Luminous angel || Solangelo

O príncipe de Creta

Oii, prestem atenção na imagem da capa, sempre depois que eu faço um resumo e sei o que vai acontecer no capítulo eu procuro fanarts que se encaixem, daí vi esse casal e achei super parecido com Solangelo, bem no fim descobri que é de um livro chamado A canção de Aquiles, quem puder leia (quem quiser me avisa que tenho o pdf), me inspirei em algumas coisas para esse capítulo, até porque eu tava lendo o livro enquanto escrevia.

"— Will, você não está na profecia de Nico por acaso — Afrodite foi sincera — as Moiras apenas reuniram vocês novamente. Há coisas que precisamos que você veja.

— Rachel. — Apolo chamou.

Will a encarou em busca de respostas, mas apenas encontrou os olhos verdes de Delfos."

O dia estava quente de tal forma que a poeira acumulada no campo de treinamento incomodava a garganta dos que observavam, todos davam seu melhor na luta corporal, mas havia uma pessoa em especial que dava o dobro da energia dos outros.

Will, o filho de Meraí, rei de Creta, era alto como boa parte dos que o acompanhavam no campo, mas com toda certeza menos musculoso, estava com seus 10 anos e ainda sim diferente dos outros possuía traços deveras infantis. Seu pai alegava que tal fato se dava pela falta de treino como guerreiro de verdade, mas o que poderia dizer quando passava mais da metade do seu dia em meio a armas praticando?

Era o futuro rei de Creta, o único herdeiro de seu pai, mas não era um orgulho para o mesmo. Sua mãe temia por si, seu menino era especial, porém a forma gentil com que via o mundo não o protegeria quando assumisse o trono.

— Soldados — a voz áspera do treinador os chamou, eram crianças e ainda sim tratados como parte viva do exército.

Aos poucos todos se soltaram de seus oponentes e miraram o homem grande que tinha suas cicatrizes quase escondidas devido ao pelo em seu corpo. Ele estava sério como em todos os outros dias.

— Quero lhes apresentar seu novo colega, Nico — foi quando perceberam o garoto ao lado do treinador — filho de um dos nossos melhores generais, ele e seu pai estavam a mando do rei na ilha de Rodes, mas por motivos pessoais tiveram que retornar. Ele fará parte da nossa equipe agora.

A atenção no garoto não durou mais do que aquela brevê apresentação.

Will percebeu que o outro era mais novo por ser bem menor que a maioria ali, mas o rosto do garoto era sério. A pele oliva, os cabelos pretos desgrenhados denunciavam o pouco cuidado, o queixo pontudo que o dava um ar julgador e olhos tão negros quanto às pedras de obsidiana que geralmente trocavam por sacas de trigo.

Ele era franzino e o príncipe se perguntou se ele de fato aguentaria enfrentar algum dos seus companheiros, não se contava como uma ameaça é claro, era uma negação completa a lutas e fazia com que os garotos que deveriam admirá-lo como futuro rei apenas debochassem de si.

Pelo visto não havia sido o único a pensar tal coisa.

— E um garotinho desses não deveria esperar até ter idade para entrar em nossos treinos?

Ah, crianças de nobres podiam ser extremamente arrogantes quando lhes convinha, aquele em especial Heitor, ele era o pesadelo de Will, vivia lhe desafiando e rindo.

— Senhor, permita-me mostrar o que vim fazer.

A voz do garoto era rouca e baixa, se Will não estivesse focado em estudá-lo nem teria escutado. O treinador sorriu de lado, pegou duas espadas no suporte de madeira, entregou uma ao novato e lançou a outra a Heitor.