus olhos cor de mel brilhavam ao pronunciar o nome da mulher.

— Papai — falo limpando minha garganta, fazendo com que o mais velho voltasse sua atenção à mim — Você não adivinha quem me ligou hoje.

— Quem, Nanda? — ele pergunta curioso.

— Mamãe.

Ao pronunciar aquela palavra, sua feição mudou por completo. Seus lábios , que antes estava com um grande sorriso, se comprimiram e suas sobrancelhas se franziram.

— Sério? Parece que depois de tanto tempo, alguém se lembrou que tinha uma filha — o homem pronunciou com sarcasmo, levando seu garfo com comida até a boca — O que ela queria?

— Veio me dizer que estava com saudades e que queria me ver — Ao ouvir minhas palavras, uma risada irônica saiu do meu pai. Não o julgo, eu faria o mesmo se estive no lugar dele. - Ela perguntou se eu poderia passar alguns dias com ela em Chicago.

Papai ficou em silêncio, prévia ponderar a situação em sua mente. Por algum motivo, fiquei nervosa e curiosa para saber sua resposta.

— Você quer ir? — ele me questiona e isso fez com que eu me calasse.

Eu não sabia exatamente o que eu queria.

Acho que seria bom eu vê-la depois de tanto tempo — digo.

— Isso não responde a minha pergunta — papai fala sério — Você quer ir? Isso é uma vontade sua?

The babysitter - Payton Moormeier Where stories live. Discover now