Capítulo 17 - Eu não sou a única

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— Foi a primeira coisa que eu coloquei na bolsa. – Pisco para ele.

•••

Minutos depois o motorista do Uber estaciona em frente ao estacionamento do Teleférico do Pão de Açúcar, e eu e Arthur não demoramos a sair do carro.

É finzinho de tarde, e daqui a poucos minutos começa o pôr do sol. Estou mais ansiosa para esse passeio do que para o de hoje de manhã, só pela promessa da vista maravilhosa que o topo do morro proporciona.

— Já sabe o que temos que fazer? – Arthur pergunta enquanto subimos as escadas de entrada.

— Como eu já comprei os ingressos pela internet, só precisamos esperar na fila para validar nossos ingressos – explico.

E é o que fazemos, esperamos na fila com poucas dezenas de pessoas e apresentamos o QR CODE dos ingressos direto pela tela do celular, liberando a nossa passagem. Pouco tempo depois embarcamos no bondinho.

À vista de dentro dele é simplesmente fantástica, mesmo ainda sendo o primeiro ponto de partida da viagem. Subimos cerca de 200 metros em uns 3 minutos dentro do bondinho.

Descemos no Morro da Urca, o primeiro ponto de parada, e chegamos numa parte que é como um Museu a céu aberto, onde é exibido os dois primeiros modelos de bondinhos que o lugar já teve, além da estátua do fundador. Eu, que dessa vez não esqueci a câmera, tiro foto de tudo que vejo.

Seguimos o fluxo de pessoas, que nos leva direto para a segunda parte da viagem: a subida de bondinho até o morro do pão de açúcar. 

Quando chegamos lá em cima, tenho a confirmação que, de fato, essa é a melhor vista do Rio de Janeiro (melhor até que a do Cristo Redentor). E tudo se torna ainda mais encantador com o sol se pondo a nossa frente. O momento parecendo até mágico.

— Essa vista é espetacular – Arthur, em pé ao meu lado, sussurra enquanto contempla todo o esplendor da paisagem.

O Rio de Janeiro merece o título de cidade maravilhosa que tem

Eu, claro, continuo tirando fotos de tudo. Viro a câmera para Arthur, que sorrir para a câmera enquanto tiro uma fotografia dele, com toda o Rio fazendo um plano de fundo perfeito.

— Quer que eu tire uma sua? – ele oferece.

— E ainda pergunta? Claro que sim! – Ele ri da minha euforia e pega a câmera da minha mão, batendo algumas fotos enquanto faço diferentes poses. 

— E aí? A viagem está sendo como você esperava? – ele questiona, me entregando a câmera.

— Está sendo melhor do que eu imaginei. E vai ser ainda melhor amanhã. Mal posso esperar para ver o James de pertinho! 

— Nossa, eu já tinha até esquecido que vou ter que ir no show do mauricinho ruivo.

— Eu tô tão feliz que nem vou ligar para sua provocação – afirmo, e ele ri. 

Ficamos em silêncio por um tempo, apenas observando o sol se pondo no horizonte, que pinta o céu em tons de laranja e rosa. 

Até que eu volto a encarar Arthur, que continua encarando a vista magnífica embaixo do morro. 

Sei que não é o momento certo para isso, mas começo a pensar em tudo que aconteceu nos últimos dois dias. Principalmente no momento esquisito no quarto, antes da ligação da mãe do Arthur. 

Até Onde o Amor nos Levar | Amores Platônicos 03Where stories live. Discover now