Knight Rider - O regresso das indústrias Knight Vol. 1 (Marcel Sz.)

XII. O INÍCIO DA DITADURA

                 As tentativas continuavam... Kitt não deixava que ninguém se aproximasse muito, nem permitia o acesso aos seus sistemas mais confidenciais.

                 - Nós vamos ter que conseguir acesso àquele CPU - conversa um bandido com outro.
                 - Raúl, não é assim tão fácil. Ele não deixa fazer nada...
                 - Eu sei que não, mas é uma máquina. Não é uma pessoa!! Os humanos dominam a indústria mecânica. Ele não vai ganhar, porque ele nem sequer tem um cérebro.
                 - Pois não. Mas tem um sistema de inteligência artificial muito complexo e restrito para quem não o criou.
                 - Creio que só há uma forma de aceder ao CPU. Ele só responde aos seus criadores...                         Logo temos que usar o Dr. Charles - afirma Raúl.
                  - Como assim?
                  - O dr. Charles Graimar, foi o criador pioneiro do Kitt. Ele sabe perfeitamente todos os comandos que o fazem dar qualquer tipo de informação confidencial.
                   - E como é que vais fazer o velhote falar? Não vês que ele não nos quer dizer nada, desde que aqui está?
                  - Cala-te! Ele vai ceder!!
                  - E qual é o teu plano?
                  - Vamos ter que eliminar a segunda pessoa na fila dos Knight, a sua filha Sarah.
                  - Não, nem penses - responde o bandido.
                  - Desculpa - devolve Raúl. Desde quando desobedeces às minhas ordens?
                  - Eu não vou matar mais ninguém. Não é assim que funciona, não tens piedade pela vida humana?
                 - Na verdade, não...
                 - Eu estou fora disso. Fui!
                 - Não me parece, volta aqui agoraaaa sacana!!

                   Nisto um grande som de um disparo inunda todo o recinto. Raúl deu um tiro ao bandido, acertando-lhe numa perna.
                   - Aaaahhhhhhh! - gritou de dor.
                   - É bom que não me voltes a dizer que não, esse Não vai ser o último dirigido a mim na tua vida inteira, não vai?
                  - Si... Sii... Sim chefe! - responde a medo.
                  - Ótimo!!

                   Entretanto, no Hotel, Sarah e Mike acabavam de almoçar juntamente com Zoe e Billy. O clima estava tenso mas conversavam mesmo assim, normalmente, tentando evitar falar dos problemas.

                  - E foi assim que me tornei campeã mundial do Karaté!! - acaba Zoe de contar a sua história.
                 - Os teus golpes eram assim tão bons? - pergunta Billy.
                 - Não os queiras experimentar rapaz corajoso.
                 - Não, dispenso acredita.
                 - Zoe, nunca imaginei que tivesses competido. Quando estive no exército a competição era muito complicada... Encontrei personalidades muito fortes e outras bastante boa onda, com histórias comoventes - conta Mike.

                  Enquanto contavam as suas histórias, Sarah levanta-se da mesa e vai fazer uma ligação. Logo, um silêncio se mantém olhando para Sarah.
                  - Oi, Kitt, podes falar?
                  - Sim Sarah, já isolei o som da ligação.
                  - Ótimo, como estão as coisas? Como está o meu pai e como tu estás?
                  - Estamos bem, dentro dos possíveis, mas ouvi uma conversa muito suspeita Sarah. Eles dizem que te querem eliminar. Recomendo que saiam do território ainda hoje... Reservei um voo para as 16 horas, incluindo todos vocês, até mesmo o Jhon. Onde ele está?

                  - Ele foi ver a família. Está com eles, agora já está seguro!
                  - Isso é bom! Ele devia estar com muitas saudades deles.
                   - Sim, devia... - diz Sarah chorando, ao mesmo tempo que tenta disfarçar.
                   - Sarah?
                   - Sim Kitt?
                   - Estás a chorar?
                   - Não, porquê? - finge ela.
                   - Porque a tua voz está com altos e baixos. Na análise de ondas sonoras, transporta alguma tristeza, se bem que também se adequa a indignação.