capítulo 11

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Larissa

As ruas do morro estavam vazias, parecendo o clip thriller do michel Jackson. demorei um pouco para chegar no bar do seu André, pois era um pouco lá em cima. ainda bem que estava vazio então  demorei menos ainda pra sair de lá com os lanches em mãos. 

Quando entrei no beco que da pra minha casa, sinto alguém me puxar. 

Eu- Vai assustar o demônio, caralho- rosnei, olhando pra cara do indivíduo.

Patrão- Tá devendo, fia?- se aproximou.

Eu- É melhor eu ir pra casa, não quero causar problemas pro seu namoro- tentei passar por ele, que me impediu segurando firme a minha cintura.

Patrão- ta chapando e, Ela não é nada minha- murmurou, encarando minha boca- e se fosse? Algum problema?- um sorrisinho cínico cresceu em seus lábios.

Eu- Não sou talarica- o empurrei, mas ele apertou ainda mais a minha cintura.

Patrão- Você é muito abusada, isso sim- riu.

Eu- É meu charme

Patrao- gosto das abusadas- colou nossos corpo, quase ele me deu um beijo mas desviei 

Larissa- e melhor eu ir, já esta tarde - vou perto do ouvido dele- não vai ser tão fácil desse jeito- do um piscada e  vou embora. 

Fui praticamente correndo pra casa, sempre olhando pra trás pra ver se ele não me seguia. entrei em casa com o coração batendo forte.

Hellena- que isso, parece que viu um fantasma 

dei ambos e coloquei as coisas em cima do balcão, será que ele e a sem sal não tem nada mesmo? ou só disse aquilo para me beijar? aff tantas perguntas sem respostas. 

Alex 

Foi daora levar um papo com a Gaby! Mesmo depois de tudo que aconteceu entre ela e o meu irmão, a menina ainda continua sendo minha parceira. Sem caô mermo!

Mas, ta loko, a amiga dela chama atenção demais. Ela não é piranha igual todas as mina aqui do morro, ela é diferente. 

Larissa- Meus avós quiseram vir- deu um gole na agua dela

EU- tendeu poh, ta achando o que da favela?

Larissa- ate que eu gostei.- não para de ficar olhando a boca dessa mandada, slc mo boca gostosa.

 mas ela desviou  o olhar.

Kauane- Oi amor, onde você tava?- se jogando em cima de mim.

Me segurei ao máximo pra não dar um tapa na vadia, odeio grude!

Kauane- você? Oq você tá fazendo com essa piranha? - olhou para mim- Foi ela que estragou o meu vestido no baile.

Larissa- ih garota você ainda ta nessa história, teu vestido de puta foi um acidente, eu compro outro se você só tiver esse para usar. e outra prefiro ser qualquer coisa a ser você

kauane- olha só a piranha fala, sem precisar de amigas para falar por ela. você chegou hoje no morro kerida, abaixa tua marra ai, se eu fosse você não arrumava briga comigo

Larissa deu um sorriso 

Larissa- você acha que eu tenho medo de piranha? kerida você não me conhece ainda, se eu fosse você, não arrumaria briga e comigo.

ate que ela manda o papo de ir embora 

Larissa- Eu vou embora, não quero atrapalhar o casal- saiu andando.

Suspirei, puxando a Kauane pelo pescoço.

Eu- Eu só vou te falar mais uma vez, filha da puta. Nada de amor! Sou porra nenhuma teu, se situa! Só não dei na tua cara, pra tu não passar vergonha. Mas se liga na tua caminhada, da próxima não vou ser tão paciente.

Kauane- Você não quer que eu te chame assim, por causa daquela vagabunda, né? Tá comendo ela?

Eu- quem eu como ou deixo de comer e problema meu caralho, você não tem nada com isso. 

Kauane- e já quis a pior do morro ne, aquela piranha ladra de homem.

Eu- Não te devo satisfação nenhuma, porra! Desencosta- empurrei ela, montando na minha moto e saindo dalí.

Quando eu era menor, meu pai sempre me falava que a gente tinha que tratar mulher com o nosso pior lado. Fiquei com isso na cabeça desde pivetinho!

Eu via minha mãe trair meu pai sempre que podia, até ele descobrir e matar ela.

Então para mim, nenhuma mulher presta ou vale a pena. São tudo farinha do mesmo saco, só serve pra sexo e nada mais!

Nunca gostei de nenhuma, nunca me apaixonei e nem sou de demonstrar sentimentos.

Carrego dentro de mim várias cicatrizes que me fizerem ser a pessoa que eu sou hoje.

Meu pai bebia muito, e descontava a raiva dele em mim, me batendo até eu ficar inconsciente.

Quando eu tava com 8 anos, teve invasão no morro e ele acabou morrendo. Dei graças a Deus por isso, o filho da puta teve o que mereceu.

Nos mudamos pra casa da minha tia, ela não ligava muito pra gente, mas sempre ajudava. Minha única família é o Caique, foi eu que sempre cuidei dele!

Meus pais não queriam outro filho, então quando minha mãe teve o Caique, eu que tive que cuidar dele. Sempre protegi ele de tudo, nunca deixei nada de ruim acontecer com ele.

Entro na boca, olhando em volta pra checar se tava tudo no seu devido lugar e sigo até minha sala. O Caique tava lá, morgadão no meu sofá, só botando um pra subir.

Caique- Sumiu do churrasco pô- me olhou.

Eu- A Kauane começou a encher a porra do saco, achei melhor imbicar pra goma.

Caique- Eu vi você conversado com a Gabriela- arqueou uma sobrancelha.

Eu- Idai? É parceira, pô. Tô de olho na amiga dela, Larissa.

Caique- Ela não vai querer nada contigo, já deve saber quem você é e da sua fama. Ela não merece sofrer na tua mão, não- negou com a cabeça. 

Eu- A mina vai ser minha, ela querendo ou não!- dei de ombros.

Caique- acorda caralho, ela não deve ser igual as tuas puta não. 

Eu- provar algo diferente e bom as vezes. acendi meu cigarro

aquela ali já e minha, ninguém toca ninguém mexe. sempre tive tudo o que eu queria, ainda mais mulher chovendo na horta do pai aqui, essa não será diferente.  essa mina e diferente das daqui, ela não e oferecida ou puta, o pai agora tem que provar de tudo um pouco ne. 

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