Assim que percebi que o Danilo me olhava, apenas saí de onde eu tava e entrei pro bar. Não tava nem um pouco afim de olhar na cara dele, e saí até pra evitar que ele viesse até mim.
Eu que muitas pessoas levariam essa minha atitude como uma atitude de uma pessoa totalmente imatura, pior que criança mesmo, mas eu realmente não ligo!
Pra mim foi sim uma sacanagem da parte dos dois, mas principalmente da Ísis, pq ela sabe muito bem da minha história com a Milena, ela sabe das minhas brigas com a Milena e sabe que tudo isso é pq eu sei que a Milena tava com o Danilo por interesse. E cara, mesmo sabendo disso tudo, ela vai lá e faz a mesma coisa? Tomar no cú, mané.
Fiquei muito revoltada mesmo, e sei que agora nem consigo mais olhar nem na cara da Ísis e nem na cara do Danilo.
Não digo que isso será eternamente, mas digo que será até o momento que eu me sentir totalmente bem e confortável pra conversar com eles dois numa boa, sem surtar!
Aí cara, e na real mesmo, eu tô em um momento da vida que não tô querendo render pra ninguém, apenas quero minha paz, que é oque eu tô pedindo a Deus todos os dias.
Nem mesmo pro o Artur eu não tô rendendo, aliás, nenhum de nós dois não estamos rendendo um para o outro, pq agora ele só anda com a Loira lá. Parecem até namorados, tenho quase certeza que são, mas tô como? Nem ligando pra isso, com isso ele só me fez ter certeza de que não é hora de demonstrar sentimentos.
Senti alguém tocar meu ombro e me virei, vendo o Léo atrás de mim, com um sorriso no rosto.
Sorri fraco e ele puxou uma cadeira, se sentando ao meu lado.
Léo: Dá o papo, tá toda assim pq? - Olhou pra mim e eu desviei o olhar, suspirando alto.
Lavínia: Aconteceu algumas coisas, sabe? Eu já não tava bem, e isso só piorou tudo. - Falei segurando a mão dele.
Léo: Percebi que tu não tá bem esses últimos dias, tá quietinha no teu canto e pá, sem render muito pra ninguém, estranhei logo pq sei que tu não é assim. - Passou a mão na minha bochecha, limpando a lágrima que descia.
Lavínia: Tá foda, cara. - Sorri fraco, olhando pra ele que me olhava com cara de dó. - Me olha assim não, feioso, isso só piora minha situação. - Falei brava, e vi ele rir na mesma hora.
Léo: Vamo dar um rolê, tu vai ficar bem. - Disse puxando meu braço, e eu neguei na hora.
Lavínia: Acha mesmo que tô em condições de sair? Olha pra mim, cara, tô de unha sem pintar, ainda nem tomei banho hoje e os caralho, acha mesmo que vou dar rolê? - Fiz minha cara de deboche, e ele riu.
Léo: A gente passa na tua casa, eu espero o tempo que for preciso pra tu se arrumar, e depois a gente vai pô, tem caô não. - Disse todo paciênte, e eu fiquei pensando durante uns dois minutos. - Vai querer ir?
Lavínia: Ah não, quero não. Hoje eu só tô afim de ir pra casa descansar, foi mal mesmo em, mas na próxima eu vou contigo.
Léo: Relaxa, tá suave. - Balançou a cabeça de um lado para o outro. - Eu vou subir agora, quer ir também? Te deixo na tua casa.
Lavínia: Vamo logo, não vou negar uma carona, ainda mais estando cansada do jeito que estou hoje. - Suspirei alto mais uma vez, e me levantei junto com ele.
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Assim que entrei em casa já me joguei no sofá, dormi quase a tarde inteira e só acordei com alguém chamando lá fora.
Assim que abri a porta vi que era a Ísis, suspirei alto e nem dei espaço pra ela entrar, mas a mesma no lugar de ir embora, começou a dar mil desculpas.
Ísis: Lavínia, eu posso te explicar tudo que rolou, tudo mesmo, do começo até no dia de hoje, é sério, cara! - Disse ajeitando o Caio no colo.
Lavínia: Primeiro que eu não quero explicações, e segundo que já tá bem na cara oque rolou nesses tempos, e tudo isso sem eu saber! - Falei séria. - Olha, Ísis, agora eu não quero papo contigo, aliás, nem contigo e nem com o meu irmão. - Falei olhando pra ela. - Se vocês tivessem me contado tudo, eu acho que até entenderia numa boa, mas saber da boca de terceiros pra mim foi horrível, até pq eu pensava que poderia confiar o bastante em você ao ponto de acreditar que sempre iria estar dividindo os bagulho comigo, bom, pelomenos o necessário.
Ísis: Eu queria te contar...
Lavínia: Nem vem com essa pra cima de mim, não tô afim de ouvir mais nada, mais nenhuma das suas desculpas. - Suspirei alto. - Agora se puder me dar licença, tá me atrapalhando fazer umas coisas. - Sorri falsa e ela concordou, saindo dali.
Tranquei a porta novamente e me sentei no sofá, suspirando alto, e apesar de ter os meus motivos, estava sentindo um aperto no coração por ter escolhido ficar pelomenos um tempo sem contato com a Ísis e com o meu irmão. Mas isso não me fez mudar de opinião, continuei firme com minha opinião formada, apesar de saber que nisso tudo, eu também iria sofrer por estar distante deles dois, aliás, deles três, pq infelizmente para ter contato com o Caio, eu preciso ter contato com a mãe dele.
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Léo Sigueira 25 anos
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