Capítulo Um

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     2021, segunda 6AM.
                               POV Emília

Tinha acabado de sair do banheiro com o cabelo molhado quando escuto a campainha tocar. Desço rapidamente as escadas e abro a porta e acabo encontrando uma caixa no chão.

– Que porra é essa? – Digo baixo para mim mesma quando pego a caixa no chão.

Passo o olho pela parte de cima da caixa e acabo percebendo um post-it colado em cima da caixa.

"Para Emília" é o que diz no papel.

Abro a caixa sem mais delongas, logo me arrependo, pois um quilo de farinha acaba indo direto para o meu rosto. No susto acabo escorregando e caindo para trás e dando de costas no chão, fazendo um barulho estrondoso soar pela casa inteira.

– Filha? – Ouço a voz da minha mãe - Emília! O que houve filha? – Minha mãe se aproxima de mim e me ajuda a levantar do chão.

– Foi aquela garota mãe! Eu vou matar ela. – Exclamo o mais alto possível.

Minha mãe me encara por longos segundos. Até que solta uma risada escandalosa.

– O que? Do que você está rindo? Não tem graça. – Digo indignada com a risada da minha mãe.

– Vocês se amam, não é? – Minha mãe questionou ainda rindo.

– Isso não vai ficar assim. – Rosno enquanto subo as escadas.

Ela estava ferrada, eu vou acabar com ela, não tem chance de alguém mexer com Emília Alo e não ter consequências.

Sou obrigada a tomar banho e lavar meu cabelo novamente. Saio do banheiro com sangue nos olhos, eu precisava revidar na mesma moeda. Desço as escadas novamente naquela manhã, tomo meu café rapidamente e coloco minha mochila nas costas, antes de sair de casa pego um pote de farinha e colocando dentro da minha bolsa.

– Tchau, mãe. – Digo alto para que minha mãe escutasse.

– Tenha um bom primeiro dia de aula, querida. – Minha mãe grita de volta.

Saio pela porta de casa indo rapidamente em direção  à casa daquela mexicana azeda, que por obra do destino, era minha vizinha.

Toco a campainha, alguns segundos depois a mãe de Andi aparece abrindo a porta.

– Olá, Emília – Me comprimenta sorrindo – Posso ajudar? – Questiona a mãe de Andi.

– Uh, sim, eu preciso falar com a Andrea, ela está? – Questiono mesmo sabendo a resposta, Andi sempre sai cedo para correr antes de ir para a escola, ou seja,  ela não estava.

– Ela saiu para correr faz um tempo, mas você gostaria de esperar ela chegar? – Pode subir e esperar ela no quarto – Diz me dando passagem para entrar na casa.

– Sim, obrigada – Digo subindo as escadas indo em direção ao quarto de Andrea.

Abro a porta e vou em direção ao banheiro de seu quarto, eu não poderia perder muito tempo, Andi poderia chegar a qualquer momento e me pegar no pulo.

Detention - EndiWhere stories live. Discover now