XV. SUCATA MORTAL

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                    O avião chegou. O Hotel já os esperava. Sarah aproveitou para ir, bem cedo, visitar os seus antigos alunos a Oxford. Todos a receberam com o maior carinho do mundo, pois ela sempre foi muito acarinhada. Todos gostavam do seu método de ensino, da sua capacidade de ajudar mas acima de tudo, adoravam quem ela era, enquanto pessoa.
                   - Foi um gosto vê-la professora - diziam alguns deles com uma cara de grande entusiasmo.
                   - Obrigada meninos, isto significa muito para mim.
                   - É uma pena que se tenha mudado para longe.
                   - Eu posso ter mudado de país, e até de casa. Mas a verdade é que eu irei sempre voltar, para estar com vocês todos.

                    Mike ainda estava escondido, pois relembrando eles não podiam saber que estava vivo. Se o soubesses iriam fazer te tudo para, mesmo assim, acabar com ele a qualquer momento do dia. Sarah voltava para casa com o seu carro topo de Gama. Ela sempre escolheu os melhores veículos para a sua posse, pois dinheiro era o que não lhe faltava, e bom gosto também. Depois de uns kilómetros (poucos) chegou ao hotel, onde estavam todos, na sala principal.

                   - Olá pessoal - diz Sarah.
                   - Oi Sarah - devolve Mike, Zoe, Charles e Billy.
                   - Temos que começar a pôr o nosso plano em prática e procurar qualquer tipo de rasto do Kitt.
                 - Sim, mas temos que ter cuidado, porque eles não podem sonhar que o estamos a fazer - alerta Zoe.
                 - Sim, e já só temos 5 dias, para que não nos cancelem o contrato (por parte do FBI) - relembra Billy.
                 - Sim, temos que agir depressa.

                Todos se preparam para avançar com o que idealizam. Mike e Sarah vão com um carro até à zona Norte e Este procurar sinais do aparelho de 3 centímetros que Charles lhes havia falado. Billy e Zoe concentram-se mais no Oeste e Sul. Charles fica no hotel, a controlar os computadores, e a localizar possíveis interferências com o sinal. Tudo aquilo parecia complicado, e na verdade era, pois ele podia estar em qualquer lugar, mas as esperanças que eles carregam ao peito não os deixam desistir de nada.

                Passado alguns minutos, Mike recebe uma ligação anónima mas decide atender...

                  - Oi? - atende a medo.
                  - Olá senhor Mike - diz um homem com a voz distorcida. (Era visível que aquela voz estava modificada por vários transformadores de voz).

                 - Quem fala? - pergunta ele.
                 -  Não interessa quem somos, mas interessa-nos que estejas morto, e não estás, como pensávamos que estarias devido àquele acidente na ravina. Quando o míssil d helicóptero te catapultou para longe, por isso lamento muito ter que te informar mas não irás durar muito tempo.
                 - O que é que vocês querem mais? Já têm o que precisam. Não vos chega roubar o projeto de alguém que demorou anos e anos a produzir? Vocês nunca vão aceder ao CPU do Kitt, mesmo com ele desativado. Deixem de ser burros!! - enfrenta Mike, irritado.
                - Não te preocupes, nós vamos dar-te uma opção irrecusável. Tens direito à tua vida, tranquilamente longe dos EUA. Em troca, preciso que nos autorizem a entrada no sistema, e retirar o CPU do carro para análise.

                 Mike ri ironicamente e diz:
                 - Vão ter que se esforçar mais...
                 - E porque dizes isso?
                 - Porque não vai acontecer. Nem nós conseguimos dar-vos esse acesso.
                 - Está bem! Mas digo-te uma coisa que quero que fixes na tua mente. Tu gostas de crianças?
                 - O que é que estás a querer dizer com essa conversa? - pergunta Mike.
                 - Nada, nada!! Gostas de uma que se chama Carl?
                 - O quê? Como é que sabes que esse é o meu filho? Como é que sabes que este é o meu número? Vocês são ridículos - diz Mike com bastante medo.
                 - Já disse o que tinha a dizer. Logo à noite vou ligar para ti, para ter uma resposta final. Obrigado e boa tarde Mike - diz o anónimo, rindo e desligando.

                  Mike leva as mãos à cabeça e cai no desespero. Sarah tenta acalma-lo.
                  - Mike, isto é que o que eles te querem fazer. É ver-te mal, ver-te triste... Eles não vão fazer nada, só querem aceder a mais do que o escudo molecular. Estão a simular isto para nos enganar, só querem mais ainda.

Knight Rider - O regresso das indústrias Knight Vol. 1 (Marcel Sz.)Where stories live. Discover now