•||•Troublemaker•||• Lucius e Snape •||•PT •BR•||

9• Noite mal dormida》

O resto da noite foi tranquila, pomfrey os deixou sozinhos por um longo tempo enquanto pesquisava em sua sala privada, o que resultou nos dois homens refletindo e pensando na situação e na humilhação que era ter que ficar ali, servindo de remédio para Rachell, lá pelas 5 da manhã Lucius cedeu ao sono e vagarosamente se acomodou, deitando ao lado da garota, logo Severus fez o mesmo, a cama era pequena o que fez com que os três tivessem que se apertar , grudando seus corpos, a menina não viu problema naquilo, somente se aninhava ainda mais abraçando Snape que deitou de frente  pra si, afundando o rosto no peito do mesmo, enquanto segurava um dos braços do Malfoy, fazendo ele a abraçar e dormir de cochinha consigo.
   A situação que a beta encontrou quando voltou pra enfermaria  pelas 6 e meia da manhã, foi de aquecer o coração, a preocupação da mulher se foi por algum tempo, e um sorriso gentil se formou nos lábios da senhora ao observar melhor os três adormecidos, a garota estava deitada voltada pra cima,seus braços dobrados sobre o busto, parecia confortável e acolhedor, já severus estava com o rosto enfiado na curva do pescoço da menor e parecia dormir profundamente enquanto seus braços rodeavam a cintura de Rachell, e Lucius usava um de seus braços como travesseiro pra si e para a morena, ficando assim bem perto do rosto dela, já o outro braço repousava em cima da barriga da garota, eles pareciam duas muralhas protegendo a garota, a mulher achou incrível que mesmo que os três tenham cabelos compridos nenhum deles parecia bagunçado,e o mais impressionante ainda era que mesmo dormindo não haviam baixado a guarda, somente seus feromônios haviam diminuído, agora somente dava pra senti-los perto dos três.
      Assim  como os alfas haviam pedido, a mulher não falou nada a minerva e nem a doumbledore, por mais que ela não tenha gostado da descisão, não havia problema já que a garota não havia apresentado sinais de que iria piorar. Os raios de sol mesmo que fracos, já adentrava o local, o clima fresco ainda estava presente, o que preocupava a mulher de que os dois homens poderiam pegar um resfriado devido ao frio da noite, já que infelizmente não haviam cobertores na enfermaria, mas somente os dois possivelmente ficariam resfriados já que a menina está sendo aquecida pelo calor corporal de ambos, tentando tirar as preocupações de sua mente, a beta decide que mais tarde ela se desculparia pelo ocorrido.

      Andando de um lado pro outro pela Enfermaria, a mulher já se preparava pra mais um dia de trabalho, por mais que ela não tivesse dormido muito na noite anterior, não poderia deixar seu trabalho de lado, tomando um pouco de poção revitalizante ela começa seus dia, abrir as janelas, arrumar as cortinas,checar todas as camas( menos a dos adormecidos) , conferir os remédios, poções e livros,por fim ela pega a chave para abrir a porta do lugar, mas  antes de colocar a chave no trinco, a beta resolve que é melhor acordar os três para que não fossem "pegos" naquela situação,  ela sabia que odiariam isso.
    Mas.....como devia fazer isso? A mulher cansada não queria ter que lidar com os dois resmungoes logo pela manhã, além disso seria vergonhoso chama-los para que acordem, e não iria tocá-los de jeito nenhum para isso, ela tem amor a vida o suficiente para não tentar.
     Desistindo da ideia, a mulher decide que é melhor chamar alguém que saiba lidar melhor com aqueles dois, afinal seu trabalho era somente cuidar dos alunos e de pessoas doentes não ser insultada por alguém mal-humorado de manhã, decidida ela sai do lugar encostando a porta para que não perturbem.

     Alguns minutos depois de pomfrey sair, logo pode ser ouvido um farfalhar ecoar pela enfermaria, Snape sentou-se devagar absorvendo a informação da noite anterior, logo seu movimento foi repetido por Lucius que sentiu a movimentação na cama e acordou um pouco confuso, ele massageou suas têmporas  enquanto acordava definitivamente e se acostumava com a claridade do lugar, ao ver a garota dormindo tranquilamente , uma onda de desprezo invadiu seu ser, desprezo por ela? Não,  desprezo e indignação por si mesmo, por ter se metido naquilo e não ter sido forte o suficiente para sair por aquela porta e deixar a garota para trás, já Severo suspirava alto indignado e irritado, ele não era uma pessoa matutina e não acordava de bom humor, não que ele tivesse algum momento de bom humor.
        Algo que os dois não iriam ignorar era sua higiene de manhã,  mesmo sem seus utensílios para tal, havia um feitiço simples para burlar  isso, não era tão eficaz quanto escovar os dentes e lavar o rosto normalmente mas era bem melhor que nada, os dois o fizeram sem dizer nada e também o lançamna garota,  um feitiço tão simples não precisava ser dito.
    O malfoy se levanta analisando suas roupas agora amassadas pela posição em que dormiu, falando nisso, suas roupas não foram as únicas prejudicadas por isso, seu corpo também estava dolorido por não poder se mexer muito durante a noite e por causa do colchão ruim da maca, e Severo não estava alheio a esse estado, se encontrava da mesma forma ,só um pouco mais irritado do que loiro.
    Rapidamente a porta é aberta revelando Minerva, pomfrey e um jovem carregando um caixa, eles entram apressados no local, minerva parecia irritada,e pomfrey um pouco preocupada enquanto ajudava o homem a levar a caixa ao lugar certo.

