capítulo 4

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Larissa

Ouço o barulho do despertador tocando, oq me faz resmungar enquanto me levanto.

Tomo um banho gelado pra refrescar, aqui no rio parece que tem um sol pra cada cabeça.

Quando saio do banheiro, passo meu creme corporal preferido, coloco meu "lindo" uniforme e faço uma maquiagem bem básica. Pra finalizar, arrumo meus cachos rapidinho e desço pra tomar café.

Enquanto tomava meu café, senti o celular vibrando. O peguei, vendo que era a Gaby avisando que já estava saindo de casa.

Tomei o resto do meu suco numa golada, e quando terminei subi correndo pra escovar os dentes e passar perfume.

Joguei minhas chaves dentro da mochila, logo saindo de casa.

Gaby- Eae, gatona- me cumprimentou com um beijo no rosto, já começando a descer o morro em direção a escola- o baile hoje vai tá o fervo, gostosinho do jeito que nós gosta. Já falou com os seus avós?- me olhou- todo mundo tá comentando que vai um tal MC cantar lá hoje, esqueci o nome do cara- deu de ombros.

Eu- Não consegui falar com eles ainda, vou resolver isso depois da escola.

Gaby- Colfoi, fia? É pra tu ir, pô! Nós vai junto. Tá comigo, tá com Deus. Relaxa!- riu.

Fiz careta, passando pelos portões da escola.

Eu até quero ir pro baile, mas conheço meus avós e eles nunca me deixariam ir.

As aulas passaram muito rápido hoje, me assustei quando olhei pro meu relógio e vi que já marcava 18:20.

Quando o sinal toca, saio junto daquele monte de alunos e espero a Gaby na frente da escola, pra irmos embora.

Gaby- Ó, se liga- me olhou- meia noite eu tô partindo pro baile, vou passar na tua casa pra te chamar- piscou, indo embora.

Quando chego em casa, não tem ninguém. Pego meu celular, lendo a mensagem da minha vó.

MENSAGEM on:

Vo- Boa tarde, filha. Hoje não vamos poder ir pra casa...nossos patrões acabaram de chegar de viagem, temos que dormir aqui. Fique bem, e juízo viu.

Eu- Tá bom, vó. Pode deixar!

Mensagem off

Sorri, animada. Isso só pode ser um presente dos deuses.

Liguei pra Gaby, a convidando pra se arrumar aqui em casa.

Tô tão animada pro meu primeiro baile, só espero que não dê nada errado!

Quando a Gaby chegou, já foi direto no meu armário ver com qual roupa eu poderia ir.

Gaby- Misericórdia! Tu só tem roupa ridícula, mana- fez careta, suspendendo um vestido longo- parece que você acabou de sair de um convento, credo- negou com a cabeça, rasgando meu vestido.

Olhei pra cara dela, que continuava a jogar minhas roupas no chão.

Eu- Tem como você parar de mexer nas minhas roupas?- me aproximei, perplexa com sua atitude- eu tava pensando em ir com essa roupa aqui- mostrei uma blusa e uma calça.

Ela fez cara de nojo, encarando a roupa.

Gaby- Não, não mesmo! Tá louca? Cheirou pó vencido? Como cê vai descer até o chão de calça? Nem pensar! Ainda bem que eu trouxe umas opções pra você- fez cara de nojo, caminhando até sua mochila.

Ela me mostrou as roupas que trouxe, oq me fez fazer careta.

Tudo roupa curta e cheia de decote.

Gaby- Experimenta esse aqui- me estendeu um vestido preto com decote em v.

Eu neguei, mas ela insistiu até que eu aceitasse. roupa curta não era muito a minha praia, como meus avos eram da igreja não gostavam muito que eu usasse esses tipos de roupas.

Gaby- Caralho, ficou gostosa pra porra, viada- pegou minha mão, me girando- agora vai tomar banho, que eu vou te arrumar- me empurrou na direção do banheiro.

Tomei um banho rápido e gelado. Quando saí, passei meu creme de morango e coloquei o vestido.

Em poucos minutos a Gaby já estava me maquiando.

Gaby- Acabei- avisou, fechando o batom.

Arrumei meu cabelo rapidinho e fui me olhar no espelho.

 e caralho, Eu estava linda. nunca usei esse tipo de roupa, mas estava muito gostosa mesmo. 

Gaby- Arrasei- sorriu, me encarando.

Eu- Arrasou mesmo, eu tô gatona! Obrigada- sorri- você também tá linda.

Gaby- Estamos incríveis, nega- mandou beijo- vamo meter o pé, tô ouvindo o barulho do som já.

Passei meu perfume, joguei minhas chaves na minha bolsa e fui seguindo ela pra fora de casa.

Fomos andando mesmo, não era tão longe.

Subir essas ladeiras de salto é a pior coisa!

Logo chegamos no baile, que já estava lotado. O som estralava com um funk proibidão, o lugar exalava a maconha. Tinha umas meninas dançando em cima de uns caras com umas roupas minúsculas.

Mas, quem é nós pra julgar, né?

Gaby me puxou pro bar. mas estava muito ruim andar pela aquela multidão toda. 

Xxx- O que as gatinhas vão querer?- sorriu.

Gaby- 2 whisky com gelo de abacaxi- murmurou, tirando uma nota dos peitos e entregando pro menino.

Xxx- Pra já!

Pegamos as bebidas e fomos pra a pista dançar um pouco. Mas, sem querer, uma garota loira esbarrou em mim. Acabei derramando a minha bebida nela.

Xxx- Caralho, piranha. Tá cega? Não me viu, não? Molhou meu vestido inteiro, devia fazer você secar com a língua.

Eu até ia responder, mas a Gaby ja entrou na minha frente.

Gaby- Não viu que foi sem querer, kauane?  quer arrumar perreco, aqui você não vai arrumar nada. E  outra lava tua boca pra falar da Larissa, caralho- empurrou a menina- a única piranha que tem aqui é você, vagabunda.

A tal da Kauane bufou, estressada. Ela ia falar algo, mas o MC entrou no palco cantando, atraindo sua atenção.

Kauane-  gabriela se eu fosse você escolhia muito bem as suas palavras, porq a vagabunda não fui eu ne. e outra Isso não vai ficar assim- murmurou, rebolando aquele cu de grilo dela pra longe de nós

eu- quem era aquela la?

gaby- i fia, nem perde tempo com essa ai. vale porra nenhuma!

ela me puxa pelo braço e saímos de lá. O cara lá começou a cantar, fazendo todos dançarem no ritmo da música.

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