- Capítulo 33 -

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- GAEL CARTIER -

— Shhh. Não façam tanto barulho, meninas. Tem uma criança dormindo na casa.

— Oh... gostoso... não sabia que gostava de crianças — Susana, a loira disse enquanto desabotoava minha camisa social.

Eu também não sabia, até conhecer Isabel, pensei.

— Oh... — Larissa, a ruiva esticou um biquinho enquanto me beijava na orelha. — Porque não nos corrige papai, eu gosto de ser corrigida com palmadas bem aqui no bumbum...

Revirei os olhos com aquela frase. Eu odiava aquele tipo de fetiche.

— É papai, venha nos ensinar... — Monique a morena falou abrindo o zíper da minha calça. — Estou pronta para aprender...

Todas elas riram juntas.

— Você parece tenso — Ouvi o sussurro de Susana próximo do meu ouvido.

— Eu estou tenso.

— Então, me deixa te relaxar... — Monique falou abrindo completamente o zíper da minha calça.

Bem, eu estava fazendo aquilo só para dar uma lição em Joana, mas como dizem: a carne é fraca, resolvi me aproveitar da vingança. Fechei os olhos sentindo a boca quente de Susana percorrer meu membro rígido de cima a baixo enquanto as outras meninas me massageavam.

Fechei os olhos absorvendo o prazer proporcionado pela deliciosa língua da mulher, enquanto lutava contra minha própria mente, que insistia em personificar a imagem de Joana no lugar de Susana.

Estava bom demais... até...

— Gael! — Ouvi a voz de Joana junto de algumas esmurradas impacientes na porta. — Gael!

Não é possível!

Me levantei da cama às pressas, fechei o zíper da minha calça e abotoei a camisa.

— Abre a droga dessa porta, ou eu vou arrombar! — ela insistia, com o tom de voz rouco e enfurecido.

Respirei fundo, me aproximei da porta e girei a maçaneta. Joana passou por mim como um raio, com as mãos na cintura e o olhar furioso.

— Você já se deu conta que nessa casa vive uma criança?

Coloquei as mãos na cintura e a encarei.

— E, você já se deu conta de que essa casa é minha?

— Não importa! Você me trouxe para morar aqui, então deve respeito, a mim e a minha filha! Ou você é tão sem escrúpulos que nem mesmo se importa que uma criança de seis anos veja seus maus exemplos?

— Joana eu faço o que quero aqui. Essa casa é minha, em qual parte disso, você não entendeu? — Falei ríspido.

— Vamos ver... — Ela lançou um olhar frio para as minhas três acompanhantes. — E vocês três?

Susana que estava debruçada sobre a cama deu um tchauzinho debochado para Joana, e aquilo foi o resto do pavio que faltava para que Joana explodisse.

Ela avançou para cima da cama e puxou Susana pelos cabelos.

— Vai embora, sua vagabunda!

— Me solta sua maluca — Susana retrucou sendo empurrada para a porta.

— Vamos! Eu quero todas vocês fora dessa casa, agora! — Joana gritou furiosa.

As meninas me olharam assustadas.

— Vão. Depois eu acerto com vocês o pagamento — falei.

Elas pegaram suas coisas e saíram do quarto.

Joana com a mão na cintura escoltava cada movimento que elas faziam como um cão de guarda. E, quando finalmente elas se foram, ela esbravejou em minha direção:

— Você não tem vergonha nessa cara? Trazer esse tipo de mulher para uma casa de família?

— Ahhh! — Joguei os braços pro alto em ironia. — Agora é uma casa de família? E ontem, o que você fez, foi coisa de uma mulher de família?

Seu rosto ficou corado e constrangido.

— Cala a boca, Gael! Você não passa de um...

Eu já estava sem paciência para aturar as histerias de Joana, confesso.

— Já chega! — Gritei calando sua fala. — Você é uma ingrata! Não sabe agradecer nada do que eu tenho feito por você! Só sabe me maltratar e dizer o quanto seu caráter é superior ao meu, mas ontem foi você quem veio se esfregar em mim descaradamente!

Seus lábios começaram a tremer, Joana já não parecia mais uma mulher forte decidida a impor sua opinião, ela parecia frágil. Me senti péssimo por estar discutindo com ela. E quando pensei que a discussão ia acabar ela voltou a retrucar com as bochechas vermelhas e os olhos marejados.

— Eu estou infeliz, Gael! Infeliz! Mas você não percebe isso. Você não passa de um rico imbecil que acha que a melhor forma de se vingar de uma mulher desprotegida é amedrontando-a... eu odeio você Gael... eu odeio você!

E, enquanto eu enchia os pulmões de ar para responder a altura, ouvimos o choro da pequena Isabel dentro do quarto.

— Não briguem... não briguem... — Ela entrou no quarto usando seu pijaminha rosa, limpando os olhinhos e tossindo.

Joana controlou seus ânimos.

— Não meu amor, não estamos brigando — pegou a filha no colo.

E, quando ela tocou na menina, arregalou os olhos.

— Meu Deus, filha, você está queimando de febre.

Me aproximei observando aquela cena.
E quando toquei na testa da pequena, me convenci de que...

— Venha, vamos levá-la para o hospital, agora!

— Venha, vamos levá-la para o hospital, agora!

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