◈ CAPÍTULO 12 ◈

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O jornal de domingo comenta sobre o político que foi assassinato ontem à noite na própria casa, encontrado com uma bala na testa e areia e grama do seu jardim dentro da boca, junto a um papel citando seus crimes

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O jornal de domingo comenta sobre o político que foi assassinato ontem à noite na própria casa, encontrado com uma bala na testa e areia e grama do seu jardim dentro da boca, junto a um papel citando seus crimes.

Desligo a televisão, me levanto da minha cama king size e entro no banheiro da minha suíte para preparar um banho na banheira. Em vez de só um banho quente, decido ligar a hidromassagem. A notícia me deixou... apática.

Minha banheira é branca, com um batente no revestimento de quartzo e, no teto acima dela, tem luzes que lembram estrelas. Fico olhando pra elas enquanto penso que meu pai pode ser um alvo. É por isso que anda tão nervoso ultimamente? Ele quer a presidência, mas pode ser morto até lá. Posso ser assassinada também? Talvez não seja uma má ideia...

"Oncinha," chamo minha gata Mag pelo seu apelido quando ela aparece para me seguir pelo meu extenso closet. Ela é de raça Bengal. "Veio ajudar mamãe a se vestir? Temos que lanchar com sua vovó e vovô daqui a pouco." Consigo sorrir porque gatos sempre me fazem bem.

Vestida e maquiada, desço para o jardim, onde a mesa está sendo preparada para o chá da tarde. Como cheguei cedo, vou pra perto da piscina tirar uma selfie e postar nos Stories.

Quando confiro as notificações do Instagram, vejo que Ettore D'Angelo começou a me seguir.

"Vamos vai dar um tempo nos assassinatos agora," Vitorino me informa enquanto conversamos no seu escritório, ele na cadeira de sua mesa

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"Vamos vai dar um tempo nos assassinatos agora," Vitorino me informa enquanto conversamos no seu escritório, ele na cadeira de sua mesa. "Foram três em um curto período de tempo."

"Certo," dou de ombros.

Sei que é importante a pausa para despistar a polícia, embora ela seja receosa em nos caçar. Somos tipo máfia e a polícia de Avas tem medo de se meter com máfia.

"Como você está, Ettore?" meu mentor pergunta, feição mais fraterna.

Como sempre, se importando comigo.

Vitorino entrou na gangue porque sua mãe foi abandonada por um político que a engravidou. Ela era empregada doméstica, foi seduzida pelo patrão casado e, ao contar que estava grávida, o homem a maltratou e a demitiu sem deixar nada pra eles. Ela não conseguiu encontrar um novo emprego devido a gestação. Vitorino cresceu trabalhando duro pra ajudar a mãe. Ele jurou a si mesmo que, se encontrasse seu pai, o mataria. Contato aqui, contato ali, ele descobriu sobre os Pratas, se juntou a gangue e seu pai foi seu primeiro crime.

Atualmente, aos 26 anos, Vitorino trabalha como mentor na gangue. Ele é como um irmão mais velho pra mim. É bissexual, não-binário, não se importa com o termo 'irmão' e gosta do nome que sua mãe lhe deu de nascimento tanto quanto seu apelido Vit.

"Um pouco cansado, admito," respondo nem um pouco cansado. "O político de ontem deu trabalho. Mas quebrei o joelho dele e ele saiu rastejando pelo jardim, o que acabou facilitando pra eu enfiar grama e areia na boca dele."

Vitorino balança a cabeça, segurando um pequeno sorriso por causa do meu jeito natural de falar sobre essas coisas.

"O quê? Tu quem me ensinou como se quebra um joelho," provoco.

Ele me treinou a lutar. Treinamento de armas foi pouco necessário, pois infelizmente meu pai me ensinou desde criança. Porte de armas é proibido em Avas, mas não para ricos que podem comprá-las e se safarem com os delitos. Meu pai queria que eu aprendesse a atirar usando animais. Eu chorava muito não querendo fazer. E eu só não era obrigado porque minha mãe conseguia convencer meu pai a usar objetos.

Vitorino se defende, "Mas eu não te ensinei a ser sádico."

"Touché."

Recebo uma notificação no celular: Magdala Delacorte me seguiu de volta. Um sorriso sádico surge nos meus lábios.

 Um sorriso sádico surge nos meus lábios

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