-O Que Vocês Estavam Pensando?!- Mcgonagall começa já levemente alterada, ela se referia a briga dos dois alfas na noite passada que desencadeou tudo que estava acontecendo agora.

-Um bom dia pra você também, Minerva.- Severus fala em seus costumeiro tom indiferente, ele puxa sua capa das mãos atrevidas de Rachell ao se levantar, assumindo sua pose superior de sempre.

-Todos Nesse lugar Sabem Que É Extritamente Proibido Usar Os Feromônios Contra Os Outros!!- A mais velha Para bruscamente de frente pra eles, a garota que ainda dormia, se remexe na cama, provavelmente em busca dos corpos que a abraçavam minutos atrás.

- Não usamos nada contra ninguém,ela estava nos espiando, não vou ser culpado pela curiosidade dela!- Lucius fala firme, não iria abaixar  cabeça pra ninguém, seu orgulho não permitia.

- Vamos nos acalmar. Ela esta bem, só precisamos da poção de subgênero .- Pomfrey diz tentando diminuir a tensão em sua enfermeira, aquilo não seria bom pra sua paciente.

     Por um momento pareceu funcionar, Snape havia aberto a caixa que o jovem trouxe, já sabendo que era a encomenda dos ingredientes que faltavam para a poção, ele analisava cada frasco e separava os certos os tirando da caixa, enquanto isso Minerva e Lucius se encaravam, provavelmente uma disputa de alfa pra alfa.

-Sr. Snape vai me ajudar a preparar a poção, poderiam me avisar se ela acordar?- Pomfrey diz o mais gentil que conseguiu, enquanto severo levava os frascos para a sala privada da beta.

- Claro.- Mcgonagall oferece um sorriso fraco para a mulher que sai apressadamente, logo voltando com a face fechada para o loiro.

      Eles ficaram em silêncio, Lucius não iria puxar conversa nem coisa do tipo, não estava ali pra socializar e com  com certeza não queria falar com a alfa "desprezível" a sua frente, e minerva, com toda a paciência que lhe restava observou a garota adormecida, era seu segundo dia naquele trabalho e já estava em uma situação complicada, claro, não era totalmente culpa dela, mas será que Severus tinha razão e a garota não era a melhor opção para o cargo?Talvez ela traga problemas...

      Porém seus pensamentos foram cortados pelo barulho abrupto da garota se sentando na cama em um pulo, como se tivesse levado um susto enorme, com Rachell agora acordada e confusa,o Malfoy a observa de canto de olho, nem mesmo um olhar direto ele deu a garota, "já fez demais por ela em uma unica noite",ele pensava.
      Num suspiro de alívio mas também carregado de preocupação, a alfa se aproxima da maca, parando perto o suficiente para que ela a notasse. A menina ergue o olhar, fitando a mulher confusa, ela se sentia fraca, e dolorida, também sentia, mesmo que lá no fundo, um vazio no peito mesmo que o mesmo parecesse estar em chamas, era totalmente contraditório.

- A Srta desmaiou ontem, se lembra de algo?- A mulher faz a primeira pergunta, mas não obtem resposta, a garota parecia zonza, ela olhava em volta como se nunca tivesse visto o lugar na vida, seus olhos pareciam mortos, não havia o brilho característico dela ali, era preocupante.
  A menina percorria o olhar por todo o local, parecia estava vasculhando em busca de algo..... ou Alguém, a menina sentia sua respiração falhar novamente, não sabia o por que mas agora estava conscientemente buscando por algo que nem ao menos sabia o que era, seu coração queimava e ardia, as mãos frias começaram a tremer, e o desespero começar a adentra sua mente, aquela angústia não era de todo estranha pra ela, não se lembra mas já sentiu aquilo, sim! Antes de perder a consciência se sentia exatamente assim! Seus olhos encheram d'água, ela iria chorar se não achasse seja lá o que procurava.
       Ao ver a menina se sentar, lucius deu alguns passos para trás, ficando ao lado da cama, mas fora da visão da garota, não queria lidar com ela agora, tudo que queria era resolver seus assuntos em Hogwarts e voltar para Malfoy Manor,  mas sabia que não seria possível, afinal tinha uma missão a cumprir, e aquela menina estava o atrapalhando, atrasando seus deveres, ela definitivamente era uma pedra no caminho, mas ao contrário do que o loiro pensava,  ela não era uma pedrinha que poderia chutar de seu caminho, ela com tempo, cresceu e se firmou no chão,  agora não havia quem tirasse ela de sua vida facilmente, e ele odiava admitir isso mas as vezes até gostava da companhia dela, por isso, ao ver o pequeno corpo da garota tremer das cabeça aos pés e o desespero invadir sua mente, tanto na noite anterior quanto nessa manhã agitada, seu corpo agiu por impulso, odiava,odiava a si mesmo por agir tão inconsequentemente, odiava a si mesmo por sentir seu coração apertar ao ver agarota naquele estado.
    Contrariando seus pensamentos egoístas, seu orgulho, sua reputação,  todo seus ser, o homem fez a primeira coisa que estava a seu seu alcance .