F E B R E D A R E C O N C I L I A Ç Ã O

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Estou tendo dificuldades em como seguir  sem a Cal e não ligar sempre que tenho vontade, tudo porque esse meu defeito de não avançar, respeitar os limites que os outros me impõe. As vezes gostaria de ser como alguns homens envolver sem importar‐se com o que vai acontecer, mas simplesmente não consigo.

Ainda sinto meu corpo quente, pensar na minha morena não está ajudando-me a sentir melhor. Abro os olhos para ver a claridade do meu quarto, sei que a Sabina já deve ter ido embora, mas as cortinas estão fechadas, viro o meu corpo dolorido, pisco várias vezes até meus  olhos acostumarem com o ambiente, vejo a Cláudia sentada na poltrona, sorrio com a visão.

—A febre ainda está alta, estou vendo você aqui do meu lado.

—Como está Victor? –Sua voz grave enche o quarto silencioso.

—Você está aqui mesmo, não é delírio? –Sento rápido quando escuto sua voz.

Ela levanta e dar um beliscão no meu braço.

—AI! Por que fez isso? E não um beijo, que maldade. Não é assim que trata um doente.

—Estou vendo que está bem melhor, já está fazendo gracinha.

Apoio meu corpo na cabeceira da cama, olho para ela em pé ao meu lado, seguro sua mão.

—A Sabina ligou para você? Onde ela está? Senta aqui.

—Sim. Ela já foi embora, disse que seus bichos estavam reclamando sua presença.

—Isso é próprio dela, seus bichos em primeior lugar. Desculpa, ela não devia ter te chamado, consigo ficar sozinho.

—Essas são minhas palavras, estou aqui porque quero. O quê  está sentido?

—Tudo dói Cal, cabeça, corpo, garganta. É hora de medicamento?

—Não. Quer tomar um banho, fiz comida para você, assim troco esses lençóis já que suou um pouco.

—Não estou com fome. E o Lucas?

—Na escola. Mais tarde irei pegá‐lo. Vá tomar banho, irá ajudar com  a febre.

—Não quer me ajudar? Estou fraco... brincadeira. –Desisto com a cara feia quem faz para mim.

Ao sair do banho, a cama está arrumada, vou para a cozinha onde ela esta pondo um prato com sopa.

—Morena, não vou conseguir comer isso tudo!

—Tenta, você não pode ficar com o estômago vazio. Também fiz suco.

Tento comer, mas é difícil com a garganta doendo. Ela senta ao meu lado com um copo de suco.

—Você precisa fazer compras, seu refrigerador está vazio.

—Tenho estado pouco em casa, estou comendo mais fora. Vou pedir a feira pelo aplicativo é mais prático para mim.

—Tome o suco!

—Obrigado. Mas não desce mais nada.

—Victor hoje esteve uma mulher à sua procura. -–Ela levanta e volta com um papel na mão.

—Meu Deus Cláudia, era da Vara da infância? –ela confirma com a cabeça. —O que ela falou, vai voltar quando? Não acredito, por que não me acordou?

—Desculpas, percebi que era importante, mas no estado que estava com febre, pois verifiquei na hora para ela ver, não iria responder nada com coerência.Nao se preocupe ela irá voltar. Explicou que era apenas para conhecer sua casa, ver o ambiente onde pretende criar um filho. Por que não falou para mim que iria adotar uma criança?

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