𖦹 Aulas

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Harry terminava de organizar sua mochila. A ideia de finalmente fazer algo que queria era uma boa para si. Faziam meses que ele não tocava em uma faca. Seu pai lhe queria como um ser inofensivo. Mas, agora Louis oferecia a ele um dia para realmente fazer algo que o deixava animado, como aprender a lutar e a usar algo que o ajudaria, e de algum modo, lhe daria uma certa autoconfiança.

Harry terminava de pôr uma muda de roupas em sua mochila, pensando se havia algo que poderia ter esquecido, afinal de contas, Louis o disse as coisas que precisava levar para seu "treino", quando ouviu dois toques altos em sua porta.

— Senhor Styles, sua mãe quer falar com você. Ela pode entrar? — um dos seguranças que o guardavam, perguntou, ao abrir sua porta, de modo não tão invasivo.

— O que ela quer comigo?

— Disse que quer lhe entregar algo. Podemos deixá-la entrar? — este insistiu na pergunta. Ele não gostaria que Louis achasse que fora negligente com a segurança de seu marido.

— Sim, mas eu quero que deixem essa porta entreaberta. Não a feche — Harry disse com a voz firme. Louis lhe havia dado um poder de decisão que este pretendia usar.

— Claro, senhor.

Vagamente, Harry observou quando Anne lhe encarou, passando pelos dois seguranças, ao entrar na suíte grande. Ela notou que a porta estava com uma pequena abertura, nunca os deixando a sós, para sua infelicidade.

— O que você quer?

— É assim que você recebe a sua mãe? Depois de tudo que fiz por você? Todos os vinte e um anos em que cuidei da sua educação, eu não te deixei ser uma escorria da sociedade e isso me trouxe um filho mal agradecido — Anne cuspiu todas as palavras, com desdém.

— Você não fez nada por mim. Fez por você mesma e pelo papai. Era tudo para ter nossa família em evidência. E vocês conseguiram, não é? Casaram o Zayn com o tesoureiro da Cosa Nostra e vão casar a mim, com o Louis — Harry deu um par de passos em direção a sua mãe.

— Isso é o melhor que eu poderia fazer por você. Te dar um futuro de mãos beijadas. Não tem a menor ideia de quantas pessoas nesta sociedade invejam a sua posição. Você está lá em cima agora. Ninguém pode proteger você melhor do que Louis — Anne o disse com sua voz firme. Em sua mente, ela estava certa em cumprir o papel de mãe.

— Me obrigar a casar é bom? Já pensaram que seria uma boa ideia me deixar ter uma vida normal? Fazer uma universidade, ter amigos, ir a lugares sozinho ou fazer alguma coisa que eu goste. Qualquer coisa.

— Você tem de parar de querer viver uma mentira. A sua vida não é normal, você também não é um alguém qualquer. Você é um filho da máfia e sempre será — a voz de Anne era firme em cada palavra.

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