LUA DE SANGUE

Capítulo 9

Capitulo 9

Difícil resistir

- Você acha que foi uma boa ideia deixar os dois sozinhos no quarto?

- Relaxa, Isabely, seu irmão estava salivando pela moça, e ela não parecia indiferente. Fizemos um favor aos dois. - Leon acalma sua prima, deixando ela na sala e indo em direção à cozinha, onde a noviça está.

Escorado na bancada da cozinha, ele olha a moça,  que está sem o hábito no momento.

Deveria aparecer por aqui mais vezes durante a noite. Pensa, admirando as curvas dela, realçadas pela calça fina de algodão e uma regata na cor vermelha, contrastando com os cabelos negros e a pele clara.

Um desejo enorme de se afundar entre os fios cor da noite e marcar a pele alva fazem ele sentir vontade de rosnar, como se seu lobo ainda estivesse ali com ele. Mas ao se lembrar que está amaldiçoado e que seu lobo se foi, Leon tenta afastar o que ameaça tocar seu coração.

- Olha só, decidiu tirar o abajur.
Madalena se assusta, soltando sobre a pia, de uma só vez, os pratos que havia tirado do armário.

- Opa! Cuidado aí. - Leon se levanta e dá a volta na bancada para se aproximar da moça. - Que bom que não quebram. - diz, após dar uma olhada nos pratos.

Madalena sente ele às suas costas, e tem certeza que ele acabou de pegar uma mecha de seu cabelo e cheirar.

- Caralho! É melhor do que eu pensei.-  Leon suspira em meio a um gemido que não conseguiu conter.

- Que diablos estas haciendo? - Madalena se vira, prendendo a respiração  em seguida ao perceber como estão perto.

- Desculpa, amor, faltei na aula de espanhol. - ele brinca e sorri provocante, apenas o canto esquerdo da boca se erguendo sutilmente.

- Perguntei que merda você está fazendo.

- Ho, ho, ho! - zomba. - Você faz suas orações com essa boca suja?

- É um idiota, sabia? - Ele gargalha, irritando-a mais.

A noviça o empurra, querendo seu ar e seu autocontrole de volta, mas Leon segura a mão da moça sobre o peito.

Madre de Dios, que desgraciado. Madalena  difama em pensamento.

- Fala mais na sua língua nativa. É de onde? México?

- Soy colombiana.

- Estou louco para conhecer sua língua . - diz com malícia, esfregando de leve a mão da moça em seu peito.

Puxando forte, em um esforço quase sobre-humano, a noviça consegue retirar sua mão das garras dele.

- Não fale comigo nesse tom indecente, tenha mais respeito. - O repreende. Mas ele parece querer provocar a qualquer custo.

- Você, noviça, - aponta o dedo para ela - me mapeou inteiro com seu olhar quando nos vimos à primeira vez, então, não me venha com moralismo.

Madalena sente o rosto esquentar, mas é de indignação, vontade de estapear o descarado.

- Aquilo foi um pequeno deslize de minha parte e que não vai se repetir. - diz, tentando passar uma certeza que ela mesma não tem. - Além disso, há alguns segundos, você estava em cima de mim e eu espero que também não volte a acontecer. - O adverte.

- Posso garantir que saberá, quando eu estiver em cima de você. - a pele do rosto da noviça toma uma cor rosa e Leon pensa em como gostaria de deixa-la muito mais corada, mas de uma forma bem íntima. De maneiras que deixariam a noviça escandalizada.