Efeito progressivo

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  A madrugada chegava em Gotham acompanhada de um total sentimento de vingança que crescia dentro do pequeno Damian, cada dia que passava e ele não conseguia ter a morte de homem que matou seu avô, era como se a criança conseguisse ouvir a voz de Ra’s em seu ouvido “Você está sendo fraco, Damian! Reis não agem assim”. Ele não era fraco e iria provar isso, Slade não era o primeiro homem que ele mataria e com certeza não seria o último, mesmo que Bruce o expulsasse por não seguir suas regras igual seus outros filhos. Afinal, Damian nem ao menos estava tentando, ele só queria vingança por tudo que tinha acontecido com ele, isso era justo, não?! O Exterminador tirou seu avô, ele merecia morrer também.
   O endereço que conseguiu no computador da batcaverna estava marcado em um bilhete, uma espécie de encontro da qual Damian pedia mentalmente para que fosse com Slade, mas quando percebeu que se tratava de um motel, não demorou a sacar que se tratava de Ubu cedendo aos seus desejos mais carnais. O Al Ghul se perguntava, quem em são consciência manteria relações com um homem dão... Aí, ele não gostava nem de imaginar. No entanto, o pequeno não podia negar que Ubu também era útil para sua missão, pois, era o braço do Exterminador, então com certeza sabia sua localização. Aquele verme finalmente prestaria para algo.

   Jason poderia simplesmente ignorar e fingir que nunca viu Damian saltando sobre os prédios, no fundo ele queria fazer isso, seus problemas já eram demais para sua cabeça e definitivamente não precisava ter que lidar com problemas da criança demônio também. Damian não era idiota, sabia se virar. Porém, talvez fosse os anos de convivência com Richard falando mais alto, mas ele não conseguiu ignorar o mais novo. Preocupação? Curiosidade? Talvez um pouco dos dois, já que Jason também adora saber os segredos dos outros para ter material para chantagem quando precisa, mas ele se preocupava com Damian, gostando ou não do que viveu em Nanda Parbat, Todd sentia que devia a Tália cuidar do seu filho, mesmo que na sua opinião a mulher fosse uma péssima mãe.
   Escondido no parapeito de um prédio a frente, Jason seguiu Damian até o motel e o viu entrar como se fosse supernormal uma criança frequentar esses lugares. Quem é o imbecil que o deixou entrar? Ele é só uma criança! Deus... Agora Jason entendia por que Dick sempre discutia com as pessoas que vendem bebida para ele, na visão do irmão ele também é só um pirralho que não tem idade para beber. Como Grayson conseguia ser tão pé no saco e responsável ao mesmo tempo?
   Não demorou para que os movimentos de Damian aparecessem na janela de um dos quartos e Jason então saísse em direção ao menino, se já estava ali, por que não bater em uns bandidos também? Bruce já o deixou de castigo tempo demais, ele já estava sentindo falta da adrenalina. No que Jason pulou o murro para entrar no local, foi lançado contra a parede por alguém segurando seu peito e logo sorriu ao ver de quem se tratava.

- Quanto tempo, Babs – Disse assim que a ruiva o soltou - O que devo a honra da sua presença?

- Não enche, Jay! – A garota bufa e logo ele vê o irmão se aproximar – Você já foi mais cuidadoso.

- Falta de prática, admito.

- O que faz aqui? – Dick questionou em tom de repreensão.

- Eu podia fazer a mesma pergunta.

- Vai para casa, Jason! E eu não estou pedindo.

- Eu não vou a lugar nenhum. Você não manda em mim!

- Não começa, Jay – Dick suspira – Você sabe que não deveria ter saído.

- Isso pode até ser verdade, mas agora a gente não tem tempo para discutir sobre o quão desobediente eu...

      Um barulho alto de vidro se despedaçando foi escutado pelos irmãos Wayne que correram até o local no mesmo instante. Bárbara contou cinco soldados partindo para cima da criança que se dispunha a chutar um deles janela a fora, Dick e Jason se entreolharam por alguns segundos e em menos de um minuto todos os soldados, incluindo Ubu, estavam no chão devidamente desmaiados.

The Wayne familyWhere stories live. Discover now