Capítulo 18 - E se fosse verdade?

342 54 83
                                    

Nada contra ela, inclusive até fariaMas acho que quem caberia bem melhor sou euSou eu, sou eu, sou eu

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.

Nada contra ela, inclusive até faria
Mas acho que quem caberia bem melhor sou eu
Sou eu, sou eu, sou eu

nada contra (ciúme) - Clarissa Müller

— Só se lembre que a gente não vai demorar muito tempo, tá? – Arthur avisa pela milionésima vez, enquanto andamos pela areia fofa e morna da praia

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.


Só se lembre que a gente não vai demorar muito tempo, tá? – Arthur avisa pela milionésima vez, enquanto andamos pela areia fofa e morna da praia.

Faz uns cinco minutos desde que saímos do hotel e durante todo esse tempo Arthur não parou de reclamar. Nem por um segundo. Juro que estou a um passo de surtar.

— Estou morrendo de cansaço. Meu plano era terminar a noite vendo TV até pegar no sono – ele continua sua série de lamentações.

— Fala sério! – me canso de escutar calada. — Tem uma alma de um idoso resmungão de 85 anos dentro de você? A gente está nesse lugar incrível e você quer dormir, Arthur! Dormir!

— Para uma alma de 85 anos, meu corpo está muito bem conservado, não acha? – ele graceja, levando a mão até os fios cacheados e os jogando para trás de forma teatral, com um sorrisinho cínico no canto da boca.

— Você se acha o máximo, não é?

— Eu tento – ele ri, e eu apenas balanço a cabeça em descrença. Um dia o Arthur ainda vai me fazer pirar na batatinha. Juro.

Continuamos a andar em silêncio, até que ele questiona:

— Já estamos chegando?

Eu olho ao redor, para a praia deserta, onde a única companhia que temos são as ondas arrebentando nas pedras a poucos metros de nós.

— Acho que sim – encolho os ombros.

— Acha ou tem certeza?

— A Sofia disse que só precisávamos andar direto do ponto da praia onde passamos a tarde, e que logo chegaríamos ao lugar – Arthur para de andar assim que eu fecho a boca.

Eu faço o mesmo, sem entender sua cara amarrada e testa franzida.

— O que foi?

— Você não faz ideia de onde a gente está, né? – ele questiona.

Até Onde o Amor nos Levar | Amores Platônicos 03Where stories live. Discover now