Prólogo

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Notas do autor:

Hey pessoal!
Solum ♦ Finalmente uma nova fic e, devo dizer, estou muito animado com ela.

Agradecimento especial para a Lih Spirit que me deu conselhos realmente úteis e foi, praticamente, uma grande leitora beta. Eu te amo querida ;D

Todos os capítulos terão de 2000 palavras pra cima. Pretendemos seguir o cânon, mas como é um universo paralelo com daemons então algumas coisas serão muito diferente.

Solum ♦Daemons se lê "dimons" e, essa, também é a forma de se escrever no português br, mas acabamos pegando a edição antiga do livro da Bússola de ouro pra nos inspirar e o hábito de escrever daemons (como se escreve em inglês) ficou.

Leem as notas do autor, porque estarei lançando desafios e brincadeiras! Espero que se divirtam e comentem! ;)

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         O Poço de Lázaros ganhou vida debaixo dele, gritando e gemendo em um redemoinho de morte e agonia. "Não é muito convidativo" ele pensa amargamente enquanto atravessa a ponte e alcança os túneis dentro da montanha. O som do poço o chamando permanece em seus ouvidos mesmo depois de subir dois lances de escadas e percorrer quinhentos metros pedra adentro. É enlouquecedor, irritante e tentador e um dos motivos pelo qual o menino odeia se banhar naquelas águas amaldiçoadas. Infelizmente, para Damian, sua mãe não parece pensar da mesma forma.

—Não ligue para isso —Ealim sussurra ao seu lado. Damian não olha para ela e nem responde, ele espera mais. Sempre tem mais quando se trata de seu daemon.

         As portas de madeira não tem tanta paciência quanto o garoto. Elas se elevam à sua frente, grandes demais para serem chamadas de portas ou portais. Há desenhos talhados nelas: silhuetas de pessoas e animais que se movem e lutam como uma só alma. Há, também, demônios na parte de baixo e nas laterais; monstros de sombras que parecem se mexer e engolir todas as outras figuras. É inquietante.

       Damian não dá um segundo olhar para elas e entra na sala.

        É a primeira vez que ele foi convocado pelo seu avô para estar ali. Para dar uma olhada na grande invenção que estavam construindo, algo que ia ajudá-lo a cumprir seu grande destino. Euforia, animação, era um eufemismo para descrever o que estava sentindo há alguns segundos atrás. Agora, porém, tudo que sentia era um frio mortal percorrer suas entranhas, como se a própria sala estivesse tentando matá-lo por dentro. Ealim deve ter experimentado a mesma coisa, pois estava trocando de forma tão rápido que o menino sequer podia acompanhar.

—Gosta do que ver, neto?

       Ra's fala de onde está, na plataforma superior; sua visão treinada na máquina centrada no meio da sala. Ela não era grande ou pequena, apenas o tamanho certo para que eles pudessem ver o que estava acontecendo dentro dela há vinte metros de distância. Era toda feita de metal com uma espécie de jaula em seu interior. Cilíndrica, era amarrada por quatro grandes correntes presas, duas de cada lado, na montanha em que estavam enquanto que grossos cabos de energia eram conectados aos computadores da plataforma.

       Ealim congelou e se aquietou na mesma hora que a voz de seu avô tocou seus ouvidos felinos. Damian subiu a escadaria sem hesitação, parando um pouco atrás do ancião. "Nunca ao seu lado" ele sentiu a pequena leoa pressionar contra suas pernas "Ele não nos trata como iguais".

—Isto o deixará forte —Disse, erguendo um braço como se estivesse prometendo o mundo ao garoto —Te tornará perfeito!

—Eu não entendo, avô —Não entendo como isso pode tornar alguém perfeito. Se nem o próprio Ra's era, então porque uma máquina conseguiria algo que a Cabeça do Demônio não conseguiu?

        Ra's nunca toleraria ignorância e falta de disciplina, não de sua filha e, principalmente, não de seu neto. Então Damian engoliu suas dúvidas e ergueu os ombros para esconder sua hesitação, resistindo olhar pelo canto do olho para pegar algum vislumbre do daemon de seu avô. A alma da Cabeça do Demônio era tão misteriosa quanto o próprio líder da liga, se escondendo da vista de todos e não falando com ninguém além do próprio Ra's. Muitos dos criados diziam que Ra's tinha vendido seu próprio daemon para o diabo em troca da vida eterna. Era uma história ridícula, embora Ealim tenha insistido que havia algo de errado com o ancião, pois, em suas palavras, ele era tão velho que já deveria ter virado pó.

—Você irá entender, meu neto. Logo você verá a grandiosidade que está guardada pra você —E com um aceno de cabeça os cientistas começaram a trabalhar.

         A coisa se iluminou, energia crepitando e colocando as engrenagens para funcionar. Então, quando o aparelho estava devidamente calibrado e preparado, duas pessoas entraram por uma porta do outro lado do complexo. Não era alguém que conhecesse, pelo menos, não o uniforme. O adulto vestido de branco arrastava uma criança pelo braço; seu daemon era uma coisa peluda – talvez um gato selvagem ou um cão – nos dentes do lobo branco do assassino.

—Experimento número 19. Nome de indivíduo: Liliam Cooper. Idade: dez anos. Horário de Intercisão —A mulher por trás de um dos computadores espantou a mariposa de seu ombro e curvou-se para olhar a tela de perto —10: 35. Vamos começar.

         A garota e seu daemon foram jogados dentro da máquina, sendo separados por uma grade feita de um material que Damian nunca tinha visto. Apesar de agitado o cão da menina não estava mudando de forma, apenas se jogando contra a grade como se aquela estivesse trazendo a própria morte sob eles. A criança gritava e chutava, chorando quando uma linha de luz começou a descer pela grade, escorregando constantemente, como se fosse uma guilhotina.

         Ealim assistiu com olhos assombrados um pó dourado fluir do daemon para a criança. O Pó era algo pouco discutido na Liga dos Assassinos e Damian nunca teve permissão para perguntar ou falar sobre isso o que, claro, despertou ainda mais a sua curiosidade. Foi em um desses ataques de egoísmo e desobediência que eles encontraram uma pesquisa durante uma missão. Foi uma leitura rápida e apressada dentro de um prédio que ardia em chamas, no entanto era o suficiente para que um fato se registrasse em suas cabeças: daemons e Pó estavam intimamente ligados. Como? Eles não sabiam, pelo menos não até agora.

        Os gritos aumentaram, agonia estampada no rosto da menina quando tentou romper o que lhe separava da sua alma. Ra's Al Ghul sorriu e se virou para olhar nos olhos do menino

—Amanhã, meu neto, você será livre!

       Damian não pôde discordar....

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O que acharam? Prestem muita atenção em cada capitulo, porque eles darão pistas do que vão acontecer no próximo.

O desafio é: Os nomes dos daemons podem significar coisas importantes ou podem não significar nada, mas uma coisa é certa: um nome é sempre importante. Ealimqueen é a junção de duas palavras, quais são elas e qual seu significado?

Solum♦ Se divirtam e não se esqueçam de comentar, vocês não sabem como isso nos deixa feliz! :D



Coração de PoeiraWhere stories live. Discover now