Capítulo 31

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D7

Depois que desliguei a ligação com a Ísis, joguei meu celular encima da cama e peguei uma toalha, logo entrando pro banheiro.

Tirei minha roupa e entrei pro box, já começando meu banho.

Hoje tava um calor enorme, então já liguei o chuveiro pra água sair fria, queria relaxar mesmo.

Fiquei bastante tempo no banho, e quando saí fui procurar uma roupa pra mim.

Vesti uma bermuda jeans e uma blusa azul, e assim que a Ísis mandou mensagem avisando que a Isabel vai poder ficar com Caio, eu já peguei o carro na garagem e fui saindo de casa.

Eu peguei o carro do chefe emprestado, nem ia pegar não, mas ele ofereceu e eu nem recusei.

Nunca gostei de pegar nada emprestado, dá maior medo de quebrar e os caralho, sério mesmo.

Mas pra ir pro motel, claro que seria melhor de carro, até pq de moto geral iria ver a Ísis saindo comigo. Nem quero isso, logo iriam começar falar da vida dela e eu nem tenho paciência pra fofoca.

Assim que cheguei próximo da casa dela, deixei o carro na entrada do beco e fui entrando ali.

D7: Aê Ísis, cheguei pô. - Empurrei a porta que estava entreaberta.

Ísis: Entra aí, D7. Tô só terminando de ajeitar o Caio. - Ouvi ela gritar do quarto, e fui indo na direção.

Entrei no quarto e vi ela terminando de colocar a roupa no Caio, que assim que me viu já se animou.

D7: Fala aê. - Balancei a cabeça pra ela. - Iae meu moleque. - Beijei a cabeça dele.

Caio: Oi titio. - Sorriu, esticando os braços na minha direção.

D7: Espera tua mãe colocar a roupa em tu direito pô, aí eu te pego. - Falei olhando pra ele, que concordou.

Ísis: Cada que que se passa o Caio tá mais esperto e sapeca. - Riu, pegando ele.

D7: Tô vendo isso mesmo. - Ri, pegando ele no colo da Ísis.

Ísis: Vou terminar de me ajeitar aqui e a gente já vai, ok? - Falou quando eu tava saindo do quarto dela.

D7: Beleza, pode pá. - Respondi em voz alta.

Sentei no tapete da sala com o Caio, e fiquei vendo ele brincar com alguns brinquedos que estavam jogados perto da gente.

Assim que a Ísis saiu do quarto, eu olhei pra ela, e porra, aquele corpão dela hipnotiza qualquer um, papo sério mesmo.

Ela tava vestida com um short jeans, e um cropped rosê, e com o cabelo solto. Lindona, mané!

Ísis: Eu tô pronta. - Disse colocando o celular dentro da bolsa.

D7: Vamo indo então pô. - Me levantei e peguei o Caio.

Saímos da casa dela e dentro do carro ela pegou o Caio do meu colo. Liguei o carro e depois acelerei, saindo dali.

Assim que cheguei em frente a casa da Isabel, parei o carro.

D7: Falô Caio, até mais tarde. - Beijei a testa dele, antes que a Ísis saísse do carro.

Eles saíram do carro e alguns minutos depois a Ísis voltou sozinha, e assim que ela entrou no carro, eu liguei o mesmo novamente e fui saindo da favela.

Ísis: Faz quase uma semana, sem você do lado, lembrar do teu abraço faz meu peito apertar, será que ainda me ama? Se pensa em mim, volta joga longe a falta de te ver sorrir. - Cantou, acompanhando a música do som, enquanto mexia o corpo no mesmo ritmo, e eu ri.

D7: Tu curte BIN? - Olhei pra ela de relance, e depois voltei minha atenção para o trânsito.

Ísis: E quem não? Poxa, eu escuto e sofro sem nem ter ninguém pra pensar enquanto tô ouvindo a música. - Rimos.

D7: Eu gosto pra carai também, as músicas dele são tudo boa. - Ela concordou.

Ísis: Eu sou o tipo de pessoa que curte todos os tipos de música, sabe? Funk, rap, trap, pagode e afins. - Disse olhando pra mim.

D7: Sou igual, mas que eu curto bastante mesmo é funk e trap, pagode eu curto mas só se for na festa mesmo, tá ligada? Fora isso eu não escuto muito não.

Ísis: Eu escuto, pra mim é um dos melhores tipos de música.

D7: Tá certa. - Olhei pra ela, e desviei o olhar novamente. - Ô Ísis, me fala aí, tu não tem família por aqui não? Cê nunca disse nada sobre pô.

Ísis: Tenho não, minha mãe partiu dessa pra outra, quando eu tinha dezoito anos e meu pai eu nunca conheci. - Deu de ombros. - E sinceramente? Nem quero conhecer ele, pq quando minha mãe engravidou ela super precisou dele, o cara simplesmente virou as costas pra ela, e juro que se algum dia ele aparecer, eu não quero nem papo. Deus me livre!

D7: Não julgo não, papo sério. Tu tá certa mesmo.

Ísis continuou falando sobre esse assunto, e qualquer um que olhava pra ela falando, sabia que ela realmente não tava nem aí para o pai.

Eu nem tiro a razão dela, tá ligado? Se fosse comigo iria ser a mesma coisa, certeza total.

Eu também cresci sem a presença do meu pai, pq o mesmo morreu quando eu tinha dois anos, coroa sentiu infarto e não resistiu.

Mas aí já é um assunto totalmente diferente, pq ele não tem culpa, mas se fosse igual o pai da Ísis, iih fi, eu também não iria querer nem papo, tá maluco!

Assim que chegamos no motel, eu deixei o carro no estacionamento ali em frente mesmo, e segurei a mão na Ísis, puxando a mesma até a recepção.

A recepcionista tinha mó cara de sonsa, e só de ouvir a voz dela já me dava cansaço, papo sério.

Ficamos alguns minutos ali na recepção, e depois de tudo certinho, fomos pegar o elevador.

Chegamos no quinto andar e assim que saímos do elevador, eu já fui olhar os bagulho bonito que tinha no corredor.

A chave do quarto tava comigo, mas antes de entrar eu fui olhar tudo ali.

O motel era em frente a praia, se ligou? Então porra, a vista era lindona mesmo.

E tá com a Ísis naquele lugar, só melhorava tudo.

Além do Prazer Where stories live. Discover now