Capítulo 46

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Ellen encarava enraivecida a fachada da casa que um dia chamou de lar, ou ao menos, era para se parecer com um. Contudo, tudo o que a Leblanc sentia era raiva, a mais pura raiva e nojo olhando a fachada da mansão.

Mas ela precisava encarar aquilo de frente se quisesse diminuir a dor da perda que sentia em relação ao seu irmão.

E sem pensar duas vezes, a loira abriu a porta da antiga casa e entrou, não se importando com os elfos domésticos que serviam sua família correndo atrás de si. Ela nunca os tratou mal, nem mesmo Peter, mas temia que se conversasse com eles perderia a coragem.

— Senhorita Leblanc! Que honra tê-la de volta! — um dos elfos disse atrás dela.

— Os donos desta casa estão?

— No escritório do senhor Leblanc, mas eles…

Ellen apressou os passos até abrir a porta do escritório vendo que os pais estavam acompanhados dos Malfoy, incluindo Draco, o que fez a loira piscar duas vezes para ver se era aquilo mesmo que estava vendo.

— Filha, que surpresa você… — mas antes que o senhor Leblanc chegasse perto, a loira ergueu a varinha na direção deles.

— Calado! Os dois — ela olhou para a mãe — Vocês dois me dão nojo só de olhar.

A senhora Leblanc, com o semblante frio, se aproximou da filha ficando a algumas distâncias dela.

— E quem você pensa que é para falar comigo, hein? Está louca?

— Sempre me chamou de louca por minhas atitudes fora dos padrões, não é mamãe? E adivinha? Quanto mais me chamam de louca, mais eu fico.

A senhora Leblanc olhou irada para a filha enquanto ela continuava:

— Eu penso que sou alguém melhor do que você. Eu nunca teria coragem de matar o próprio filho por conta de um louco.

— Você não entende nosso propósito, garota.

— Realmente, não entendo o propósito de matar o próprio filho para obedecer um doido que é a porra de um hipócrita! — esbravejou a loira.

— Respeite o lorde! — o senhor Leblanc esbravejou! — Respeite o legado que ele está construindo!

— Respeite você a memória do seu filho! — berrou Ellen apertando a varinha mais firme — Vocês estão agindo como se Peter fosse mais um, apenas um outro bruxo que morreu mas ele era seu filho… meu irmão!

Narcisa, vendo que a situação estava se agravando, se dirigiu a loira.

— Ellen, porque não se acalma antes para conversarem melhor. Com os nervos exaltados não vão levar a nada.

A loira negou com a cabeça, sentindo as lágrimas querendo embaçar a visão.

— Eu não quero me acalmar, eu não quero conversar — ela abaixou a varinha — Eu só queria ver se eles se arrependiam, se sentiam alguma dor com a morte de Peter, mas vejo que não. Espero que esqueçam que eu existo, a linhagem de vocês morreu quando mataram o Peter. Eu não me considero mais uma Leblanc, tenho nojo de ter esse sobrenome.

A loira virou as costas e segurou a maçaneta da porta, mas antes de sair disse:

— E que queimem a porra daquela tapeçaria.

Ellen bateu a porta do escritório e saiu secando com força as lágrimas que ameaçavam cair, quando ouviu alguém lhe chamando e ao se virar, deparou-se com Draco.

— Ellen.

— Não quero ouvir uma palavra, você é um deles Malfoy.

O loiro abaixou a cabeça.

— Você não sabe mais de nada — disse em um murmúrio baixo que a loira ouviu, a voz fria como se estivesse contendo dentro do peito um segredo muito grande.

Mas Ellen estava com muita raiva e mágoa dos pais para prestar atenção nas dores do loiro.

— Realmente não sei, mas acho que não quero ouvir muita coisa de alguém que tem a Marca Negra no braço. Anastasia, já sabe?

— Não.

— E não vai contar para ela?

— Ainda não sei. Ela não quer muito ver minha cara depois da notícia do casamento.

A loira assentiu pensativa, ela havia ouvido Sirius comentar com Athena e Alexandra em uma das reuniões na sede da Ordem da Fênix. Soube que a corvina estava mal com o término, e ela havia feito uma nota mental sobre falar posteriormente com a amiga.

Mas ver o Malfoy ali junto aos seus pais, em uma provável reunião conspiratória que ela havia interrompido, começava a achar que o término do relacionamento poderia fazer algum bem futuro para Anastasia.

— Espero que saiba o que faz.

Sem olhar para trás, Ellen deixou Draco no meio do hall e saiu da mansão Leblanc não olhando para trás, nunca olharia mais para aquela casa.

Nem para aquela família.

ೃ *ૢ✧

Notas da autora: Hey pessoal, como estão?

Mundo mágico está agitado com o exposed do Dumbledore vindo aí, e como estou um pouco nesta vibe mágica trouxe um capítulo para vocês focados nos Leblanc.

Sexto ano vem aí mais pesado do que nunca então aconselho vcs a se prepararem muito bem!

Me digam o que estão achando, essa autora ama ler os comentários!

Até o próximo! ✨💙

Unconditionally - Draco MalfoyOù les histoires vivent. Découvrez maintenant