— Foi a primeira coisa que eu coloquei na bolsa. – Pisco para ele.
•••
Minutos depois o motorista do Uber estaciona em frente ao estacionamento do Teleférico do Pão de Açúcar, e eu e Arthur não demoramos a sair do carro.
É finzinho de tarde, e daqui a poucos minutos começa o pôr do sol. Estou mais ansiosa para esse passeio do que para o de hoje de manhã, só pela promessa da vista maravilhosa que o topo do morro proporciona.
— Já sabe o que temos que fazer? – Arthur pergunta enquanto subimos as escadas de entrada.
— Como eu já comprei os ingressos pela internet, só precisamos esperar na fila para validar nossos ingressos – explico.
E é o que fazemos, esperamos na fila com poucas dezenas de pessoas e apresentamos o QR CODE dos ingressos direto pela tela do celular, liberando a nossa passagem. Pouco tempo depois embarcamos no bondinho.
À vista de dentro dele é simplesmente fantástica, mesmo ainda sendo o primeiro ponto de partida da viagem. Subimos cerca de 200 metros em uns 3 minutos dentro do bondinho.
Descemos no Morro da Urca, o primeiro ponto de parada, e chegamos numa parte que é como um Museu a céu aberto, onde é exibido os dois primeiros modelos de bondinhos que o lugar já teve, além da estátua do fundador. Eu, que dessa vez não esqueci a câmera, tiro foto de tudo que vejo.
Seguimos o fluxo de pessoas, que nos leva direto para a segunda parte da viagem: a subida de bondinho até o morro do pão de açúcar.
Quando chegamos lá em cima, tenho a confirmação que, de fato, essa é a melhor vista do Rio de Janeiro (melhor até que a do Cristo Redentor). E tudo se torna ainda mais encantador com o sol se pondo a nossa frente. O momento parecendo até mágico.
— Essa vista é espetacular – Arthur, em pé ao meu lado, sussurra enquanto contempla todo o esplendor da paisagem.
O Rio de Janeiro merece o título de cidade maravilhosa que tem
Eu, claro, continuo tirando fotos de tudo. Viro a câmera para Arthur, que sorrir para a câmera enquanto tiro uma fotografia dele, com toda o Rio fazendo um plano de fundo perfeito.
— Quer que eu tire uma sua? – ele oferece.
— E ainda pergunta? Claro que sim! – Ele ri da minha euforia e pega a câmera da minha mão, batendo algumas fotos enquanto faço diferentes poses.
— E aí? A viagem está sendo como você esperava? – ele questiona, me entregando a câmera.
— Está sendo melhor do que eu imaginei. E vai ser ainda melhor amanhã. Mal posso esperar para ver o James de pertinho!
— Nossa, eu já tinha até esquecido que vou ter que ir no show do mauricinho ruivo.
— Eu tô tão feliz que nem vou ligar para sua provocação – afirmo, e ele ri.
Ficamos em silêncio por um tempo, apenas observando o sol se pondo no horizonte, que pinta o céu em tons de laranja e rosa.
Até que eu volto a encarar Arthur, que continua encarando a vista magnífica embaixo do morro.
Sei que não é o momento certo para isso, mas começo a pensar em tudo que aconteceu nos últimos dois dias. Principalmente no momento esquisito no quarto, antes da ligação da mãe do Arthur.
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Até Onde o Amor nos Levar | Amores Platônicos 03
Teen FictionE se você se apaixonasse pelo seu melhor amigo? Durante quase toda a vida de Cristine, Arthur estava presente. E não tinha como ser diferente, já que os pais de ambos são amigos e vizinhos, os dois nasceram quase na mesma época e (como se todo o res...
Capítulo 17 - Eu não sou a única
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