Capítulo Quinze

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                                   POV Emília

– Emília alo, nem pense em se masturbar no meu banhe... – MJ diz entrando no quarto mas para no momento em que percebe o que estou segurando.

– O que é isso. – Pergunto apontando para a caixinha em minha mão.

– Err... – MJ parecia assustada por algum motivo.

– Vai pedir Jana em casamento é? – Solto uma risada e ela parece aliviada.

– Não é da sua conta. – Diz arrancando a caixinha da minha mão e coloca dentro de seu armário.

– Ai eu só estava brincando. – Digo levantando as mãos em rendição.

– Vamos voltar lá para baixo logo. – Diz começando a me puxar até a escada.

Não tinha engolido essa história. Obviamente MJ não ia pedir Jana em casamento e muito menos dar um anel de presente para ela. Até porque elas já tinham anéis de namoro.

Decido esquecer essa história e voltar a curtir com as meninas.

– Vamos voltar a brincar ou não? – Jana pergunta quando voltamos para a sala.

– Se aliviou, amor? – Andi pergunta com um sorriso cafajeste.

– Não. MJ não deixou. – Respondo rindo e me sento novamente em meu lugar.

– Além de ser empata foda virou empata siririca? – Andi ri debochada olhando para MJ.

– Andi me ajuda a pegar mais bebidas na cozinha? – MJ pergunta já arrastando Andi para a cozinha.

                                 POV Andi

– Por que está me puxando desse jeito? – Pergunto confusa quando já estávamos na cozinha.

– Emília quase viu os anéis. – MJ diz olhando para suas pantufas de unicórnios.

– Como é que é? – Arregalo os olhos.

– A sacola estava em cima da cama e quando eu cheguei no quarto ela estava prestes a abrir a caixinha. Mas acho que ela não viu. – MJ suspira.

– Onde estava com a cabeça de deixar os anéis em cima da cama? – Pergunto um pouco brava.

– Ei não vem colocando a culpa em mim não, sua vaca desmamada. – Ela diz cruzando os braços. – Ninguém mandou esquecer a sacola na minha mochila. – Ela vai até a geladeira e pega uma garrafa de soju. – E aliás, como eu iria saber que Emília entraria no meu quarto?

Ela estava certa.

– Ok, me desculpe. – Solto um suspiro e coloco as mãos na nuca olhando para o teto. – A culpa não é sua.

– Eu sei disso.

– E aliás. – Começo a ir em direção a porta da cozinha. – Vaca desmamada é você. – Ela ri e eu saio da cozinha.

[...]

3AM

Já estavam todas dormindo quando eu tinha Emília dormindo sobre mim com o rosto enfiado no meu pescoço. Acabamos dormindo na sala porque MJ disse que não queria mais eu e Emilia dormindo no quarto dela por conta do fato que ocorreu no verão passado.

MJ e Jana estavam dormindo no sofá e eu e Emília estávamos deitadas em um colchão no meio da sala.

Estava pensativa de como daria o anel para Emília.

Deveria apenas falar: "Olha o anel que eu comprei, Rosé. Vamos usar?"

Mas isso era muito simples, quero fazer uma coisa especial.

Até que uma ideia bem na minha cabeça.

– Já sei! – Acabo pensando alto e Emília se remexe em cima de mim e tira o rosto do meu pescoço.

– Cala boca, Andi. – Diz sonolenta aparecendo ainda estar dormindo.

Solto uma risada baixa e levo minha mão até sua bochecha. Acaricio o local admirando a beleza dela.

Ela era linda.

Eu realmente tenho muita sorte.

Seus cabelos loiros e ondulados combinavam perfeitamente com seu rosto pálido. Sua boca carnuda e rosa chamavam bastante atenção.

Amém Brasil.

– Por que está me encarando? – Ela pergunta do nada, ainda com os olhos fechados.

– Pensei que estivesse dormindo. – Digo baixo para não acordar as meninas.

– E eu estava até você gritar "Já sei!" –  Ela imita o meu tom de voz e eu rio.

– Desculpe, eu apenas pensei alto demais. – Ela abre os olhos e me olha.

– No que estava pensando? – Pergunta curiosa.

– Nada demais.

– Ok. – Aceita a resposta e volta a fechar os olhos. – Eu te amo. – Diz do nada.

– Que aleatória. – Solto uma gargalhada.

– Apenas diga que me ama de volta, vagabunda. – Ri ainda com os olhos fechados.

– Que me ama de volta, vagabunda. – Repito sua frase.

– Ai vai a merda, Andi. – Diz me dando um leve tapa no braço.

– Eu também te amo. – Dou um leve selinho em seus lábios. – Que bafo de cachaça. – Comento rindo.

[...]

Não acredito que estou vendo isso.

As lágrimas começavam a escorrer de meus olhos e sentia meu coração quebrar.

Ela quebra o beijo com a menina e se vira para mim e me olha sem expressão nenhuma.

– Desculpe, Andi. Arrumei alguém melhor que você. – Ela pega a mão da menina ao seu lado e entrelaça os dedos. – Alguém que pode me dar tudo que você não pode.

E nesse momento eu desabei.

Me ajoelho no chão e coloco as mãos no rosto chorando desesperadamente.

Continua...

Detention - EndiWhere stories live. Discover now