Rok

533 72 27
                                    

- A princesa Frederica Eugênia! - anuncia o homem a décima, ou décima primeira princesa da noite. Sinceramente, Tobio já tinha perdido a conta de quantas moças já tinham ido na sua direção.

A princesa fez uma vénia em respeito ao príncipe e quando voltou à postura normal, tentou fazer uma cara sedutora, que apenas conseguiu arrancar de Tobio um longo bocejo. Não que elas não fossem bonitas, mas nenhuma delas tinha despertado a atenção de Kageyama e o rei, que assistia tudo no seu lugar especial, estava a ficar frustrado.

- Ele assim não colabora Daichi! - resmunga vossa majestade. - Será que é por ainda não ter aparecido nenhum moço? O meu filho saiu-se a mim nesse aspeto.

- Paciência meu querido rei. - Daichi não pode deixar de rir da fala de Koshi. - Há de surgir alguém.

Muitos nomes foram ditos, sendo todos eles de moças e nenhuma delas chamou a atenção do príncipe. O rei estava quase a subir pelas paredes de tanta impaciência. Já o seu braço direito apenas ria das caretas de desagrado que Kageyama fazia.

- Mademoiselle Hitoka e mademoiselle Kiyoko! - desta vez foram duas irmãs, que ao chegarem perto do príncipe, fizeram reverências curvadas até demais, fazendo até o rei revirar os olhos.

Mesmo estando com medo das expressões assustadoras das jovens à sua frente, Kageyama fez uma reverência em respeito e quando estava a erguer a cabeça de volta, atrás das duas irmãs na entrada do grande salão, avistou um anjo completamente perdido.

Um anjo com cabelos ruivos, estatura baixa e usava um vestido que não era nada parecido ao das restantes pessoas. Sem hesitar, Kageyama saiu do altar e foi em direção à pessoa perdida.

- Oi! - cumprimenta gentilmente a ruiva, pegando numa das suas mãos protegidas por luvas brancas e dando um beijo delicado. - Aceitas uma dança?

Sugawara e Daichi observaram boquiabertos a atitude do príncipe. O rei ao ver o filho conduzir a suposta dama para o centro do salão, começou a gritar para a orquestra começar logo a música e aos criados para ajustar as luzes. De tão exasperado que estava, quase caia da varanda se não fosse Daichi.

Já Hinata não entendia o porquê daquele moço bonito chamá-lo para dançar assim do nada. Mas afinal aquilo era um baile, onde as pessoas chamavam umas às outras para dançar, certo?

Com estes pensamentos, ele acompanhou os passos do moreno de maneira graciosa, tendo na sua mente as aulas de dança que tinha com o seu pai quando criança. O homem rodopiou-o pelo salão e sorria para si, arrancando suspiros de todos do salão, sendo alguns de encanto e outros de ciúmes.

As irmãs eram do grupo que suspirou de ciúmes, afinal, elas tinham sido trocadas por uma jovem que nunca nem viram no reino, ou acham que nunca viram. A madrasta, também descontente com tudo isto, começou a andar em meio às pessoas, na tentativa de ver melhor o rosto da desconhecida que fisgou a atenção de vossa alteza.

- Parece tão familiar! - murmura para si mesma, tentando chegar mais perto, mas quando ia conseguir mais proximidade, os dois foram para um canto do salão e uma enorme cortina encarnada foi fechada por um criado a ordens do rei.

- Vamos dar-lhe uns momentos a sós para Tobio conhecer melhor a sua possível noiva! - proclamou Sugawara empolgado. - Estou tão cansado, vou confiar no meu filho uma vez na vida. BOKUTO!

Ao gritar o nome do guarda, ele rapidamente apareceu da mesma forma desengonçada de sempre.

- Diz Suga! - Akaashi, que vinha logo atrás de si, bateu com a mão no rosto ao ver a forma informal que o platinado tratou o rei. Eles eram amigos, mas não era educado chamá-lo assim em público.

Cinderella [Haikyuu!!]Место, где живут истории. Откройте их для себя