E P Í L O G O

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            D O C E   F A M Í L I A

—Amor, o que tanto falava com minha mãe, que não parava de rir?

—Ela estava reclamando do silêncio da casa da sua tia, disse que vem embora amanhã, não aguenta mais de saudades  dos netos e do seus gritos.

—Eu falei para ela não ir, todas as vezes ela cede  ao pedido da Lívia. Está  na mais do que  na hora da minha prima cuidar da loja.

—Ela falou que sente falta até dos cachorros e dos gatos, meu barbudo, sua mãe é a alma daquela loja!

—Por falar em bichos temos que levá-los na Sabina, acrescente isso na nossa agenda da semana. Dona Helena com certeza chegará  com sacolas de doces.

—A vovô doce, com certeza já deve ter as sacolas cheias. Os meninos estão na cama?

—Sim, agora é a vez da mocinha dengosa, vamos clarinha para sua cama, o papai te leva, dá beijo na mãe de boa noite.

—Te amo meu coração, até amanhã! Beijo no  irmão, outro na irmazinha.

—Pai, nos braços também sou bebé.

—Minha bebê amanhã tem aula, já volto para pegar meu homenzinho.

Casamos após seis meses do pedido, após mais dois meses a adoção definitiva do Leonardo e da Clara nos foi concedida, com mais um ano tivemos nosso quarto filho, Vinícius, lindo como o pai, herdou a cor dos seus olhos.

—Amor, a Clarinha tem dentista na quinta, vê pra mim se é no mesmo horário da consulta do Lucas. –ele pergunta ao retornar.

—Não. A psicóloga do Lucas são as duas horas, dá tempo para as duas coisas.

—Que bom, depois do dentista da Clara irei levar meu filho para comprar novas canetas e material de pintura. –pega  o Vini nos braços. —Meu hominho está dormindo, nossa como meu bebê está pesado.

Há dois anos o Victor tornou-se o  pai do meu filhote. Consegui provar que o Matias não era um bom pai, que muitas vezes colocou sua vida em risco, sofria mal tratos dele e de sua esposa, o que fez eles perderem a guarda das filhas, há um ano atrás soube que estavam lutando para reaver seu poder de volta, mas não sei se conseguiu. Definitivamente o risquei da nossa vida.

Hoje o Lucas com doze anos, é outra criança, ainda continua fazendo acompanhamento psicológico, mas  agora tem um pai de verdade que o ama sem fazer diferença dos outros filhos, o amor que recebe não é medido pelo o que faz.

—Enquato você leva nosso hominho, eu ponho a Alicia no berço.

Com o nascimento do nosso filho, compramos uma casa no mesmo condomínio do Marcos, morando mais perto da minha amiga Dilen estamos sempre juntas.

—Pronto amor, por hoje terminei de por nossos filhos na cama, só falta minha princesa.

—Victor, cuidado não vá acordá-la, você beija tanto ela no berço que depois ela quer peito.

Toda noite é assim, mesmo se não for ele que ponha as crianças na cama, mas tem que ir em cada uma e dar seu beijo de boa noite.

—Agora, falta minha morena na nossa cama, vamos!

A  Cláudia trabalha no orfanato ao lado da Beta, elas fazem um trabalho tão  bom que foi reconhecido pelo prefeito da cidade, tornando-se referência para outros, principalmente no que se refere aos adolescentes que infelizmente não conseguiram ser adotados.

Hoje tenho a família que sempre desejei, o amor da minha vida ao meu lado, filhos que literalmente ocupam todo meu tempo, amigos que são  uma grande família e minha mãe morando comigo.

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