Cinderella [Haikyuu!!]

Ni-Juu Ichi

- Para de resistir, não vai valer de nada! - reclama o guarda para o corvo borralheiro que continuava a tentar soltar-se.

- Eu sou inocente! Por favor, o príncipe corre perigo!

- Eu não estou para aturar malucos, Bokuto! - ele grita para o guarda que passava por ali. - Queres trocar o turno comigo só por hoje? Não quero aturar este ladrão até ao porto e ainda no resto da viagem.

- Realmente és um preguiçoso de primeira, vai logo antes que a minha dose de bondade acabe! - o platinado trocou de lugar com o guarda, ficando assim com a responsabilidade de manter Shoyo no lugar. - Então pequeno, porque estavas a roubar? A vida foi injusta contigo?

- Eu sou inocente! - ele remexe os braços até conseguir olhar no rosto do guarda. - Estava só a tentar proteger o Kageyama!

- Mas eu reconheço o teu rosto. - comenta Bokuto ao analisar melhor a pessoa na sua frente.

- Fui eu que dancei com o príncipe na noite do baile! Tu vieste atrás de mim quando eu vim embora! - Ao reconhecer aqueles cabelos platinados cheios de gel, Shoyo viu ali uma esperança de voltar para o castelo.

- De fato és parecido, mas se eu levar um bandido de volta ao palácio por apenas suposições, posso perder o meu cargo ou algo pior, lamento!

- Por favor, eu só preciso conversar com o príncipe! - ele insiste e viu a expressão do guarda ceder aos poucos. - Se o Kageyama mandar-me embora, podem até mandar-me para a forca!

- Tudo bem, tudo bem, não vamos exagerar. - Ele puxa os pulsos do baixinho para mudarem a direção da caminhada. - Farei o que me pedes, mas não te soltarei um minuto, entendido?

- Sim, muitíssimo obrigado!

Assim, o guarda Bokuto Koutaro levou Hinata Shoyo de volta para o castelo e evitou os corredores que ele sabia serem movimentados àquela hora. Tudo no castelo estava uma confusão pelo casamento que aconteceria em menos de duas horas e o platinado não queria chamar a atenção.

Seguiram para o quarto onde Koutaro sabia que o rei e o conde estariam junto com Tobio. Ele bateu, mas como ninguém falou nada e a situação era urgente, ele abriu a porta sem bater de novo e acabou por acertá-la na testa daquele que saía apressado do cómodo.

Juro solenemente não ser normal !!!