Capitulo 65

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Assim que termino de amamentar as crianças levo de um por um pra dar banho, visto suas roupinhas e penteio os cabelos dos dois, passo uma lavanda e prontinho.

- coisa mais gostosa da minha vida - dou um cheiro nós dois - amo tanto vocês!

- mamãe, será que tem como a senhora me dar um banho também, depois reclama que eu não tomo - Nicole cruza os braços me olhando.

Nicole é ciumenta no mundo, tenho é dó do namorado dela.

- mais claro que tem, vamos deixa mamãe te arrumar - pego ela no braço dando um beijo na mesma.

A porta se abre e a madrinha entra no quarto.

- madrinha olha as crianças que vou dar banho na Nicole agora.

- tabom minha filha, o João tá na cozinha tomando café - se senta na cama pegando um brinquedo.

Vou pro banheiro dando um banho na Nicole e estou na luta pra pentear os cabelos dela que resmunga mais que bode na chuva.

- mamãe isso tá doendo! - choraminga.

- se passasse o creme que eu falo nos cabelos ele não ficava assim - digo calma.

Sei que Nicole é nova mais ela sempre foi vaidosa, tá crescendo e ficando desleixada, por um momento lembrei de quando minha mãe ia pentear meus cabelos, eu chorava toda vez porque ela me ameaçava dizendo que ia mandar raspar kkkkkk.

- aí mamãe, muito trabalho - faz pouco caso.

- tabom então, vou mandar raspar que aí não vai ter trabalho.

- NÃO MAMÃE POR FAVOR!

Essa ameaça sempre dá certo.

- então deixa eu cuidar e pentear aqui! - termino de arrumar ela e desço pra cozinha.

- minha casa virou pensão - bagunço com o João enquanto ele toma café tranquilo.

- e deu pra ser miserável agora foi ? - me ameaça com uma faca de mesa.

- Deus me livre - faço sinal de Cruz e ele rir.

Terminamos de tomar café e eu levo a louça suja pra pia, o João limpa a mesa enquanto a madrinha tá na sala com as crianças.

- Sarah eu posso te perguntar uma coisa? - João me olha sério.

- já está perguntando! - o encaro.

- é sério para de brincadeira... mais enfim, ta mesmo se envolvendo com o Matheus ? - me olha com uma sobrancelha arqueada.

- sim porque ?

- sei lá né, só não quero que você se magoe, e se for pra sentar tem meu colo aqui - faz graça.

João morre de ciúmes de mim e sempre foi de deixar bem nítido pra tudo e pra todos.

- eu sei João, a gente só tá ficando nada muito sério! - dou de ombros.

Assim eu espero, que seja só um fica...

- achava que o pau amigo tinha acabado de novo! - João me olha safado.

- oh meu caro, qualquer dia desses eu jogo os dois dentro de um quarto e me satisfaço com os dois! - me aproximo do João.

- por enquanto você pode se satisfazer muito bem só comigo! - me puxa apertando minha bunda.

- concordo!

Puxo João segurando em sua mão levando ele pro meu quarto.. pra que melhor né sou solteira, jovem e desimpedida e nesse momento a única coisa que eu quero e liberar meus hormônios.

...

- Mika dessa vez me surpreendeu! - olho os carros e as armas.

- que isso Sarah, sabe que isso é fruto do teu trabalho - diz sem graça.

Por um momento encaro o homem ali na minha frente e dou um sorriso de lado, vou até ele e lhe dou um abraço apertado fazendo ele ficar meio sem jeito no início mais retribuindo depois.

- sabe que você é o irmão que eu não tive né - bagunço seu cabelo.

- é, e vc a irmã que eu não tive - joga a chave do carro pra mim.

- tabom de melaçao da pra falar aonde que vai ser o roubo? Tô ansioso - João passa as mãos uma na outra ansioso.

- pra sua informação não vai ser roubo, e o endereço é o hospital BlueShawn - o brutamonte chega simplesmente lindo.

Aí, acho que caiu uma babinha aqui.

João olha pra ele com desdém e eu balanço a cabeça em sinal de positivo.

- é esse endereço, ninguém vai entrar comigo, o trabalho de vocês é conterem os seguranças e fazerem com que eu vá e volte em segurança pro morro - digo calma.

- mais Sarah acho que os seguranças vão querer reagir, sabem como é né... querer ser os heróis e tal - Mika questiona.

- não eles não vão, apenas façam oque eu mandei e dará tudo certo, não esqueceram de nada né ?

- Não - respondem todos em uníssono.

- ótimo.

Entrego a chave do carro pro brutamonte e estamos pronto pra seguir viagem, o caminho foi tranquilo nós separamos um pouco pra não ficar nítido o comboio, chegamos no hospital e assim que o Matheus para o carro ele me puxa dando um beijo caloroso em meus lábios.

- se cuida - diz saindo do carro.

- é meu sobrenome - arrumo o silenciador na minha arma atirando nas câmeras de segurança por perto.

Como já tínhamos nos planejando antes, cada um estava fazendo sua parte, o hospital estava totalmente fechado e nem se passava na cabeça de ninguém oque estava acontecendo.

Éramos apenas fantasmas vagando pelo estacionamento do hospital, por enquanto!

Entro pelas portas do fundo indo até a sala do segurança, não podia falhar, eu estudei cada metro quadrado desse hospital, me preparei exatamente pra este dia, assim que entro na sala o segurança está olhando as câmeras e procurando oque havia de errado com elas, travo a porta silenciosamente até que me sento na cadeira largada no canto da parede.

- olha eu achava que seria mais difícil - digo tranquila olhando pro homem que agora parecia ter visto uma alma na sua frente.

- por favor não faça nada comigo, não tenho nada de valor com que você possa levar - levanta as mãos pra cima.

- tabom moço agora pega a sua arma e entrega ela bem aqui na minha mão é que eu tô cansada - estico as pernas em cima da mesa.

Ele pega a arma e tenta atirar em mim que desvio rápido, dando um tiro no seu pé, ele cai no chão grunhindo de dor.

- olha aí a gente tenta ser legal e da nisso - vou até ele dando vários chutes e murros.

- por favor não me mata, faço tudo que vc quiser - implora.

- hum tô gostando de vê - passo a ponta da minha arma no seu rosto levantando sua cabeça com a mesma - então já pode começar chamando todos os seguranças - dou um sorrisinho pra ele que me olha com medo.

- eu não posso fazer isso.

Dou um tiro no seu outro pé e ele entra em desespero chorando compulsivamente.

- posso contar com você ? - passo a mão na sua cabeça.

- puta - diz entre os dentes.

- ou você ou sua filha amor, tô te dando o direito de escolha ainda, coisa que eu não faço com frequência mais... - coloco a mão na bochecha como se eu tivesse pensando.

- tudo bem eu faço - chora se contorcendo no chão.

- gosto é assim - sorrio - já pode convocar os outros pra uma rápida reunião de emergência! - sento na cadeira esticando meus pés sobre as mesas novamente.

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