A F R O N T A A O P A S S A D O

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—Acho melhor você mandar suas filhas para o quarto... estou esperando não tenho toda a noite –ele pede que as meninas fiquem no quarto vendo tv.  —Muito bem, gosto assim obediente, aliás se quisesse saber do Lucas não o largaria no hospital desmaiado por uma agressão que sua mulher fez...

—Cláudia não é... –ele tenta se aproximar. —Eu posso explicar, Arlete estava nervosa, foi sem pensar...

—E todas as vezes que fica nervosa desconta no meu filho e você como pai não o defendeu, em vez disso chantagiou  para não falar nada para mim...

—Não foi assim eu só pedi que não falasse para você...

—Cala a boca seu traste! Fez meu filho mentir falando que foi na escola que havia se machucado, quando foram vocês que o agrediu. Por isso toda aquela preocupação, ligando, usando de gentileza comigo, falando manso.

—Eu queria proteger meu filho...

—Agora ele é seu filho, mas todos esses anos o rejeitou ao ponto de precisar de uma psicóloga, agora quantos anos de terapia ele terá  que fazer para aceitar que o homem que deveria protegê-lo o ameaçou?

—Alerte está arrependida, fala para ela!

Ela simplesmente abaixa a cabeça e cruza os braços ignorando o que o marido falou.

—Quantas vezes ele não queria vir e o forcei, todos esses anos impondo a ele um pai que nunca o quis. Até desejou que não tivesse nascido, eu também tenho culpa, porque joguei meu filho na cova dos leões todos esses anos.

Ando de um lado para o outro sem desviar os olhos deles. Me aproximo dela ao ver que minhas palavras não a fizeram se mover.

—Se tinha raiva por que não veio até a mim, conversava e colocava todo esse ódio para fora, batia em mim e não em uma criança, você não é mãe? Será que agride suas filhas também? Responda só tem  coragem para bater  em um menino indefeso e jogá-lo em uma parede

Ela se afasta indo para perto do marido, quando chuto a parede, com a intenção de intimidá-los estou com a roupa de segurança .

—Você não tem provas que eu fiz isso...

—Até quando acha que meu filho iria ficar calado, tenho provas, além da fala dele ainda tem um laudo médico comprovando que foi agredido e, se não sabe uma conversa com uma especialista pode provar que ele não está mentindo, sua idiota, dessa vez não irão escapar.

—Cláudia por favor minhas filhas...

Avanço em seu pescoço e o prenso em uma parede.

—Suas filhas e o meu filho? Por que nunca lembra dele, não sabe a dor que causa quando fala isso,  tudo que nosso... tudo que meu filho gostaria de ouvir é  que o ama, que ele é também importante para você seu traste.

Solto seu pescoço quando bate em meu braço, antes que o sufoque, afasto dele.
Olho para o sofá imundo e fedorento.

—Aonde meu filho dormia quando estava aqui? Onde ele dormia? –grito quando não respondem. —Querem que eu invada o quarto das meninas para descobrir?

Aponto para o quarto, ao me ver dar um passo ele responde.

—Neste sofá... as vezes em um colchão no quarto das meninas...

Derrubo o sofá descontando minha raiva nele, vou em direção à eles.

—Por sua causa meu filho pegou uma bactéria, dormindo nessa sujeira, praticamente no chão, quantas vezes tentou matar meu filho?  –falo diretatamente para Alerte.

—Eu nunca quis matá-lo só te fazer sofrer...

Seguro-a pelo pescoço e esfrego seu rosto no sofá, segurando seu braço para trás deixando-a imobilizada, ela tenta gritar , mas não consegue com sua boca colada no tecido sujo.

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