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Any Gabrielly

Tenho que aprender a dizer não algumas vezes, mas com a carinha chantagista de Heyoon, implorando com aqueles olhos fofos não tem como dizer o simples não.

Por mais que eu não goste desses tipos de festas, vim por causa de Heyoon. Segundo ela preciso beijar no mínimo cinco bocas essa noite.

Ela só não sabe que a única boca que irei ver é a da garrafa de cerveja, isso se ela não me jogar para cima de qualquer figura masculina que passar em sua frente e talvez a garrafa de água, se eu aguentar o terceiro shot de Tequila pura que Heyoon pediu para mim.

— Vamos lá Any, você merece se divertir. - Diz ao parar ao meu lado, segurando seu quarto copo de bebida.

— Eu já disse Heyoon, não quero beijar ninguém hoje.

— Ao contrário da minha amiga careta e sem graça, eu beijei três pessoas são mesmo tempo. – Arregalo os olhos logo direcionando meu olhar para a mesma.

— Espera, não foi você quem disse que estava manerando?

— Disse, mas o álcool no meu organismo me convenceu.

— E o quê vai fazer agora? Posso ir para casa?

— A festa nem começou ainda Any, deveria sair desse bar e beijar alguma boca, não vai derreter seus lábios.

— Você já não está falando coisa com coisa Heyoon, não acha que já passou do limite?

— Eu só comecei Any.

— Eu sei que está magoada pela traição do idiota do seu ex mas você tem que superar, já fazem dois meses.

— Não estou assim por causa dele. – Nega, logo depois solta um soluço. — Garçom, mais uma. – A mesma faz um sinal com o indicador para o barman do outro lado do bar.

— Heyoon, você trabalha amanhã, não conseguirá nem abrir os olhos daqui algumas horas.

— Foda - se.

— Diz isso pois quem terá que cuidar de você e da sua ressaca sou eu.

— Olha cara. – A mesma aponta para mim mas olhando para o barman na nossa frente. — Minha mãe veio da Coreia para me repreender! – Reviro os olhos e o cara apenas ri, achando toda essa situação divertida.

— Heyoon chega, vamos para casa.

— Quê? Nem pensar! – A mesma pega o copo em cima da bancada. — Eu não saio daqui até ver o sol surgir na janela.

— Heyoon, esse lugar é acústico, não há janelas. – Informo ouvindo a risada do barman.

-— O quê foi cara? Gosta do que vê? – Questiona ao garçom que dá risada.

Já deve estar acostumado a ver pessoas em estados muitos piores, deve estar se divertindo com o fim do poço da minha amiga.

— Heyoon, menos. – Olho para o moreno alto a nossa frente e sorrio de lado. - Desculpe, ela passou um pouco do limite.

— Sei disso, afinal, fui seu maior cúmplice. – Diz se referindo ao estar atrás do balcão.

— Hey gatinho, qual o seu nome? – Heyoon questiona ao moreno em nossa frente, levo os dedos ao meio da testa, querendo me esconder em baixo da bancada do bar.

— Lamar. – Diz simpático, secando os copos de shot sobre o balcão.

— Britânico? – Questiona Heyoon analizando seu sotaque, típico dela.

— Sim.

— Por quê veio para os Estados Unidos? – Heyoon quando bebe fica mais curiosa que o habitual.

VibezWhere stories live. Discover now