~ Cinco Hargreeves (The Umbrella Academy)

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Hey! Espero que gostem :)

Boa leitura 📖

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Observo os pingos da chuva a escorregarem lentamente pela janela criando caminhos desconexos e livres - um caminho que eu não tenho a sorte de poder traçar.

Sou a Número Oito da prestigiada Umbrella Academy, ou como eu e os meus irmãos a apelidamos, O Inferno na Terra. Ter Reginald Hargreeves como pai é o pior dos pesadelos que infelizmente é a minha realidade, mas nem tudo é mau.

Pogo é o chimpanzé mais adorável do mundo, Grace trata-nos como verdadeiros filhos, é sempre tão amável connosco que às vezes fico na dúvida se ela é mesmo um robot, e por fim os meus Irmãos que são.. insuportáveis, mas que apesar de tudo estão sempre ao meu lado.

Luther sofre de um complexo enorme de superioridade por ser o "Número Um"; Diego tem um fetiche estanho por facas, já o apanhei algumas vezes a falar com elas; Klaus é o bobo da família, disfarçando as verdades com o seu humor ácido; Allison é a princesa da academia, preocupada mais com a beleza do que qualquer outra coisa; Ben pode dizer-se que é o mais normal, tirando o facto de que esta morto e de que apenas Klaus o consegue ver; Vanya anda sempre de um lado para o outro com o violino, mas tenho de admitir que ela é talentosa.

E por fim, Cinco... Ele é a minha boia salva-vidas no meio de todo este caos, é a pessoa com a qual sou mais próxima nesta casa, ele apoia-me bastante e é sempre atencioso e protetor comigo, o que me faz sentir um pouco especial pois ele não é assim com mais nenhum dos nossos irmãos e irmãs.

Ouço um pequeno bater na porta e logo a seguir o som característico do Cinco a teletransporta-se ecoa no meu quarto o que me faz revirar os olhos.

- 17 anos de convivência e ainda não sabes que precisas de ter a autorização da pessoa para poderes entrar no quarto dela.

- Eu bati. - Ele diz andando até mim.

- Mas eu não dize que podias entrar.

Cinco solta uma pequena gargalhada e senta-se ao meu lado no chão encarando a janela. Nós ficamos em silêncio, o único som que se ouve é o dos pingos da chuva a baterem na janela de forma violenta.

Cinco agarra na minha mão puxando-a para ele e começa a fazer desenhos aleatórios na palma da minha mão, eu mantenho-me quieta seguindo o rasto dos pingos da chuva na janela.

- Eu vou fugir. – Digo ao fim de um tempo em silêncio.

Os desenhos de Cinco param, mas ele mantém a sua mão na minha, sinto os dedos dele na palma da minha mão como um formigueiro. Desvio o meu olhar lentamente para ele, o seu olhar já está em mim e uma sobrancelha está arqueada.

- Não aguento mais isto, Cinco. A pressão, as ordens do pai, os deveres, as obrigações. Estou farta.

- Tu não podes fazer isso.

- Eu vou fazê-lo. - Digo convicta.

- Não. - Ele diz sério. - Tu não me podes deixar.

Encaro Cinco confusa, ele coloca as mãos nas minhas bochechas acariciando-as levemente e aproxima o seu rosto do meu devagar, e sem que eu esteja à espera ele junta os nossos lábios, fecho os olhos por reflexo, mas assim que os lábios deles se mexem contra os meus, eu afasto-me rapidamente e levanto-me.

- Cinco!!! Mas que?? - Grito encarando-o confusa.

- Não me digas que ainda não tinhas reparado que eu gosto de ti.

Cinco levanta-se ficando de frente para mim, eu abro a boca algumas vezes para falar, mas não consigo dizer nada, não sei o que dizer. Não sei como reagir ao que acabou de acontecer.

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