Capítulo Treze

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Quarta-feira, 03 de novembro


O ônibus que Choi Beomgyu deveria pegar para ir a Daegu saía às onze e meia do terminal de ônibus do distrito de Geumjeong. Ele demoraria cerca de quarenta minutos de metrô se fosse do distrito de Nam ao terminal, e chegaria em Daegu dentro de uma hora e meia após pegar o ônibus. Aquilo significava que Beomgyu deveria assinar a lista de formandos do próximo semestre na Universidade de Kyungsan e ir embora assim que pudesse, para não se atrasar.

O comitê de graduação da Engenharia de Computação abria as portas da sala de reuniões para a assinatura do documento às dez horas em ponto e, às nove e cinquenta, Beomgyu vagava pelo campus com uma mochila relativamente pesada nas costas e a gaiola de Toto, segurada pela mão esquerda. Sua mão direita avisava Huening Kai que já havia chegado, e perguntava sobre o paradeiro de seu amigo.

Um tecido escuro caía sobre a gaiola, para que Toto não ficasse agitado demais ao ver pessoas, o qual Beomgyu retiraria assim que se sentasse no ônibus. Como não conversava com Taehyun desde o incidente de segunda-feira, ele não podia contar com o amigo para cuidar do bichano, e não queria que Huening Kai se deslocasse de Nam, onde morava, até o distrito Jung apenas para dar ração e um pouco de carinho a Toto. Sendo assim, teve de comprar um assento a mais no ônibus para poder levar seu companheiro consigo.

Seu celular apitou.


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De: Huening Kai

3 nov 09:53

Tô no saguão de entrada do prédio principal

Atualizaram o ranking


O coração de Beomgyu errou uma única batida. Ele sabia que não deveria, mas era inevitável dar importância àquele tipo de coisa. Ainda mais quando parecia que suas conquistas estavam sendo desafiadas por outra pessoa.

Ele caminhou com um peso no coração e uma grande expectativa sobre seus ombros, embora soubesse que não encontraria seu nome no topo do ranking dos estudantes.

A Universidade de Kyungsan era dividida em três prédios principais: o prédio do meio, para onde Beomgyu se dirigia naquele momento, compreendia o prédio das aulas; o prédio no flanco esquerdo era o prédio administrativo, enquanto o prédio no flanco direito reunia laboratórios de informática e farmacêuticos. Em frente ao prédio principal, um extenso gramado, com arquibancadas laterais, estava à disposição dos alunos.

Ao subir os degraus da escadaria do prédio das aulas, Beomgyu pôde ouvir as vozes comovidas de seus colegas que muito provavelmente checavam o ranking atualizado. Quando pisou no último degrau, teve o vislumbre da cabeleira platinada de Huening Kai. A gaiola que segurava se mexeu contra sua vontade, e Toto começou a cantar.

— Bom dia! Bom dia! Bom dia! — a voz esganiçada exclamou alto, atraindo a atenção de alguns alunos que estavam na entrada do prédio.

Beomgyu parou imediatamente de caminhar, erguendo a gaiola e empurrando o tecido que cegava seu companheiro para poder enxergá-lo. Toto tinha a cabeça virada para o lado, confuso com a luz repentina que tinha invadido seu ambiente, e andava de um lado para o outro na barra da gaiola.

— Já vamos embora, Toto — Beomgyu sussurrou, levantando um dos dedos da mão que segurava o celular para acariciar a cabeça da ave.

Dentro do prédio, aqueles que estavam um pouco afastados da parede em que o ranking havia sido exposto também conseguiram ouvir a voz de Toto. Huening Kai, que já conhecia de cor e salteado as falas do bichinho de estimação de seu amigo, virou o pescoço, cerrando os olhos ao encontrar Beomgyu parado no último degrau da escadaria.

Anonimato • BeomjunOnde histórias criam vida. Descubra agora