Hard Work // h.s. •Acabada• #Wattys2015

Twenty Nine

Só que depois do disparo outro foi ouvido. E nenhum deles foi para mim. Olho para a frente e vejo a Nadine no chão a escorrer sangue da testa. A polícia tinha chegado na hora H e disparou contra ela. Não que ela não merecesse mas eu era encapas de lhe desejar a morte.

Só que há algo estranho. Ouvi dois tiros e só um é que acertou na Nadine. E o outro?! Olho para o Harry e encontro-o estendido tal como a Nadine e com a sua camisa branca todo vermelha. Abaixei-me até ele e uma dor inconsolável estava a apoderar-se de mim. Neste momento eu preferia ter morrido pelo menos sabia que o Harry estaria bem fisicamente.

" Harry, por favor, não me deixes eu amo-te. " eu chorava baba e ranho e a polícia que estava atrás de nós aproximou-se e pegaram logo no Harry e levaram-no até ao hospital. Eu insisti em ir com eles só que não me deixaram.

Então fui de mota até ao armazém e de lá peguei no carro do Harry e fui toda desvairada até o hospital.

Quando lá cheguei fui até à recepção e lá avisaram-me que já tinham avisado a restante família do sucedido ao Harry.

Eles devem estar a sofrer tanto. Primeiro o meu desaparecimento e depois o tiro ao Harry. Ninguém merece isto.

Fui até à sala de espera. E encontrei-os todos de cabeça baixa, menos a Darcy. A minha menina! Que saudades que eu tenho deles todos.

" Mamã? " ela olhou para mim e ficou sem reação, se calhar pensava que era só uma alucinação.

" Já te disse para te calares Darcy a mãe não está aqui, para de ser estúpida. A mãe faz-me falta e tu sempre a dizeres isso pões-me mal. " ele ainda não tinha levantado a cabeça.

" Que seja a ultima vez que chamas estupida à tua irmã Edward! " decidi repreendê-lo, eles mereciam um momento feliz neste momento.

Olharam todos para mim e vieram abraçar-me. Que saudades que eu tinha disto, a minha família é sem dúvida a melhor.

" Tínhamos tantas saudades tuas mamã. "

" Eu também tinha vossas. "

| 3 semanas depois |

Já se passaram três semanas desde aquele maldito incidente. Já foi à três semanas que o Harry levou um tiro. Já lá vão três semanas que o Harry está no hospital sem dar qualquer sinal de vida.

Tenho passado aqui os dias, sem dormir. A nossa família costuma passar por aqui todos os dias, mas têm o trabalho deles, e sabem que eu não o ia deixar. Os meninos querem sempre ficar aqui comigo, mas hospitais não é ambiente saudável para crianças.

Neste momento eu estou de frente para a cama dele, numa poltrona. Ele parece um anjo a dormir e custa-me saber que ele está nesta situação por minha causa.

Amanhã é o meu aniversário e a única prenda que eu quero realmente é ver novamente os olhos do meu amor. Aqueles olhos que eu tanto amo e o sorriso que me fascina.

São cerca de 11.55 da noite, faltam apenas 5 minutos para ter 21 anos e eu estou sem sono. Os meninos já passaram por cá com a Sophia e o Liam.

Levanto-me da poltrona e vou até ele seguro-lhe na mão com força. Ele precisa de toda a força possível para se manter forte. Ele precisa de acordar. Os médicos já disseram que iriam desligar as máquinas se ele não acordar nas próximas 24 horas. Eu não deixarei que o façam, eu sei que ele irá acordar.

" Tu não podes morrer. Eu não vou deixar que morras. Se não fores tu, eu desisto. Desisto de procurar alguém, desisto de tentar amar. Desisto dos beijos sentimentais. Desisto do corpo a corpo passional. Largo todos meus planos pro futuro com alguém. Desisto de tudo. Não penso mais na vida a dois e muito menos em amor eterno. Se não fores tu não vai ser ninguém. É o que eu sinto agora. Sinto que não posso e não dá pra viver sem ti. E se não for pra te ter, eu esqueço de tudo, menos de nos. Eu largo o mundo e nunca mais penso no que planeámos juntos. Passaria a desacreditar no futuro. Se não fores tu eu deixo de ser eu. Se não fores tu, meu amor, se não fores tu , a minha vida deixaria de fazer sentido."

O relógio marca as 00.00 e a minha mão soada que estava encaixada na do Harry é apertada.

" Nada disso vai acontecer. Porque eu estou aqui. "