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5. Brisa de verão.

Delta: os deltas são semelhantes aos alfas, mas apenas psicologicamente, ou seja, são agressivos e territoriais. Mas na presença de alfas, eles são os segundos em comando e são o braço direito dos alfas.

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O corpo cansado pela longa caminhada ofegava à medida em quê cada passo era dado; as patas grandes se afundando na neve enquanto o olhar atento ainda rondava a paisagem ao seu redor. O enorme lobo branco farejava o ar por puro e completo instinto, temendo um ataque súbito. Não entendia o porquê, mas sentia os seus instintos ainda mais aflorados conforme os batimentos cardíacos aumentavam. Uma repentina e estranha necessidade de estar em casa o inundou, fazendo-o aumentar a velocidade em suas patas deixando para trás o cansaço e visando apenas estar lá o mais rápido possível.

A pelagem branca fundia-se com a neve da mesma cor, apenas os grandes olhos azuis se destacando em meio à imensidão alva. As árvores e demais folhagens passavam pelo alfa como um borrão, deixando para trás apenas as pegadas fortes sob o solo gélido e limpo. O corpo grande movia-se com rapidez, os instintos falando mais alto cada vez que sentia o seu destino final aproximar-se, e Louis pôde contar: à dez metros ele já podia ver sua casa e podia sentir o cheiro que seu lobo pedia desde que partiu, mas que ele só havia se dado conta agora. Parado ali ele não recuou ao se transmutar, retomando a sua forma humana novamente.

O corpo completamente nú não sentia frio algum. Sua pele ainda quente rebatia todo o vento congelante que ousava tocá-la. Os fios longos estavam espalhados de forma brutal pelo seu rosto e ele não fazia questão de importar-se com eles, o alfa queria apenas uma coisa.

Os passos com os pés descalços não eram nem um pouco vacilantes. Pelo contrário: eram cobertos de certeza e convicção; ao abrir a porta o cheiro que antes era apenas um vislumbre agora era um mar de aromas. Ele pôde sentir com mais clareza, quase que degustando a essência de frutas vermelhas; farejando o ar, ele rumou em direção à fragrância impregnante, não demorando para encontrar o dono dela.

Louis o encontrou na sala. O olhar verde focado no alfa, sua expressão não aparentava surpresa ou espanto por encontrá-lo nú e ofegante; Harry estava em pé, no centro do cômodo e Louis não tardou à ir ao seu encontro.
As mãos firmes seguraram com anseio a cintura fina, todo o seu corpo pedindo por aquilo; sentindo o corpo do esposo derreter em seus braços assim que o seu nariz foi de encontro com o pescoço pálido. Seu lobo agitando-se dentro de si em puro êxtase, o peito nú unido ao torço do ômega fazia com que ele sentisse a respiração ritmada do esposo, se acalmando e se contentando por sentir Harry se acalmar também. O instinto gritando para fazer tudo por aquele ômega.

Após embriagar-se com o cheiro de Harry, Louis passou a depositar lambidas fartas na marca a qual ele havia feito assim que se casaram. Ele podia sentir Harry completamente maleável em seus braços, o alfa sentia-se quase que satisfeito; ele simplesmente não conseguia parar de cheirar e inspirar aquilo, era como uma droga e o alfa não queria se livrar dela, pelo menos não por tão cedo.

Ele sentiu o toque leve das mãos pálidas e trêmulas em seu bíceps. Suas respirações engatando juntas e tornando-se apenas uma; havia necessidade ali, havia anseio. Algo que estava longe de suas naturezas humanas, eram os lobos de ambos pedindo por aquilo e eles não tinham como remediar o que seus instintos pediam.

"Obrigado, alfa." A voz doce e hesitante saiu através de uma única respiração, como um sopro baixo.

Louis não entendia o porquê, mas seu lobo sabia o motivo da gratidão e era por isso que ele estava ali.

Alguns minutos nos braços um do outro foi o suficiente para, que sem dizer nada, o alfa retirasse toda a parte de cima que cobria o peito de Harry. A pele branca e alva como a neve que caía lá fora estava completamente exposta para o deleite de Louis; os olhos azuis passavam por ela decorando toda e qualquer parte à vista, não maliciosamente, havia admiração e adoração apenas. Não havia timidez ou estranhamento, por isso, assim que o trabalho de deixar o torço do ômega nú foi feito, o alfa uniu novamente os seus corpos.