Capítulo 04: Sangue

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Eu me lembro de uma vez em que eu perguntei para minha mãe o que ela achava sobre imortalidade, ela me respondeu do mesmo jeito desinteressado de sempre: "Isso não existe e nunca vai existir."

Eu queria que isso fosse verdade. É como dizem: nunca diga nunca.....

Aqui estou eu pesquisando sobre aquela Pizzaria dos horrores, tenho grandes motivos para chamá-la assim; alguns anos atrás ela havia sido fechada por causa do desaparecimento de cinco crianças, elas provavelmente foram mortas, mas nunca encontraram seus corpos. Humores dizem que um dos funcionários havia vestido uma fantasia antiga que tinha lá e matou as crianças, o suspeito foi preso, mas como era apenas humores ele logo foi solto.

Essa Pizzaria me surpreende cada vez mais, e também me deixa cada vez mais assustada!

-- Sarah! -- acabei pulando de susto na cadeira quando ouvi alguém me chamar, era minha mãe. -- A Christa tá aqui!

Christa é a minha melhor e única amiga, costumo contar mais sobre a minha vida pra ela do que pra minha mãe, mas até agora eu não contei nada sobre o meu emprego com ela, isso tá me enlouquecendo. Eu logo fechei meu Notebook e levantei da cadeira, assim que eu me virei na direção da minha cama quase tive uma parada cardíaca; tinha outra pelúcia do Freddy dourado em cima da pequena cômoda ao lado da minha cama, e como o anterior, os olhos negros com bolinhas brancas olhavam diretamente pra mim.

Saí de mim, demônio!

Eu fui até a pelúcia e a peguei, mas dessa vez não a joguei pela janela, em vez disso a colquei na minha mochila junto das coisas que eu havia pesquisado e impremido, então saí do meu quarto e fui até a sala; Christa me esperava pacientemente sentada no sofá enquanto minha mãe estava trabalhando em seu Notebook sentada na poltrona. Como sempre, ela nem olha pra mim.

-- Vamos, Christa. -- a chamei já indo pra porta.

-- Ok. -- ouvi ela murmurar enquanto levantava, então olhou pra minha mãe com um sorriso amigável e acenou pra mesma. -- Até mais, Sra. Cherry!

-- Até.

Nós duas saímos e fomos até uma lanchonete que costumamos usar pra conversar enquanto comíamos, eu acabei contando sobre o caso das crianças desaparecidas e sobre os animatronics tentarem me matar todas as noites.

-- Meus Deus, Sarah! -- ela exclamou depois de ficar alguns segundos quieta, provavelmente estava digerindo toda a informação repentina. -- Por quê você ainda tá trabalhando lá?!

-- Sshhh! Fala baixo! -- susurrei vendo algumas pessoas olharem pra nós, mas logo voltaram a cuidar de suas vidas.

-- Desculpa.

-- Tá tudo bem. Bem, eu não sei porquê eu ainda tô trabalhando lá, mas uma parte de mim diz pra mim ficar lá!

-- Mano, aquele lugar tá enlouquecendo você! -- eu esqueci de dizer que ela é um pouco dramática as vezes.

-- Eu não tô enlouquecendo! -- falei um pouco alto, mas logo me acalmei e respirei fundo antes de voltar a falar. -- Mas tem alguma coisa naquele lugar que fica me atraindo, eu só não sei o que é.

-- E se os animatronics forem assombrados?

-- Isso não existe.

-- Você não sabe disso! -- e lá vem ela com essa história de fantasmas. -- Pensa bem, os casos dos Guardas Noturnos que enlouqueceram nos primeiros dias de serviço começaram depois da reabertura da Pizzaria, depois que o caso das crianças desaparecidas foi encerrado por falta de pistas.

-- E o que isso tem haver?

-- É bem óbvio que as crianças possuíram os animatronics e agora vagam em busca de vingança!

Five Nights at Freddy's: Uma História que Deve Ser ContadaWhere stories live. Discover now