Juu-Nana

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Ela foi de casa em casa impedir que o sapatinho servisse às moças. Foi bastante cansativo, mas no final ela conseguiu fazer com que os guardas não encontrassem ninguém que calça-se o 34, pelo menos até chegar na sua residência.

- O que foste fazer mãe?

- Fui garantir que ninguém conseguisse calçar aquele maldito sapato! - assim que ela falou, foram ouvidas batidas na porta e a trompete tocada por Akaashi.

- Viemos em ordem de vossa majestade! Somos os oficias Akaashi e Bokuto! - anuncia o mais baixo deles.

- Entrem, sejam bem vindos! Estas são minhas filhas Hitoka e Kiyoko! - Akaashi sentiu-se arrepiar pela voz sombria que a mulher tinha.

- Muito prazer! - dizem as duas irmãs fazendo uma reverência exagerada e lançando olhares ao guarda platinado que deixaram a ele desconfortável e a Keiji zangado.

- Sim sim, muito prazer também! - o de olhos verdes mete-se na frente de Bokuto e estende-lhe a proclamação que teria de ler.

- Ora, vamos lá! - ele coça a garganta levemente para ler aquela mensagem que já estava quase decorada na sua cabeça. - Todos os leais súbditos...

- Desculpe mas já sabemos o motivo da visita de sua graça. Peço que será melhor passar à frente.

- Sim madame. - Concorda Bokuto que já estava farto de ler aquele texto. - A primeira jovem, por favor.

- Kiyoko! - ela empurra a morena para a poltrona, deixando a outra irmã irritada. Akaashi foi na direção dela com o sapatinho e começou a calça-lo e, por um movimento de certo objeto mágico, o sapato serviu perfeitamente.

- Serviu! - anuncia o guarda chocado. Aquela menina em nada se parecia com a donzela do baile de ontem.

- O sapatinho é da minha filha mesmo. Nem na Hitoka servirá se forem experimentar! - diz a madrasta com felicidade explícita na voz.

- Realmente não serve nela. - confirma Keiji ao por o sapato no pé dela. - Bom, parece que temos a primeira e última candidata, podemos ir embora!

- Guarda! - chama um certo ruivo da escada e atrás dele estava um homem enorme com um rato no ombro que sorria debochado para a dona da casa. - Posso experimentar o sapatinho?

- Bom, isto é inesperado. - comenta Akaashi. - Mas com certeza rapaz, senta ai!

"Ele parece-me familiar." - pensa Bokuto.

Asahi, Nishinoya e Hinata acharam muito estranho as mulheres nem se manifestarem, mas decidiram ignorar aquilo por um pequeno momento. Viram o guarda de olhos verdes ajoelhar e tentar encaixar o sapato em seu pé já descalço.

- Desculpa, mas fica largo! - ele diz tristemente e em seguida levanta-se.

- Impossível! Fui eu que dancei com o príncipe ontem! Veja, tenho até o outro par! - ele começa a tatear as próprias roupas, mas os seus pulsos são agarrados pela madrasta.

- Perdoe o nosso criado, ele é muito tolo às vezes. - ela sorri forçado. - Queiram ir na frente com as minhas filhas, preciso ter uma conversinha com ele.

Os guardas começaram a guiar as duas jovens para as carruagens, deixando a mais velha com o criado e o homem de cabelos compridos.

- Pareces confuso, querido.

- Como é que o sapato não serviu no meu pé? Eu é que dancei com o príncipe, tenho até aqui o outro par! - ele finalmente consegue achar o sapato no meio das roupas.

- Podes ter dançado com o príncipe e até podes ter pensado que era amor, mas o sapato serviu apenas à Kiyoko e é com ela que ele vai casar! Aquilo que tu imaginaste ontem à noite, foi um sonho. - Ela arranca o sapato das mãos do outro e larga-o no chão, fazendo com que este partisse e espalhasse milhares de pedaços de cristais pelo piso.

- Não!

- Não quero saber o que vais fazer nem para onde vais, mas não te aproximes do palácio e nem te aproximes do príncipe!

- Para com isso sua velha com tensão sexual acumulada! - Asahi vai na sua direção mas é atingido na barriga pelo bastão da mulher antes dela sair daquela casa o mais rápido possível. - Hinata, eu lamento imenso!

- Eu achei que poderia ter uma vida perfeita para viver! - ele exclama cabisbaixo, deixando algumas lágrimas caírem. - Em apenas uma canção, ontem à noite, eu encontrei tudo aquilo que sonhei e muito mais!

- Hinata, o príncipe sabe com quem ele dançou ontem à noite! - grita Nishinoya que ainda estava em sua forma de rato no ombro de Azumane. - Ele apenas precisa ver-te outra vez!

- Sim! Há uma vida que me espera e eu não vou ficar aqui parado à espera que ela venha ter comigo. Vou entrar naquele palácio e mostrar a Kageyama que a pessoa com quem ele dançou ontem não foi uma princesa ou uma nobre, mas sim Hinata Shoyo.

- Isso mesmo! - comemora Asahi e em seguida os três saem de casa em direção à trilha que leva ao palácio.












Juro solenemente não ser normal !!!




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