Capítulo 10

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Estavam ambos andando calmamente pela calçada, no caso o até então desconhecido estava acompanhando os passos da mulher, seguindo até uma das lojas de conveniência mais perto.

- Aquele era seu irmão? - Disse a jovem, quebrando o pequeno silêncio e esboçando um sorriso doce.

- Quem? - Parou um pouco para pensar. - Ah sim... Sim, é o meu irmão mais velho. Bem - Pausou. - Um dos.

- Então você tem mais de um?

- Tenho. Porém, como conseguiu descobrir isso? Nos achou parecidos? - Ria baixinho, aliás, serem parecidos? Nem um pouco.

- São ambos muito bonitos... - Pressionava o lábio, olhando de uma forma tímida para o lado.

Sehun não aguentou a risada, era baixa mas ainda sim era bonita de se ouvir. Descontraída de tal forma que fazia ele tampar a boca enquanto a proferia, estava feliz em saber o que ela achava de si, aumentando um pouco o ego que tinha.

- Isso foi muito educado da sua parte, não sou tão bonito assim - Mentiu.

- Por que algo me diz que você está mentindo? Egocêntrico... - Brincava, fazendo ambos voltarem a rir.

A conversa era bem mais suave do que antigamente, somente os dois andando pela rua como pessoas normais. Não poderia negar que o jovem estava muito mais relaxado do que no início, esboçando aquele sorriso bobo que não saia de seu rosto por um segundo se quer. Talvez a presença daquela mulher não fosse tão ruim, deixando a viagem ainda mais interessante do que ele pensava, no entanto, estava mais que na hora de poder dar um passe a diante com aquela mulher.

- Você por algum acaso... Poderia me dar o seu número? - Estava um pouco envergonhado, mantendo uma mão no bolso em que se encontrava seu celular.

Demorou um certo período de tempo até que ele recebesse uma resposta da jovem, não sabia se ela estava apreensiva em aceitar ou não o seu pedido, mal sabendo que aquilo apenas fazia parte dos seus truques para o encantar com ingenuidade e atuação.

- Claro, por que não? - Assentiu, conseguindo ter em mãos o celular do outro ligado e já disponível para ela colocar o próprio número.

Quando enfim entregou o aparelho celular para o dono, este percebeu que até então não tinha a menor noção de qual era o nome da mulher. Quando conseguiu ver o nome que ela havia colocado acabou esboçando um sorriso, rindo baixo de uma maneira que nem ele mesmo percebia.

- Choi Binna... - Voltava a encara-la. - Combina com você.

"Como era clichê", Binna pensava. Estava mais do que óbvio que seus olhos brilhavam como de um filhote de cachorro, estava aos poucos caindo numa emboscada e nem ao menos percebia. Seus sentimentos puros e ingênuos estavam sendo manipulados e o máximo que ele podia fazer era sorrir para aquela que daqui a pouco faria sua vida virar de cabeça para baixo. "Não se preocupe, depois que tudo acabar não irei mais lhe perturbar" ela sentia pena daquele jovem.

- Muito obrigada... - Sorriu, conseguindo chegar na loja de conveniência onde não demorou muito.

Enquanto ela comprava as coisas que precisava, o outro observava do lado de fora todo o seu ao redor, notando o nome do estabelecimento. Não era longe de casa, na realidade já passou em frente algumas vezes e talvez a partir daquele momento fosse frequentar/passar ainda mais ali.

- Não precisava me acompanhar Sehun - Disse carregando algumas sacolas.

- Por que não? Vamos para a mesma direção, pensei em te ajudar com o que fosse comprar. Me deixe carregar isso - Se ofereceu, erguendo as mãos para as sacolas. No entanto, a mulher puxou elas com força para si, fazendo ele ficar surpreso.

- Eu posso carrega-las sozinha, não precisa. Sério - Dizia envergonhada.

- O que tem eu lhe ajudar? Normalmente não se recusa ajuda... - Persistiu.

- Nem ao menos está pesado, não precisa se preocupar, de verdade - Sorriu, dando os primeiros passos.

- Não penso em te roubar - Brincou

- O que? - A mulher riu baixo, dando um leve tapa no homem. - Bobo.

Continuavam a andar mas dessa vez para casa, a caminhada fora bem silenciosa por visto de como estavam a pouco tempo. O jovem Oh segurava em seu telefone pelo bolso da calça, sorrindo de uma forma fraca enquanto permanecia com a cabeça baixa, inocentemente estava feliz em conseguir seu número e nem se quer conseguia esconder. Com esses pensamentos, deixou de perceber quando já estavam em frente ao elevador.

- Você pode ir primeiro, na verdade, ainda tenho algo para resolver - Parou

- Se for assim eu...

- Não, Sehun. É algo pessoal que preciso resolver... Se não se importa - Disse se curvando com um sorriso mais fraco do que os que fazia questão de demonstar, uma marca que ficava na memoria do coreano quando ela dava meia volta.

Ele a olhava, mas permaneceu seguindo em frente. Entrou naquele elevador e pressionou um dos botões, o seu andar, olhando aquela moçoila pela brecha que se formava até as portas estarem completamente fechadas.

- O que será que aconteceu?

Depois daquilo parecia que de repente ele estivesse apertando um outro botão, de acelerar o tempo. Não demorou muito para que quase todo dia conseguisse falar com a senhorita Choi pelo celular, sobre qualquer assunto e em qualquer horário, tinha certeza de que tinham muito em comum em diversas áreas e aspectos.
Constantemente conseguia arrancar um sorriso daquele belo rosto, tão contagiante que também o fazia rir. Se encontravam diversas vezes na semana, em restaurantes, pequenos comércios... Não conseguiu perguntar por quanto o tempo ele iria ficar e nem ousou em questionar, mas o tempo que passavam juntos estava cada vez maior e cada vez mais pessoal, até mesmo entregava presentes a ela. Até que um dia, a jovem o convidou para beber.

Money Couple | hunlisaWhere stories live. Discover now