Capítulo 11

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Harry foi desperto de seu sono na manhã seguinte com um som conhecido esgueirando-se de fora do seu quarto, coçando os olhos sonolentos enquanto sua mente tentava processar como caralhos aquele ganso estava em sua casa às 5 da manhã.

— Deus me livre. — Revirou os olhos ao escutar sua avó o bajulando. — Eu já tinha botado pra fora a muito tempo...

Mentira, Harry não teria coragem.

Todavia, ainda sem lavar o rosto ou trocar de roupa, Styles se levantou e foi direto para onde sabia que eles estariam, na varanda com Marilene costurando camisas com a logo dos Slaters para ser colocada à venda mais tarde, já que sem patrocínio, eles precisavam se virar na renda para pagar as inscrições e os utensílios de treinos. Afinal, desde que a equipe voltou, os três viviam do Surf.

E Harry estava certo, assim que passou pela entrada da varanda, deparou-se com Mamute espionando o que Marilene costurava atenta com seus óculos de grau.

— Bom dia, vovózinha Marilene linda. — Ele deixou um beijo na bochecha dela, antes de virar-se para o ganso. — E bom dia pra você também, Mamute. Tente ser menos barulhento da próxima vez que invadir essa casa para não me acordar, obrigado.

— Eu quem pedi para ele te acordar. — Avisou Marilene e seu tom de voz sério demonstrava que ela não estava brincando sobre isso.

— Ah, ótimo. — Harry se jogou na rede da varanda. — Ele te entende agora? Vocês são amigos, é?

— É óbvio que ele me entende, menino. — Marilene revirou os olhos e Mamute fez um som completamente bizarro. — Tá' vendo? Ele acabou de dizer que me entende!

Com uma expressão espantada e a boca entreaberta, o cacheado optou por mudar de assunto, sem desejar descobrir o nível da doidice de sua avó. Os olhos de Harry como sempre vagaram até o quadro de seu pai, jovem e sorridente, saindo do mar com a braçadeira de capitão no bíceps esquerdo.

— Como funcionava o Caoss quando meu pai competia? — Perguntou nostálgico após suspirar fundo e descansar a cabeça na rede.

— Da mesma forma que funciona hoje em dia, o Caoss é uma tradição nessa Ilha, as regras da competição não mudam. — Marilene sorriu instantaneamente ao contá-lo, ainda sem tirar os olhos do que bordava. — Tem a primeira fase, onde todas as equipes que se inscreveram participam, mas é selecionado somente 12 das melhores equipes para irem pra segunda fase e o resto está fora. Pra terceira e última fase, só passam as 4 equipes finalistas e com elas, quem vencer a etapa final é o vencedor do Caoss, ganhando automaticamente uma vaga no campeonato mundial do Surf. — Suspirou. — É incrível acompanhar todo esse processo de pertinho, a Ilha literalmente para em temporada de Caoss pra assistir a competição, é uma loucura!

A voz de Marilene transparecia tanto amor ao explicá-lo como funcionava, era nítido que ela possuía uma relação especial com tudo aquilo, obviamente o fato de seu filho ter sido campeão mundial e um dos maiores nomes da história do Surf tinha influência nessa sua paixão, mas Harry via que ia além. Nalu amou tanto o Surf que contaminou sua mãe com esse denso sentimento também.

— E foi lindo ver nossa pequena e esquecida Ilha ganhar reconhecimento no mundo todo por causa dos surfistas que nasceram aqui e se tornaram estrelas. — Ela continuou. — Eu sinto que Louis ainda será mais um a conquistar o mundo, ele tem o potencial do pai, tem talento, tem disciplina e tem uma vontade gigantesca de se superar. Louis ainda será uma estrela mundial do Surf.

— Uh, não têm coisa melhor do que isso pra se ouvir. — De repente, Harry pulou de susto quando uma terceira voz soou, vindo da porta de entrada. Era Louis com um sorriso enorme e um pouco tímido. — Bom dia, Marilene!

latente de verão Where stories live. Discover now