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Trigésimo nono capítulo: why are you so cold ?


O tempo todo que estive desmaiada sentia espasmos e um frio inexplicável,assim que abro meus olhos vejo que estou na cama, minha visão ainda não esta cem por cento mais vejo um grande borrão que imagino ser Brahms vindo até mim.

- ‘’ mina?....você deve estar com febre ‘’- ele dizia colocando suas mãos sobre  minha testa e meu pescoço ,ele parecia muito preocupado  e suas mãos tremiam .

- ‘’ desculpa Mina.......é minha culpa ‘’- sua voz era séria e sua expressão triste,com dificuldade toco a face de Brahms  colocando meus dedos que estão gelados em suas bochechas.

-‘’ ei....é só uma gripe,não tem como ser culpa sua ‘’- meu corpo está em frangalhos mais eu não suportaria jogar esse peso em Brahms,fazia muito tempo que eu não ficava doente, praticamente anos  e justo agora.......quando moro  aonde Judas perdeu bem mais que as botas e sou a única que dirige  fico mal desse jeito,nem sei mais o que estou sentindo pois é uma mistura de ânsia , febre, e mal estar,desisti de manter meus olhos abertos, enquanto estava sendo punida por todas as minhas ações naquela cama  ouvia os passos em circulos de Brahms, que chegavam a ser repetitivos,dormi por algumas horas já planejando  que precisaria melhorar um pouco  para estar em condições de dirigir até a farmácia mais próxima.
Quando abri meu olhos novamente já estava de manhã,percebo que Brahms trocou minhas roupas,um  pijama preto e macio forra meu corpo agora,mesmo aquecida meus dentes ainda batem de frio,vejo mãos abrirem a porta e sou surpreendida  por Brahms, ele traz na mão esquerda  uma cumbuca com o que parece ser sopa,me sento com dificuldade na cama,assim que estendo minhas mãos e toco a pequena cumbuca de porcelana branca , quase grito me afastando rapidamente pois estava fervendo,não dói para ele segurar aquilo ?
Ele afasta aquilo de perto de mim se sentando na cama, pega a colher e a direciona pra minha boca.

-‘’ abra mina....’’- sua voz esta mais séria que o normal , eu nunca o vi assim,abro minha boca sentindo o gosto da sopa de legumes,não tinha ideia que Brahms  sabia cozinhar, mesmo a sopa estando meio sem sal  admito ter ajudado muito,o semblante do homem a minha frente era inexpressivo  diferentemente de tudo o que ele mostrará a mim todo esse tempo,ele vinha a cada uma hora verificar minha situação, mesmo quando tentava falar com ele o mesmo não me respondia,na tarde  eu já estava entediada de ficar na cama, sabia que Brahms estava  na sala mesmo não havendo  música alguma,coloco meus pés no chão  tentando buscar firmeza e estabilidade,estou tão fraca que pareço uma criança que mal sabe andar,com dificuldade  me arrasto pelos corredores  em direção a porta,cada segundo posso sentir meu corpo doer, ainda tenho febre pois o frio que sinto é anormal,quando finalmente chego a porta vejo pela janela do corredor que a neve esta saindo aos poucos,o inverno está indo embora......

Agarrada ao corrimão eu desço a escada, sei que não estou morrendo mais minha pressão  esta descontrolada,os degraus  parecem nunca ter fim, quando finalmente chego ao final da escadaria me sinto como uma vencedora olimpica ,indo pra cozinha dou de cara com Brahms que  assim que me vê  nem sequer pergunta o que quero e me coloca sobre os ombros.

-‘’ me põe no chão !!!’’- eu esperneava em seu ombro,tentando segurar a ânsia de ficar naquela posição,ele sobe de volta ao quarto e  me coloca na cama ,ele  parece bravo.

-‘’ você ta doente, não é pra sair da cama ‘’- ele afofa os travesseiro para me deitar,envolvo minhas mãos em sua cintura,numa espécie de abraço.

-‘’ estou entediada......fica aqui comigo’’- eu acariciava suas costas tentado o trazer pra perto,mais Brahms mal me olhava,sua frieza é perceptível  e me corta como uma faca afiada,sua atitude me surpreende e me faz pensar, retiro minhas mãos o encarando nos olhos tentando compreender alguma coisa daquela situação.

you belong to BrahmsOnde as histórias ganham vida. Descobre agora