Cap. 21

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Chuva congelante pingava entre os galhos dos pinheiros conforme Feyre caminhava meio à névoa com seu traje de combate de couro illyriano, armada com um arco, uma aljava e facas, tremendo como um cão molhado.

Rhys estava alguns metros atrás, carregando a bagagem. Tínham voado bem para o interior das estepes da floresta, tão longe que precisaríam passar a noite ali. Tão longe que ninguém e nada poderia ver outra "gloriosa explosão de chamas e temperamento", como Rhys chamara. Azriel não recebera notícias das minhas irmãs Archeon a respeito da decisão das rainhas, então, tínham tempos de sobra.

Embora Rhys certamente não parecesse ter tempo quando informou a feerica naquela manhã. Mas pelo menos não precisaríam acampar lá fora. Rhys lhe prometeu que havia algum tipo de estalagem para viajantes por perto.

Feyre se virou para onde Rhys caminhava, atrás de si, e viu as imensas asas primeiro. Mor tinha partido antes de sequer acordar, e Cassian estava irritadiço e ansioso no café da manhã... Tanto que ela ficou feliz em partir assim que terminou o mingau. Se sentindo um pouco mal pelos illyrianos que precisariam lidar com ele naquele dia.

Rhys parou quando lhe alcançou, e, mesmo com as árvores e a chuva entre eles, Feyre pode ver suas sobrancelhas se erguerem em uma pergunta silenciosa sobre por que ela tinha parado. Não tínham conversado sobre a Queda das Estrelas ou sobre a Corte dos Pesadelos — e, na noite anterior, enquanto ela se revirava na minúscula cama, decidiu: diversão e distração. Não precisava ser complicado. Manter as coisas puramente físicas... bem, não parecia muito com traição.

Ergueu a mão, sinalizando para que Rhys ficasse onde estava. Depois do dia anterior, não queria que ele se aproximasse muito, para que ela não o queimasse. Ou pior. Rhys fez uma reverência dramática, e Feyre revirou os olhos conforme caminhava até o córrego adiante, contemplando onde poderia, de fato, tentar brincar com o fogo de Beron. Seu fogo.

A cada passo, ela conseguia sentir o olhar de Rhys em suas costas. Talvez estivesse imaginando coisas, mas a ligação entre eles não parecia mais a mesma. Feyre agora conhecia Rhysand o suficiente para saber que normalmente ele estaria a observando, ou melhor, quase a devorando com o olhar, mas isso não ocorria mais, nenhum lampejos de fome tão insaciável que fazia ser difícil se concentrar na tarefa diante de si, e não na sensação das suas mãos acariciando suas coxas, a empurrando contra ele.

O macho estava pensativo, distante. E pela primeira vez com a atenção em algo que não era ela, ela quase se sentia mal em aparentemente ter sido trocada por um pedaço de pano velho. Feyre podia ver muitos sentimentos nos olhos de Rhysand quando olhava para o tecido e mesmo que ele alegasse não saber de quem era, mesmo com a familiaridade, ela soube que estava mentindo para si mesmo. O dono daquele couro era alguém que resurgiu de seu passado e aquilo estava o deixando mais abalado do que imaginava.

ASHLEY × acotar ×Where stories live. Discover now