~ Diego Hargreeves (The Umbrella Academy)

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Hey! Espero que gostem...

Boa leitura 📖

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Reginald Hargreeves sempre foi um homem desprezível, que apenas nos via como um meio para atingir um fim, por isso quando soube da sua morte não fui capaz de deitar uma única lágrima por ele, e nem sequer foi preciso controlar-me porque simplesmente não senti nada.

Contudo eu sei que os meus irmãos voltarão aquela terrível mansão para fazer o funeral dele e por isso decidi ir também, não por Reginald, mas sim pelos meus irmãos e irmãs que já não vejo há vários anos. No fundo eu sinto a falta deles, foram eles que tornaram todos aqueles anos suportáveis, principalmente o Diego.

Eu e Diego sempre tivemos uma relação.. complicada. Durante os treinos discutíamos imenso e mal conseguíamos olhar um para o outro, contudo entre quatro paredes, sozinhos e no calor dos lençóis nós eramos inteiramente um do outro, sem discussões, sem medos, sem angústias.

Eramos apenas nós e mais nada importava, tudo o resto era insignificante. Assim que percebi o que era o amor, soube que o Diego era o amor da minha vida, e então ele deixou-me. Saiu da Academia sem sequer se despedir, nem uma carta ou um beijo de despedida. Nada.

Passei a viver no Inferno sozinha e dois anos depois reuni coragem e também fugi, e prometi nunca mais voltar os pés nesta casa, mas aqui estou eu, parada à frente da mansão onde vivi durante demasiado tempo, repensando em todos os erros que cometi durante a minha vida para ter vindo parar aqui.

Suspiro mais uma vez e avanço abrindo o portão, subo as escadas e sem pensar demasiado abro a porta. Um nostalgia desagradável surge no meu corpo, olho à volta sentindo cada pedaço do meu corpo arrepiar-se.. Tudo está igual, chega a ser bizarro o quanto esta casa não mudou com os anos.

Uma música começa a soar pela casa, e eu não consigo evitar sorrir. Ando lentamente pelo salão principal e espreito para a sala vendo um homem a dançar de forma descontraída e pelo cinturão de facas que tem na cintura é fácil perceber quem ele é.

- Ainda bem que és bom com facas.. – Uma voa na minha direção passando a centímetros da minha cara. – Já que com os pés deixas muito a desejar.

- E tu és? – Ele pergunta com arrogância.

- Vá lá, Dois... Tanto tempo que passamos a dois na tua cama e já não me reconheces?

- Oito?

Diego anda na minha direção analisando-me de alto a baixo e eu faço exatamente o mesmo: o fato justo realçando os músculos dele, a barba rala, a risca na lateral da cabeça, não há como negá-lo que Diego se tornou um homem bastante atraente.

- Não sabia que virias.. – Ele murmura aproximando-se lentamente.

- Sinceramente não sei muito bem o que estou a fazer aqui, não é como se sentisse pena ou tristeza.

- É, acho que todos pensamos o mesmo, expeto o Luther.

- É.. – Abono a cabeça lentamente em concordância e viro-me para sair da divisão.

- Espera.. – Diego chama-me e embora eu pare de andar, não me viro para ele. – Precisamos de falar.

- Não temos nada para falar.

- Não digas isso. – Ele diz baixo, mas consigo perceber que ele se aproximou.

Apenas abano negativamente a cabeça e saio da sala, mas quando estou no meio da escadaria para ir para o andar de cima, Diego puxa o meu braço fazendo-me desequilibrar e cair para cima dele e como consequência nós rebolamos pelas escadas abaixo acabando no chão ficando eu por cima dele.

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