Capítulo Vinte e Três

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No capítulo anterior...

– Ei, Lica. – MJ chama a garota.

Quando Lica se vira novamente para MJ, é acertada com um soco forte no rosto. Lica cambaleia para trás e os alunos gritam em surpresa.

– Vocês vão se arrepender disso. – Lica diz colocando a mão em seu nariz que já sangrava e passa pela multidão saindo de perto das garotas.

[...]

Sábado, 8PM

Havia se passado dias desde o incidente no corredor da escola e Lica nem sequer apareceu nos dias seguintes. O que deixava Andi com medo da garota estar pranejando um plano maligno contra ela e sua namorada ou até mesmo contra MJ. O que a deixou confusa também foi ela não ter reclamado de MJ para o diretor. Afinal, MJ deixou a garota provavelmente com o nariz quebrado.

Onde Lica poderia estar?

Como hoje é sábado, Emília e Andi decidiram em ir ao cinema ver um filme qualquer. "Melhor do ficar em casa coçando a bunda" foi o que Emília disse quando convenceu Andi em sair de casa. As duas garotas prometeram para si mesmas que não iriam pisar em uma balada por um bom tempo, e um cinema num sábado era perfeito para um casal sem nada melhor para fazer.

As duas compram seus ingressos rapidamente e vão em direção ao lugar que vendia pipoca, doces, refrigerantes etc. Andi se suspriende com a garota que está atrás do balcão. A garota tinha traços mexicano e tinha o nome "Paulina" escrito em seu uniforme. Andi se sentiu feliz vendo uma pessoa com mesma origem dela.

Depois de comprarem suas pipocas e guloseimas, as duas garotas entram na sala de cinema para assistir um novo filme de terror que havia entrado em cartaz a pouco tempo. De começo, Emília foi contra a ideia de assistir um filme de terror. Mas foi só Andi falar que estaria lá do lado dela e que não precisaria sentir medo, que Emília ficou toda boiola e aceitou assistir o filme.

Gays.

[...]

Depois de quase uma hora de filme, Emília estava literalmente de tremendo de medo e Andi só faltava se mijar de tanto rir. Casal perfeito, não é?

– Pare de rir! Você não tinha dito que estaria do meu lado e faria com que eu não sentisse medo? – Emília pergunta indignada dando um tapa no braço de Andi.

Algumas pessoas que estava nas fileiras ao redor das duas faziam o famoso "shhh" para as garotas calarem a boca. O que fazia Andi rir mais ainda.

– Ai para mim chega. – A loira diz se levantando, mas Andi segura seu braço.

– Aonde vai?

– No banheiro. – Emília responde se soltando de Andi.

– Eu vou com você. – Andi se levanta rapidamente e Emília apenas assente com a cabeça.

"Okay, ela não estava brincando quando disse que não desgrudaria de mim nem por um minuto" Emília pensou.

– Você também percebeu que aquela garota era mexicana? – Andi pergunta quando Emília entra em uma cabine do banheiro.

– Sim, e também percebi você babando nela.

– O ciúmes, meu pai. – Andi solta uma risada.

Emília sai da cabine dando ombros lava suas mãos na torneira. Andi vai até Emília e a abraça por trás.

– Own meu pãozinho de mel. Não precisa ficar com ciúmes. – Andi faz uma voz fofa.

– Sai fora, Andi. – Emília tenta sair do aperto de Andi.

Invés disso, Andi vira Emília de frente para si e agarra a cintura da garota. Emília solta um gritinho em surpresa. Andi da uma forte chupada no lábio inferior da loira. Emília leva suas mãos até o pescoço de Andi e aprofunda o beijo. A morena levanta Emília e a coloca em cima da pia.

Depois de apenas amassos, Andi leva sua mão ao short de Emília e tenta desabotoar mas Emília a impede.

–Está achando mesmo que a gente vai transar no banheiro do cinema? – Emília pergunta soltando uma gargalhada.

– Af. – Andi revira os olhos e coloca Emília no chão. – Mais tarde você não escapa.

– Eu mal posso esperar. – Emília diz debochada e da um selinho rápido em Andi. – Vem. Vamos voltar logo para aquele filme horrível. –  Puxa Andi para fora do benheiro.

[...]

O filme já havia acabado e as duas garotas se encontravam a caminho da casa de Andi

– Eu nunca mais vejo um filme de terror com você. – Andi comenta divertida. – Você é muito cagona.

– Ai Andi vai se ferrar. – Emília empurra Andi levemente. – Em falar com cagona, você falou com MJ hoje?

– Falei. Ela disse que ela e Jana iriam ficar em casa hoje. – Andi esclarece e Emília assente.

– Era para a gente ter ficado em casa também. Esse foi o pior filme que eu vi na vida. – Emília faz uma careta e Andi ri.

– Você tem razão. Era melhor a gente ter ficado agarradinha na minha cama vendo um filme de romance chato. – Andi diz assentindo com a cabeça.

Elas garotas voltam a andar e do nada Emília sente uma vontade enorme de dizer "eu te amo" para Andi.

O porquê disso?

Nem ela sabia. 17

– Andi, eu te amo. – Emília diz parando de andar.

Andi olha para a garota se perguntando o porquê dessa fala de repente.

– Eu também te amo, Emi. – Andi murmura colocando suas mãos no rosto de Emília e a olhando nos olhos. – Mas porque dizer isso do nada?

– Eu não sei, só senti necessidade.

– Tudo bem. – Andi solta um sorriso compreensível.

Elas voltam a andar calmamente com sorriso bobo nos lábios. Sim, Emília sentiu necessidade de dizer "eu te amo" para sua namorada, mas também sente que essa frase nunca seria suficiente para expressar tudo que sente por Andi. O que Emília sente talvez possa ser até maior do que a palavra "amor" significa.

A caminhada continua mas tudo muda quando um carro escuro para ao lado delas. As duas garotas que se entrolharam confusas.

Até o próximo capítulo... Preparem o rivotril

Detention - EndiWhere stories live. Discover now